Cavas históricas de ouro do Jaraguá: o que resta para se preservar?
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2011 |
Other Authors: | , |
Format: | Article |
Language: | por |
Source: | Brazilian Journal of Geology |
Download full: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-48892011000100108 |
Summary: | Resumo: As áreas de ocorrência das “Cavas de Ouro Históricas do Jaraguá”, nos bairros Morro Doce e Jardim Britânia, município de São Paulo (SP), foram levantadas para apoiar medidas de preservação. As escavações, da época colonial, são ocupadas por densa vegetação; os taludes abruptos laterais delimitam fundos planos e estreitos. O traço sinuoso dos restos, orientado segundo N40-50W, acompanha zona de transição entre pacotes de rochas neoproterozoicas: a SW ocorrem metapelitos e metapsamitos e, a NE, rochas cálciosilicáticas e anfbolitos. As cavas são controladas por estruturas formadas em três fases de deformação. A expansão urbana e as rodovias, nas últimas três décadas, avançaram vigorosamente sobre os vestígios, porém ainda restam quatro, denominados: (I) Faldas do Morro do Quebra-Pé; (II) Jardim Britânia; (III) Morro Doce e (IV) Parque Nova Anhangüera. Um quinto local foi desfgurado por terraplenagem. A Cava do Jardim Britânia, parcialmente descaracterizada, sofreu aterramento parcial para construção de escola pública, mas ainda se pode propor medidas de proteção. Uma vez que as cavas estão bem preservadas, pode-se recomendar às autoridades que: (1) avaliem a alternativa do tombamento imediato das áreas; (2) desenvolvam programas para implantar sítios de divulgação científca ou um centro educacional integrado com exposição de amostras de rochas, minérios e minerais da região; (3) apoiem o interesse de alguns proprietários de preservar a área denominada “Cava Morro Doce”; (4) estimulem iniciativas de uso educativo das cavas, mediante produção de roteiros de visita aos sítios históricos. As alternativas ajudarão a recuperar parte da história da mineração paulista. |
id |
SBGEO-1_e5cb467a7a654f406a37f4338d237647 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S2317-48892011000100108 |
network_acronym_str |
SBGEO-1 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Geology |
repository_id_str |
|
spelling |
Cavas históricas de ouro do Jaraguá: o que resta para se preservar?GeologiaGrupo São Roquemineraçãoouropatrimônio históricoResumo: As áreas de ocorrência das “Cavas de Ouro Históricas do Jaraguá”, nos bairros Morro Doce e Jardim Britânia, município de São Paulo (SP), foram levantadas para apoiar medidas de preservação. As escavações, da época colonial, são ocupadas por densa vegetação; os taludes abruptos laterais delimitam fundos planos e estreitos. O traço sinuoso dos restos, orientado segundo N40-50W, acompanha zona de transição entre pacotes de rochas neoproterozoicas: a SW ocorrem metapelitos e metapsamitos e, a NE, rochas cálciosilicáticas e anfbolitos. As cavas são controladas por estruturas formadas em três fases de deformação. A expansão urbana e as rodovias, nas últimas três décadas, avançaram vigorosamente sobre os vestígios, porém ainda restam quatro, denominados: (I) Faldas do Morro do Quebra-Pé; (II) Jardim Britânia; (III) Morro Doce e (IV) Parque Nova Anhangüera. Um quinto local foi desfgurado por terraplenagem. A Cava do Jardim Britânia, parcialmente descaracterizada, sofreu aterramento parcial para construção de escola pública, mas ainda se pode propor medidas de proteção. Uma vez que as cavas estão bem preservadas, pode-se recomendar às autoridades que: (1) avaliem a alternativa do tombamento imediato das áreas; (2) desenvolvam programas para implantar sítios de divulgação científca ou um centro educacional integrado com exposição de amostras de rochas, minérios e minerais da região; (3) apoiem o interesse de alguns proprietários de preservar a área denominada “Cava Morro Doce”; (4) estimulem iniciativas de uso educativo das cavas, mediante produção de roteiros de visita aos sítios históricos. As alternativas ajudarão a recuperar parte da história da mineração paulista.Sociedade Brasileira de Geologia2011-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-48892011000100108Brazilian Journal of Geology v.41 n.1 2011reponame:Brazilian Journal of Geologyinstname:Sociedade Brasileira de Geologia (SBGEO)instacron:SBGEO10.25249/0375-7536.2011411108119info:eu-repo/semantics/openAccessCarneiro,Celso Dal RéSantos,Luiz Fernando dosSilva,José Reynaldo Bastos dapor2018-04-24T00:00:00Zoai:scielo:S2317-48892011000100108Revistahttp://bjg.siteoficial.ws/index.htmhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsbgsede@sbgeo.org.br||claudio.riccomini@gmail.com2317-46922317-4692opendoar:2018-04-24T00:00Brazilian Journal of Geology - Sociedade Brasileira de Geologia (SBGEO)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Cavas históricas de ouro do Jaraguá: o que resta para se preservar? |
