Implante de stents com ou sem pré-dilatação em pacientes com síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oblitas,Javier Obregón
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Costa Jr.,J. Ribamar, Siqueira,Dimytri A., Maldonado,Alejandro, Barreira,Gentil, Slhessarenko,Juliano, Zacarias,Leandro, Feres,Fausto, Abizaid,Alexandre, Sousa,Amanda G. M. R., Sousa,J. Eduardo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972013000400007
Resumo: INTRODUÇÃO: O benefício do implante direto de stent não está bem estabelecido na síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST (SCASST). Comparamos aqui o implante de stent, com ou sem pré-dilatação (stent direto) da lesão-alvo nessa população. MÉTODOS: Registro unicêntrico, retrospectivo, que incluiu pacientes com SCASST tratados entre 2009 a 2010. Foram excluídas lesões reestenóticas, lesões em enxertos de safena ou em bifurcações. O desfecho primário foi a comparação de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) hospitalares e tardios. RESULTADOS: Do total de 182 pacientes avaliados, 42,3% foram tratados com stent direto. A idade da população foi de 61,1 ± 11,0 anos, sendo 67% do sexo masculino e 33,5% diabéticos. Os pacientes do grupo pré-dilatação apresentaram mais lesões do tipo C (37,1% vs. 18,2%; P <0,01), menor diâmetro de referência do vaso (2,3 [2,0-2,7] mm vs. 2,7 [2,2-3,1] mm; P <0,01) e menor diâmetro luminal mínimo pré-intervenção (0,5 [0,1-0,7] mm vs. 0,6 [0,4-1,0] mm; P < 0,01). Calcificação moderada/grave foi evidenciada em 13,2% dos casos, igualmente distribuídos entre os grupos. Não foram observadas diferenças na ocorrência de complicações angiográficas periprocedimento (3,9% vs. 4,8%; P &gt; 0,99). As taxas de ECAM hospitalar não diferiram entre os grupos, embora os pacientes submetidos ao implante direto tenham apresentado metade dos eventos (2,6% vs. 5,7%; P = 0,47). Ao final de 1 ano, os ECAM foram semelhantes entre os grupos (6,5% vs. 5,7%; P &gt; 0,99 ). CONCLUSÕES: Nesta série de pacientes com SCASST, o implante direto de stent não esteve associado a melhores resultados angiográficos ou clínicos. Contudo, a complexidade da lesão permanece como fator determinante na escolha da estratégia de pré-dilatação na prática diária.
id SBHCI-1_01719702fcaa1e5a60681852610427af
oai_identifier_str oai:scielo:S2179-83972013000400007
network_acronym_str SBHCI-1
network_name_str Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
repository_id_str
spelling Implante de stents com ou sem pré-dilatação em pacientes com síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento STSíndrome coronariana agudaIntervenção coronária percutâneaStentsINTRODUÇÃO: O benefício do implante direto de stent não está bem estabelecido na síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST (SCASST). Comparamos aqui o implante de stent, com ou sem pré-dilatação (stent direto) da lesão-alvo nessa população. MÉTODOS: Registro unicêntrico, retrospectivo, que incluiu pacientes com SCASST tratados entre 2009 a 2010. Foram excluídas lesões reestenóticas, lesões em enxertos de safena ou em bifurcações. O desfecho primário foi a comparação de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) hospitalares e tardios. RESULTADOS: Do total de 182 pacientes avaliados, 42,3% foram tratados com stent direto. A idade da população foi de 61,1 ± 11,0 anos, sendo 67% do sexo masculino e 33,5% diabéticos. Os pacientes do grupo pré-dilatação apresentaram mais lesões do tipo C (37,1% vs. 18,2%; P <0,01), menor diâmetro de referência do vaso (2,3 [2,0-2,7] mm vs. 2,7 [2,2-3,1] mm; P <0,01) e menor diâmetro luminal mínimo pré-intervenção (0,5 [0,1-0,7] mm vs. 0,6 [0,4-1,0] mm; P < 0,01). Calcificação moderada/grave foi evidenciada em 13,2% dos casos, igualmente distribuídos entre os grupos. Não foram observadas diferenças na ocorrência de complicações angiográficas periprocedimento (3,9% vs. 4,8%; P &gt; 0,99). As taxas de ECAM hospitalar não diferiram entre os grupos, embora os pacientes submetidos ao implante direto tenham apresentado metade dos eventos (2,6% vs. 5,7%; P = 0,47). Ao final de 1 ano, os ECAM foram semelhantes entre os grupos (6,5% vs. 5,7%; P &gt; 0,99 ). CONCLUSÕES: Nesta série de pacientes com SCASST, o implante direto de stent não esteve associado a melhores resultados angiográficos ou clínicos. Contudo, a complexidade da lesão permanece como fator determinante na escolha da estratégia de pré-dilatação na prática diária.