Caracterização geotermobarométrica dos metabasitos de Cajamar (SP), Grupo São Roque, Cinturão Ribeira
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Geology |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-48892011000300375 |
Resumo: | Resumo: Rochas metamáficas, ortoderivadas, caracterizadas por assinaturas do tipo MORB e idades paleoproterozoicas ocorrem na região de Cajamar, centro leste do Estado de São Paulo, associadas a filitos, metarenitos e metacalcários da sequência metavulcano-sedimentar do Grupo São Roque, Faixa Ribeira Meridional. Para essas rochas, a associação de pico metamórfico é representada por actinolita-albita-epidotoclorita, típica de metamorfismo regional da fácies dos xistos verdes. Para melhor caracterizar os parâmetros de pressão e temperatura a que foram submetidas essas rochas, os principais minerais foram analisados por microssonda eletrônica. O metamorfismo não destruiu completamente a mineralogia primária dos basaltos. Microgabros originais e cristais de augita são registrados em muitos lugares, preservados junto à associação metamórfica. Eles permitem estimar as possíveis temperaturas ígneas entre 900 e 1.100oC. O equilíbrio mineral para as paragêneses de pico metamórfico é observado apenas em algumas amostras, dificultando a obtenção desses valores. Além disso, um evento retrometamórfico, resultante de processo de cisalhamentos superimpostos, pode ter afetado este equilíbrio. Onde o equilíbrio é observado, principalmente nas ocorrências da porção sul da área, determinações de temperatura e pressão indicam valores de 487 ± 42oC e 8,2 ± 2,0 kbar, respectivamente, para o pico metamórfico. Outros valores de T e P, menores que os de pico, foram também registrados nas porções central e norte da área e são: 450 ± 68oC e 4,7 kbar e 315 ± 26oC e 3,0 kbar e podem representar pontos onde o equilíbrio mineral não foi atingido ou corresponder a valores referentes ao evento de retrometamorfismo. Considerando esses resultados e, a trajetória metamórfica que eles representam, pode-se supor que o processo de exumação dessa área ocorreu por descompressão quase isotérmica. |
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Caracterização geotermobarométrica dos metabasitos de Cajamar (SP), Grupo São Roque, Cinturão RibeiraRochas metamáficasmetamorfismo regional de fácies xistos verdesassociação actinolitaalbita-epidoto-cloritaGrupo São RoqueCinturão Ribeira MeridionalResumo: Rochas metamáficas, ortoderivadas, caracterizadas por assinaturas do tipo MORB e idades paleoproterozoicas ocorrem na região de Cajamar, centro leste do Estado de São Paulo, associadas a filitos, metarenitos e metacalcários da sequência metavulcano-sedimentar do Grupo São Roque, Faixa Ribeira Meridional. Para essas rochas, a associação de pico metamórfico é representada por actinolita-albita-epidotoclorita, típica de metamorfismo regional da fácies dos xistos verdes. Para melhor caracterizar os parâmetros de pressão e temperatura a que foram submetidas essas rochas, os principais minerais foram analisados por microssonda eletrônica. O metamorfismo não destruiu completamente a mineralogia primária dos basaltos. Microgabros originais e cristais de augita são registrados em muitos lugares, preservados junto à associação metamórfica. Eles permitem estimar as possíveis temperaturas ígneas entre 900 e 1.100oC. O equilíbrio mineral para as paragêneses de pico metamórfico é observado apenas em algumas amostras, dificultando a obtenção desses valores. Além disso, um evento retrometamórfico, resultante de processo de cisalhamentos superimpostos, pode ter afetado este equilíbrio. Onde o equilíbrio é observado, principalmente nas ocorrências da porção sul da área, determinações de temperatura e pressão indicam valores de 487 ± 42oC e 8,2 ± 2,0 kbar, respectivamente, para o pico metamórfico. Outros valores de T e P, menores que os de pico, foram também registrados nas porções central e norte da área e são: 450 ± 68oC e 4,7 kbar e 315 ± 26oC e 3,0 kbar e podem representar pontos onde o equilíbrio mineral não foi atingido ou corresponder a valores referentes ao evento de retrometamorfismo. Considerando esses resultados e, a trajetória metamórfica que eles representam, pode-se supor que o processo de exumação dessa área ocorreu por descompressão quase isotérmica.Sociedade Brasileira de Geologia2011-07-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-48892011000300375Brazilian Journal of Geology v.41 n.3 2011reponame:Brazilian Journal of Geologyinstname:Sociedade Brasileira de Geologia (SBGEO)instacron:SBGEO10.25249/0375-7536.2011413375389info:eu-repo/semantics/openAccessOliveira,Marcos Aurélio Farias deMelo,Rodrigo Prudente deNardy,Antônio José RanalliArab,Paola Brunopor2018-04-18T00:00:00Zoai:scielo:S2317-48892011000300375Revistahttp://bjg.siteoficial.ws/index.htmhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsbgsede@sbgeo.org.br||claudio.riccomini@gmail.com2317-46922317-4692opendoar:2018-04-18T00:00Brazilian Journal of Geology - Sociedade Brasileira de Geologia (SBGEO)false |
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