Hipoglicemia hiperinsulinêmica persistente endógena no adulto: relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa,Raquel R.
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Maia,Frederico F.R., Araújo,Levimar R.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302007000100020
Resumo: A hipoglicemia hiperinsulinêmica persistente endógena em adultos é, na maioria dos casos, causada por insulinoma. A Nesidioblastose, uma hiperinsulinemia funcional rara por hiperplasia das células beta do pâncreas, tem sido descrita principalmente em neonatos. Apresentamos o caso de uma paciente de 34 anos com quadro clínico-laboratorial compatível com hipoglicemia hiperinsulinêmica endógena (Glicemia jejum: 54 mg/dl / Valor de referência (VR): 60­99 mg/dl; Insulina sérica: 70,9 mcU/ml / VR: < 29,1 mcU/ml; e Peptídeo C: 7,1 ng/ml / VR: 1,1­5,0 ng/ml - simultâneos à glicemia). Foi aventada a hipótese de insulinoma. Em função da ausência de imagem característica aos exames radiológicos (ultra-som e tomografia de abdome), optou-se pela laparotomia exploradora, onde também não foi evidenciado tumor pancreático macroscopicamente. Os exames histopatológico e imuno-histoquímico evidenciaram hiperplasia de células beta, de segmento distal do pâncreas, compatível com nesidioblastose. A paciente evoluiu com estabilidade clínica por cerca de dois meses, quando se verificou recidiva das crises hipoglicêmicas, refratárias ao uso de Octreotide. Optou-se pela realização de "octreosan", que indicou nesidioblastose difusa, sendo procedida pancreatectomia parcial extensa. Seguiu-se o uso contínuo de Octreotide, com controle eficaz das crises hipoglicêmicas. Uma vez que esse é um diagnóstico raro no adulto, objetiva-se, nesse artigo, divulgar o manejo diagnóstico-terapêutico em casos de hipoglicemia hiperinsulinêmica endógena.
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