Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowiana Berg.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Esemann-Quadros,Karin
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Mota,Ana Paula, Kerbauy,Gilberto Barbante, Guerra,Miguel Pedro, Ducroquet,Jean Pierre Henri Joseph, Pescador,Rosete
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de fruticultura (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-29452008000200005
Resumo: A Acca sellowiana Berg. (Myrtaceae) é uma frutífera nativa dos planaltos meridionais do Sul do Brasil e que se encontra em processo de domesticação. Seus frutos são doce-acidulados e podem ser consumidos in natura ou empregados para a produção de sucos e doces. Assim, informações sobre o desenvolvimento, morfologia e anatomia de seus frutos são de grande interesse e foram objetos do presente trabalho. O fruto (ovário mais hipanto), no tempo zero (plena floração), tem, em média, 0,6 cm de altura e 0,4 cm de diâmetro, sendo cerca de dez vezes menor que o fruto maduro. Longitudinalmente, identificam-se três regiões distintas: locular, sublocular e prolongamento. Transversalmente, na região mediana, estão delimitadas três regiões: 1) epiderme (casca): com tricomas unicelulares e simples; 2) região parenquimática: rica em braquiesclereídes, isoladas ou em pequenos grupos (2-3 células), com oito feixes vasculares concêntricos perifloemáticos distribuídos radialmente e muitas glândulas esféricas subepidérmicas; 3) região interna (polpa): com células pequenas, cúbicas, nitidamente dispostas em 3-4 camadas ao redor dos lóculos, várias contendo drusa. Quatro lóculos são separados pelos septos e vários óvulos nascem de placentas axiais, com duas fileiras por lóculo. Não ocorrem nectários. À medida que o fruto se desenvolve, surgem, na região intermediária, grupos de células de paredes finas, que crescem muito e diferenciam-se em braquiesclereídes. As placentas crescem, ocupando todo o espaço interior dos lóculos à medida que estes aumentam de tamanho e as sementes se desenvolvem. Assim, o fruto maduro apresenta uma região periférica de consistência firme e gosto adstringente, e uma região central macia e adocicada.
id SBFRU-1_bdffec489a815006965f7b17a6bae66f
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-29452008000200005
network_acronym_str SBFRU-1
network_name_str Revista brasileira de fruticultura (Online)
repository_id_str
spelling Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowiana Berg.Goiaba serranaanatomia do frutocrescimento do frutoA Acca sellowiana Berg. (Myrtaceae) é uma frutífera nativa dos planaltos meridionais do Sul do Brasil e que se encontra em processo de domesticação. Seus frutos são doce-acidulados e podem ser consumidos in natura ou empregados para a produção de sucos e doces. Assim, informações sobre o desenvolvimento, morfologia e anatomia de seus frutos são de grande interesse e foram objetos do presente trabalho. O fruto (ovário mais hipanto), no tempo zero (plena floração), tem, em média, 0,6 cm de altura e 0,4 cm de diâmetro, sendo cerca de dez vezes menor que o fruto maduro. Longitudinalmente, identificam-se três regiões distintas: locular, sublocular e prolongamento. Transversalmente, na região mediana, estão delimitadas três regiões: 1) epiderme (casca): com tricomas unicelulares e simples; 2) região parenquimática: rica em braquiesclereídes, isoladas ou em pequenos grupos (2-3 células), com oito feixes vasculares concêntricos perifloemáticos distribuídos radialmente e muitas glândulas esféricas subepidérmicas; 3) região interna (polpa): com células pequenas, cúbicas, nitidamente dispostas em 3-4 camadas ao redor dos lóculos, várias contendo drusa. Quatro lóculos são separados pelos septos e vários óvulos nascem de placentas axiais, com duas fileiras por lóculo. Não ocorrem nectários. À medida que o fruto se desenvolve, surgem, na região intermediária, grupos de células de paredes finas, que crescem muito e diferenciam-se em braquiesclereídes. As placentas crescem, ocupando todo o espaço interior dos lóculos à medida que estes aumentam de tamanho e as sementes se desenvolvem. Assim, o fruto maduro apresenta uma região periférica de consistência firme e gosto adstringente, e uma região central macia e adocicada.Sociedade Brasileira de Fruticultura2008-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-29452008000200005Revista Brasileira de Fruticultura v.30 n.2 2008reponame:Revista brasileira de fruticultura (Online)instname:Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF)instacron:SBFRU10.1590/S0100-29452008000200005info:eu-repo/semantics/openAccessEsemann-Quadros,KarinMota,Ana PaulaKerbauy,Gilberto BarbanteGuerra,Miguel PedroDucroquet,Jean Pierre Henri JosephPescador,Rosetepor2008-10-14T00:00:00Zoai:scielo:S0100-29452008000200005Revistahttp://www.scielo.br/rbfhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprbf@fcav.unesp.br||http://rbf.org.br/1806-99670100-2945opendoar:2008-10-14T00:00Revista brasileira de fruticultura (Online) - Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF)false
dc.title.none.fl_str_mv Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowiana Berg.
title Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowiana Berg.
spellingShingle Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowiana Berg.
Esemann-Quadros,Karin
Goiaba serrana
anatomia do fruto
crescimento do fruto
title_short Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowiana Berg.
title_full Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowiana Berg.
title_fullStr Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowiana Berg.
title_full_unstemmed Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowiana Berg.
title_sort Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowiana Berg.
author Esemann-Quadros,Karin
author_facet Esemann-Quadros,Karin
Mota,Ana Paula
Kerbauy,Gilberto Barbante
Guerra,Miguel Pedro
Ducroquet,Jean Pierre Henri Joseph
Pescador,Rosete
author_role author
author2 Mota,Ana Paula
Kerbauy,Gilberto Barbante
Guerra,Miguel Pedro
Ducroquet,Jean Pierre Henri Joseph
Pescador,Rosete
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Esemann-Quadros,Karin
Mota,Ana Paula
Kerbauy,Gilberto Barbante
Guerra,Miguel Pedro
Ducroquet,Jean Pierre Henri Joseph
Pescador,Rosete
dc.subject.por.fl_str_mv Goiaba serrana
anatomia do fruto
crescimento do fruto
topic Goiaba serrana
anatomia do fruto
crescimento do fruto
description A Acca sellowiana Berg. (Myrtaceae) é uma frutífera nativa dos planaltos meridionais do Sul do Brasil e que se encontra em processo de domesticação. Seus frutos são doce-acidulados e podem ser consumidos in natura ou empregados para a produção de sucos e doces. Assim, informações sobre o desenvolvimento, morfologia e anatomia de seus frutos são de grande interesse e foram objetos do presente trabalho. O fruto (ovário mais hipanto), no tempo zero (plena floração), tem, em média, 0,6 cm de altura e 0,4 cm de diâmetro, sendo cerca de dez vezes menor que o fruto maduro. Longitudinalmente, identificam-se três regiões distintas: locular, sublocular e prolongamento. Transversalmente, na região mediana, estão delimitadas três regiões: 1) epiderme (casca): com tricomas unicelulares e simples; 2) região parenquimática: rica em braquiesclereídes, isoladas ou em pequenos grupos (2-3 células), com oito feixes vasculares concêntricos perifloemáticos distribuídos radialmente e muitas glândulas esféricas subepidérmicas; 3) região interna (polpa): com células pequenas, cúbicas, nitidamente dispostas em 3-4 camadas ao redor dos lóculos, várias contendo drusa. Quatro lóculos são separados pelos septos e vários óvulos nascem de placentas axiais, com duas fileiras por lóculo. Não ocorrem nectários. À medida que o fruto se desenvolve, surgem, na região intermediária, grupos de células de paredes finas, que crescem muito e diferenciam-se em braquiesclereídes. As placentas crescem, ocupando todo o espaço interior dos lóculos à medida que estes aumentam de tamanho e as sementes se desenvolvem. Assim, o fruto maduro apresenta uma região periférica de consistência firme e gosto adstringente, e uma região central macia e adocicada.
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-29452008000200005
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-29452008000200005
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-29452008000200005
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Fruticultura
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Fruticultura
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Fruticultura v.30 n.2 2008
reponame:Revista brasileira de fruticultura (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF)
instacron:SBFRU
instname_str Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF)
instacron_str SBFRU
institution SBFRU
reponame_str Revista brasileira de fruticultura (Online)
collection Revista brasileira de fruticultura (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de fruticultura (Online) - Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF)
repository.mail.fl_str_mv rbf@fcav.unesp.br||http://rbf.org.br/
_version_ 1752122486441377792