Estrutura dinâmica das contracorrentes equatoriais do Oceano Atlântico ao longo de 44W
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Geofísica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-261X2003000200004 |
Resumo: | Estudos teóricos ou baseados em modelagem numérica indicam que a estrutura vertical do oceano tropical é dominada pelos dois primeiros modos baroclínicos. Entretanto, faltam resultados quantitativos que mostrem efetivamente a dominância destes modos através de comparações com observações de velocidade no Oceano Atlântico. Neste artigo, utilizamos perfilagens de Conductivity-Temperature-Depth (CTD) simultâneas às de velocidade (Pegasus), realizadas durante o Projeto Western Tropical Atlantic Experiment (WESTRAX), para avaliar a estrutura modal das contra-correntes equatoriais ao longo de 44W: as Contracorrentes Norte Equatorial (CCNE) e Subcorrente Norte Equatorial (SNE). Os resultados mostram que, de fato, os dois primeiros modos baroclínicos são mais importantes que o modo barotrópico e os demais modos baroclínicos. A soma dos três primeiros modos dinâmicos explica cerca de 50% da estrutura vertical das correntes. Talvez devido à proximidade da camada de limite oeste oceânica, e portanto sítio de origem tanto da CCNE quanto da SNE, os resultados apresentam nítida variação sazonal. De fato, os três primeiros modos baroclínicos respondem por cerca de 63% da estrutura vertical de velocidade observada, sendo que o primeiro modo é responsável por 35-45 % do sinal medido. Esses resultados corroboram aqueles encontrados para o cruzeiro de outono boreal em estudos anteriores. No entanto, para os cruzeiros de inverno boreal, onde uma estrutura de velocidade apresenta-se mais complexa, é necessária a introdução de maior número de modos dinâmicos. Tanto para o cruzeiro de outono quanto para o de inverno houve necessidade seis modos dinâmicos para reproduzir 63% da estrutura de velocidade observada. Os três primeiros modos dinâmicos são responsáveis por 30-40% do sinal observado. Estudos comparativos entre a estrutura dinâmica das correntes equatoriais em 44W e em porções mais centrais da bacia do Oceano Atlântico, devem ser conduzidos para estabelecer o papel dos modos de mais alta ordem e sua relação com a camada limite oeste. |
id |
SBG-3_114abf2688c97e9e80e669373303f469 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0102-261X2003000200004 |
network_acronym_str |
SBG-3 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Geofísica (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Estrutura dinâmica das contracorrentes equatoriais do Oceano Atlântico ao longo de 44WDinâmica EquatorialModos DinâmicosMeso-escalaCorrentes EquatoriaisEstudos teóricos ou baseados em modelagem numérica indicam que a estrutura vertical do oceano tropical é dominada pelos dois primeiros modos baroclínicos. Entretanto, faltam resultados quantitativos que mostrem efetivamente a dominância destes modos através de comparações com observações de velocidade no Oceano Atlântico. Neste artigo, utilizamos perfilagens de Conductivity-Temperature-Depth (CTD) simultâneas às de velocidade (Pegasus), realizadas durante o Projeto Western Tropical Atlantic Experiment (WESTRAX), para avaliar a estrutura modal das contra-correntes equatoriais ao longo de 44W: as Contracorrentes Norte Equatorial (CCNE) e Subcorrente Norte Equatorial (SNE). Os resultados mostram que, de fato, os dois primeiros modos baroclínicos são mais importantes que o modo barotrópico e os demais modos baroclínicos. A soma dos três primeiros modos dinâmicos explica cerca de 50% da estrutura vertical das correntes. Talvez devido à proximidade da camada de limite oeste oceânica, e portanto sítio de origem tanto da CCNE quanto da SNE, os resultados apresentam nítida variação sazonal. De fato, os três primeiros modos baroclínicos respondem por cerca de 63% da estrutura vertical de velocidade observada, sendo que o primeiro modo é responsável por 35-45 % do sinal medido. Esses resultados corroboram aqueles encontrados para o cruzeiro de outono boreal em estudos anteriores. No entanto, para os cruzeiros de inverno boreal, onde uma estrutura de velocidade apresenta-se mais complexa, é necessária a introdução de maior número de modos dinâmicos. Tanto para o cruzeiro de outono quanto para o de inverno houve necessidade seis modos dinâmicos para reproduzir 63% da estrutura de velocidade observada. Os três primeiros modos dinâmicos são responsáveis por 30-40% do sinal observado. Estudos comparativos entre a estrutura dinâmica das correntes equatoriais em 44W e em porções mais centrais da bacia do Oceano Atlântico, devem ser conduzidos para estabelecer o papel dos modos de mais alta ordem e sua relação com a camada limite oeste.Sociedade Brasileira de Geofísica2003-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-261X2003000200004Revista Brasileira de Geofísica v.21 n.2 2003reponame:Revista Brasileira de Geofísica (Online)instname:Sociedade Brasileira de Geofísica (SBG)instacron:SBG10.1590/S0102-261X2003000200004info:eu-repo/semantics/openAccessUrbano Neto,Domingos FernandesSilveira,Ilson Carlos Almeida dapor2007-01-24T00:00:00Zoai:scielo:S0102-261X2003000200004Revistahttp://www.scielo.br/rbgONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbgf@sbgf.org.br1809-45110102-261Xopendoar:2007-01-24T00:00Revista Brasileira de Geofísica (Online) - Sociedade Brasileira de Geofísica (SBG)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Estrutura dinâmica das contracorrentes equatoriais do Oceano Atlântico ao longo de 44W |