title |
Cavas históricas de ouro do Jaraguá: o que resta para se preservar? |
spellingShingle |
Cavas históricas de ouro do Jaraguá: o que resta para se preservar? Carneiro,Celso Dal Ré Geologia Grupo São Roque mineração ouro patrimônio histórico |
title_short |
Cavas históricas de ouro do Jaraguá: o que resta para se preservar? |
title_full |
Cavas históricas de ouro do Jaraguá: o que resta para se preservar? |
title_fullStr |
Cavas históricas de ouro do Jaraguá: o que resta para se preservar? |
title_full_unstemmed |
Cavas históricas de ouro do Jaraguá: o que resta para se preservar? |
title_sort |
Cavas históricas de ouro do Jaraguá: o que resta para se preservar? |
author |
Carneiro,Celso Dal Ré |
author_facet |
Carneiro,Celso Dal Ré Santos,Luiz Fernando dos Silva,José Reynaldo Bastos da |
author_role |
author |
author2 |
Santos,Luiz Fernando dos Silva,José Reynaldo Bastos da |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Carneiro,Celso Dal Ré Santos,Luiz Fernando dos Silva,José Reynaldo Bastos da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Geologia Grupo São Roque mineração ouro patrimônio histórico |
topic |
Geologia Grupo São Roque mineração ouro patrimônio histórico |
description |
Resumo: As áreas de ocorrência das “Cavas de Ouro Históricas do Jaraguá”, nos bairros Morro Doce e Jardim Britânia, município de São Paulo (SP), foram levantadas para apoiar medidas de preservação. As escavações, da época colonial, são ocupadas por densa vegetação; os taludes abruptos laterais delimitam fundos planos e estreitos. O traço sinuoso dos restos, orientado segundo N40-50W, acompanha zona de transição entre pacotes de rochas neoproterozoicas: a SW ocorrem metapelitos e metapsamitos e, a NE, rochas cálciosilicáticas e anfbolitos. As cavas são controladas por estruturas formadas em três fases de deformação. A expansão urbana e as rodovias, nas últimas três décadas, avançaram vigorosamente sobre os vestígios, porém ainda restam quatro, denominados: (I) Faldas do Morro do Quebra-Pé; (II) Jardim Britânia; (III) Morro Doce e (IV) Parque Nova Anhangüera. Um quinto local foi desfgurado por terraplenagem. A Cava do Jardim Britânia, parcialmente descaracterizada, sofreu aterramento parcial para construção de escola pública, mas ainda se pode propor medidas de proteção. Uma vez que as cavas estão bem preservadas, pode-se recomendar às autoridades que: (1) avaliem a alternativa do tombamento imediato das áreas; (2) desenvolvam programas para implantar sítios de divulgação científca ou um centro educacional integrado com exposição de amostras de rochas, minérios e minerais da região; (3) apoiem o interesse de alguns proprietários de preservar a área denominada “Cava Morro Doce”; (4) estimulem iniciativas de uso educativo das cavas, mediante produção de roteiros de visita aos sítios históricos. As alternativas ajudarão a recuperar parte da história da mineração paulista. |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-48892011000100108 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-48892011000100108 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.25249/0375-7536.2011411108119 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Geologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Geologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Geology v.41 n.1 2011 reponame:Brazilian Journal of Geology instname:Sociedade Brasileira de Geologia (SBGEO) instacron:SBGEO |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Geologia (SBGEO) |
instacron_str |
SBGEO |
institution |
SBGEO |
reponame_str |
Brazilian Journal of Geology |
collection |
Brazilian Journal of Geology |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Geology - Sociedade Brasileira de Geologia (SBGEO) |
repository.mail.fl_str_mv |
sbgsede@sbgeo.org.br||claudio.riccomini@gmail.com |
_version_ |
1752122397930029056 |