Júlio César de Mello e Souza e os livros de matemática comercial e financeira da década de 1930
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Educação Matemática (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistasbemsp.com.br/index.php/REMat-SP/article/view/261 |
Resumo: | Na década de 1930, Mello e Souza, Cecil Thiré e Nicanor Lemgruber, escreveram em conjunto a obra “Mathematica Commercial”. Na mesma época, outros autores, tais como Henrique Desjardins e Luiz Cavalheiro também publicaram livros de Matemática Comercial; e Matemática Comercial e Financeira. Tais obras vieram à luz sob a égide do Decreto nº 20.158 de 1931, que fazia parte da Reforma Campos e que tinha como objetivo a organização do ensino comercial. Nesse sentido, questionam-se: existem diferenças entre a obra de Mello e Souza, Thiré e Lemgruber e a dos demais autores? As orientações da Reforma Campos para o ensino comercial foram incorporadas nestes livros? Portanto, o texto aqui delineado tem como objetivo construir uma interpretação histórica, traçando um paralelo entre o livro de Mello e Souza, Thiré e Lemgruber e as outras obras dos outros autores aqui citados, bem como, a partir desses livros, analisar se as orientações da Reforma Campos, de 1931, foram ou não incorporadas pelos autores em suas obras. Como fontes utilizamos o decreto do Decreto nº 20.158 de 1931, e principalmente as primeiras edições dos livros: “Mathematica Commercial” (1932); “Cálculos Comerciais e Financeiros” (1936); e “Matemática Comercial e Financeira” (1939). O referencial teórico-metodológico foi o de Choppin (2004), que faz um estado da arte sobre a história dos livros e das edições didáticas. Os resultados indicam que o livro de Mello e Souza, Thiré e Lemgruber, tem algumas diferenças em relação as demais obras, como por exemplo, inovaram ao trazer pequenos textos no fim dos capítulos sobre a cultura mercantil, muitos de cunho histórico. Em relação a legislação Mello, Thiré e Lemgruber, assim como o de Luiz Carvalheiro tinham uma estrutura semelhante àquela definida pela lei, sendo exceção o livro de Henrique Desjardins. Como consideração final, destaca-se que os livros desses autores, assim como o de Luiz Cavalheiro cumpriam a função referencial, conforme colocado por Choppin (2004), ou seja, o livro didático é uma fiel tradução do programa estabelecido na legislação. |
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