Mapa geológico do cenozoico da região da bacia de Volta Redonda (RJ, segmento central do Rifte Continental do Sudeste do Brasil): identificação de novos grabens e ocorrências descontínuas, e caracterização de estágios tectonossedimentares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Negrão,André Pires
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Ramos,Renato Rodriguez Cabral, Mello,Claudio Limeira, Sanson,Marcel de Souza Romero
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Geology
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-48892015000200273
Resumo: O presente trabalho traz os resultados inéditos da cartografia e análises tectonossedimentares do cenozoico da região da bacia de Volta Redonda, inserida no segmento central do Rifte Continental do Sudeste do Brasil (RCSB). Distribuídos na direção NE-SW, foram reconhecidos três depocentros paleogênicos (grabens de Colônia Santo Antônio, Dorândia, Casa de Pedra - mais importante, por seu registro sedimentar e vulcânico) e diversas ocorrências paleogênicas descontínuas (áreas de Belmonte, Jardim Amália, Cafundó, Vargem Alegre), além de dois importantes grabens quaternários (grabens do Rio do Bananal e da Usina). O preenchimento paleogênico foi relacionado a três estágios tectônicos: fase Pré-Rifte, vinculada à deposição da Formação Ribeirão dos Quatis (fluvial); fase Rifte I (principal), a que se relaciona a Formação Resende (sistemas fluviais e leques aluviais associados a bordas de falhas principais, além de vulcanismo basanítico intercalado); fase Rifte II (final), a que se relacionam os depósitos da Formação Pinheiral (fluvial), responsáveis pela colmatação dos depocentros paleogênicos. Acumulações significativas de depósitos aluviais recentes vinculam-se ao preenchimento dos grabens quaternários. A atual configuração da região da bacia de Volta Redonda resulta da geração de diversas estruturas rúpteis vinculadas a sua abertura e deformação neotectônica. Desta forma, este segmento do RCSB é representado por um mosaico depocentros e ocorrências paleogênicas descontínuas significativamente compartimentadas por deformação netectônica, além de depocentros quaternários, vinculados principalmente ao último evento distensivo, de idade holocênica. Da identificação e caracterização destas feições, a região da bacia de Volta Redonda passa a apresentar um novo quadro de distribuição do registro cenozoico, com dimensões em torno de 40 km na direção NE-SW e 10 km na direção NW-SE.
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