Correlação entre ultrassonometria quantitativa de calcâneo e densitometria óssea duo-energética de coluna e fêmur na avaliação óssea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro,Marise Lazaretti
Data de Publicação: 1999
Outros Autores: Brandão,Cynthia, Yassuda,Mirna Yae, Martin,Luciana N.C., Vieira,José Gilberto H.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27301999000300007
Resumo: A densitometria óssea com raio X duo-energético (DEXA) é o método atualmente mais utilizado para medição de massa óssea; porém, a ultrassonometria óssea quantitativa (USQ) vem apresentando resultados promissores na predição de fraturas. Visando comparar DEXA e USQ, correlacionamos os resultados obtidos com estes métodos em pacientes rotineiramente encaminhados para realização de DEXA em nosso serviço. Estudamos 165 mulheres e 24 homens com idades entre 20 e 84 anos (Mi: 51 e 53 anos, para mulheres e homens respectivamente) com diagnósticos variados. Todos foram submetidos a medição da densidade mineral óssea (DMO) pela DEXA (Lunar DPX-L) em coluna lombar (LOMB) e em colo (COLO) e trocanter maior (TROC) e USQ em calcâneo (Lunar- Aquilles), onde foram considerados os parâmetros de velocidade do som (SOS) e atenuação do som (BUA). Houve correlação positiva significante entre as medidas de DMO em todos os sítios e SOS e BUA. Quando separamos por sexo, a melhor correlação foi observada nos homens, entre TROC e SOS, com r= 0,82. Quando separamos por idade, a correlação foi menor naqueles com mais de 50 anos, comparados aos com menos de 50 anos. Dentre os 89 pacientes considerados normais pela DEXA em LOMB, 29,8% apresentavam valores abaixo de 1 DP na USQ. Por outro lado, 35,8% dos indivíduos cujos valores de USQ estavam a menos de 1 DP abaixo da média, apresentavam-se com osteopenia ou osteoporose (T<-1) pela DEXA de LOMB. O coeficiente de variação dos valores obtidos de USQ para as 9 medidas realizadas na mesma pessoa foi de 0,66% para SOS e 2,75% para BUA. Concluindo, a USQ correlaciona-se apenas moderadamente com DMO e, portanto, sua utilização como um teste de rastreamento para a realização de DEXA é de pouca utilidade, uma vez que a discordância entre os métodos para um mesmo indivíduo é elevada. O valor da USQ na avaliação do risco de fratura já está estabelecido, porém estudos prospectivos são necessários para que se padronize sua utilidade no diagnóstico e acompanhamento das doenças ósseas.
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