Estudos isotópicos em águas subterrâneas do Distrito Federal: subsídios ao modelo conceitual de fluxo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Geology |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-48892011000200355 |
Resumo: | Resumo: Este trabalho se refere a estudos isotópicos para caracterização de um modelo de fluxo proposto para o Distrito Federal. O “Modelo de Duas Superfícies Potenciométricas” foi proposto por Campos & FreitasSilva (1998) e estudado por outros autores. O principal objetivo é aplicar métodos hidroquímicos utilizando-se 18O, 3H e CFC para datar águas subterrâneas. Realizaram-se análises em amostras de águas rasas e profundas em três pontos na bacia do rio Jardim. Para a referida região, os valores δ 18O variam entre -5,71‰ e -5,19‰, os quais equivalem à média global do vapor atmosférico e precipitação nos oceanos. Portanto avalia-se que as águas subterrâneas analisadas não sofreram processos significativos capazes de modificar a composição isotópica. Os valores de trítio (UT) apresentaram-se relativamente elevados para águas rasas, indicando idades mais jovens. As águas do fraturado apresentaram valores mais baixos, associadas a épocas de recargas mais antigas. A avaliação por CFC-11 e CFC-12 corroborou as interpretações com trítio, porém possibilitou uma abordagem quantitativa. Em análises do CFC-12 para o primeiro ponto amostrado (EL1-fraturado e EL2-poroso) obtiveram-se idades aproximadas, associadas ao período de 1990 a 1997. No segundo ponto, as amostras EL3 (fraturado) e EL4 (poroso), apresentaram variação temporal de 20 anos entre as águas analisadas, associadas ao período de 1969 a 1989, respectivamente. As amostras EL5 (poroso) e EL6 (fraturado) também mostraram valores com variação em intervalo de 15 anos para épocas de entradas das águas de precipitação nos aquíferos, associados ao período de 1974 e 1989. O resultado das análises isotópicas confirma a aplicação do modelo hidrogeológico considerado, pois os dois meios avaliados mostram intervalos de tempo que variam de 15 a 20 anos para a infiltração das águas. Esse resultado converge para a existência de dois níveis potenciométricos distintos, uma vez que o retardo para a transferência das águas dos aquíferos rasos para os profundos determina a significativa diferença de idades entre os diferentes meios. |
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