title |
Estrutura dinâmica das contracorrentes equatoriais do Oceano Atlântico ao longo de 44W |
spellingShingle |
Estrutura dinâmica das contracorrentes equatoriais do Oceano Atlântico ao longo de 44W Urbano Neto,Domingos Fernandes Dinâmica Equatorial Modos Dinâmicos Meso-escala Correntes Equatoriais |
title_short |
Estrutura dinâmica das contracorrentes equatoriais do Oceano Atlântico ao longo de 44W |
title_full |
Estrutura dinâmica das contracorrentes equatoriais do Oceano Atlântico ao longo de 44W |
title_fullStr |
Estrutura dinâmica das contracorrentes equatoriais do Oceano Atlântico ao longo de 44W |
title_full_unstemmed |
Estrutura dinâmica das contracorrentes equatoriais do Oceano Atlântico ao longo de 44W |
title_sort |
Estrutura dinâmica das contracorrentes equatoriais do Oceano Atlântico ao longo de 44W |
author |
Urbano Neto,Domingos Fernandes |
author_facet |
Urbano Neto,Domingos Fernandes Silveira,Ilson Carlos Almeida da |
author_role |
author |
author2 |
Silveira,Ilson Carlos Almeida da |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Urbano Neto,Domingos Fernandes Silveira,Ilson Carlos Almeida da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Dinâmica Equatorial Modos Dinâmicos Meso-escala Correntes Equatoriais |
topic |
Dinâmica Equatorial Modos Dinâmicos Meso-escala Correntes Equatoriais |
description |
Estudos teóricos ou baseados em modelagem numérica indicam que a estrutura vertical do oceano tropical é dominada pelos dois primeiros modos baroclínicos. Entretanto, faltam resultados quantitativos que mostrem efetivamente a dominância destes modos através de comparações com observações de velocidade no Oceano Atlântico. Neste artigo, utilizamos perfilagens de Conductivity-Temperature-Depth (CTD) simultâneas às de velocidade (Pegasus), realizadas durante o Projeto Western Tropical Atlantic Experiment (WESTRAX), para avaliar a estrutura modal das contra-correntes equatoriais ao longo de 44W: as Contracorrentes Norte Equatorial (CCNE) e Subcorrente Norte Equatorial (SNE). Os resultados mostram que, de fato, os dois primeiros modos baroclínicos são mais importantes que o modo barotrópico e os demais modos baroclínicos. A soma dos três primeiros modos dinâmicos explica cerca de 50% da estrutura vertical das correntes. Talvez devido à proximidade da camada de limite oeste oceânica, e portanto sítio de origem tanto da CCNE quanto da SNE, os resultados apresentam nítida variação sazonal. De fato, os três primeiros modos baroclínicos respondem por cerca de 63% da estrutura vertical de velocidade observada, sendo que o primeiro modo é responsável por 35-45 % do sinal medido. Esses resultados corroboram aqueles encontrados para o cruzeiro de outono boreal em estudos anteriores. No entanto, para os cruzeiros de inverno boreal, onde uma estrutura de velocidade apresenta-se mais complexa, é necessária a introdução de maior número de modos dinâmicos. Tanto para o cruzeiro de outono quanto para o de inverno houve necessidade seis modos dinâmicos para reproduzir 63% da estrutura de velocidade observada. Os três primeiros modos dinâmicos são responsáveis por 30-40% do sinal observado. Estudos comparativos entre a estrutura dinâmica das correntes equatoriais em 44W e em porções mais centrais da bacia do Oceano Atlântico, devem ser conduzidos para estabelecer o papel dos modos de mais alta ordem e sua relação com a camada limite oeste. |
publishDate |
2003 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2003-06-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-261X2003000200004 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-261X2003000200004 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0102-261X2003000200004 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Geofísica |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Geofísica |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Geofísica v.21 n.2 2003 reponame:Revista Brasileira de Geofísica (Online) instname:Sociedade Brasileira de Geofísica (SBG) instacron:SBG |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Geofísica (SBG) |
instacron_str |
SBG |
institution |
SBG |
reponame_str |
Revista Brasileira de Geofísica (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Geofísica (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Geofísica (Online) - Sociedade Brasileira de Geofísica (SBG) |
repository.mail.fl_str_mv |
||sbgf@sbgf.org.br |
_version_ |
1754820936329068544 |