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2013-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972013000400007Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.21 n.4 2013reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972013000400007info:eu-repo/semantics/openAccessOblitas,Javier ObregónCosta Jr.,J. RibamarSiqueira,Dimytri A.Maldonado,AlejandroBarreira,GentilSlhessarenko,JulianoZacarias,LeandroFeres,FaustoAbizaid,AlexandreSousa,Amanda G. M. R.Sousa,J. Eduardopor2015-06-23T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972013000400007Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2015-06-23T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false
dc.title.none.fl_str_mv Implante de stents com ou sem pré-dilatação em pacientes com síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST
title Implante de stents com ou sem pré-dilatação em pacientes com síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST
spellingShingle Implante de stents com ou sem pré-dilatação em pacientes com síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST
Oblitas,Javier Obregón
Síndrome coronariana aguda
Intervenção coronária percutânea
Stents
title_short Implante de stents com ou sem pré-dilatação em pacientes com síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST
title_full Implante de stents com ou sem pré-dilatação em pacientes com síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST
title_fullStr Implante de stents com ou sem pré-dilatação em pacientes com síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST
title_full_unstemmed Implante de stents com ou sem pré-dilatação em pacientes com síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST
title_sort Implante de stents com ou sem pré-dilatação em pacientes com síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST
author Oblitas,Javier Obregón
author_facet Oblitas,Javier Obregón
Costa Jr.,J. Ribamar
Siqueira,Dimytri A.
Maldonado,Alejandro
Barreira,Gentil
Slhessarenko,Juliano
Zacarias,Leandro
Feres,Fausto
Abizaid,Alexandre
Sousa,Amanda G. M. R.
Sousa,J. Eduardo
author_role author
author2 Costa Jr.,J. Ribamar
Siqueira,Dimytri A.
Maldonado,Alejandro
Barreira,Gentil
Slhessarenko,Juliano
Zacarias,Leandro
Feres,Fausto
Abizaid,Alexandre
Sousa,Amanda G. M. R.
Sousa,J. Eduardo
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Oblitas,Javier Obregón
Costa Jr.,J. Ribamar
Siqueira,Dimytri A.
Maldonado,Alejandro
Barreira,Gentil
Slhessarenko,Juliano
Zacarias,Leandro
Feres,Fausto
Abizaid,Alexandre
Sousa,Amanda G. M. R.
Sousa,J. Eduardo
dc.subject.por.fl_str_mv Síndrome coronariana aguda
Intervenção coronária percutânea
Stents
topic Síndrome coronariana aguda
Intervenção coronária percutânea
Stents
description INTRODUÇÃO: O benefício do implante direto de stent não está bem estabelecido na síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST (SCASST). Comparamos aqui o implante de stent, com ou sem pré-dilatação (stent direto) da lesão-alvo nessa população. MÉTODOS: Registro unicêntrico, retrospectivo, que incluiu pacientes com SCASST tratados entre 2009 a 2010. Foram excluídas lesões reestenóticas, lesões em enxertos de safena ou em bifurcações. O desfecho primário foi a comparação de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) hospitalares e tardios. RESULTADOS: Do total de 182 pacientes avaliados, 42,3% foram tratados com stent direto. A idade da população foi de 61,1 ± 11,0 anos, sendo 67% do sexo masculino e 33,5% diabéticos. Os pacientes do grupo pré-dilatação apresentaram mais lesões do tipo C (37,1% vs. 18,2%; P <0,01), menor diâmetro de referência do vaso (2,3 [2,0-2,7] mm vs. 2,7 [2,2-3,1] mm; P <0,01) e menor diâmetro luminal mínimo pré-intervenção (0,5 [0,1-0,7] mm vs. 0,6 [0,4-1,0] mm; P < 0,01). Calcificação moderada/grave foi evidenciada em 13,2% dos casos, igualmente distribuídos entre os grupos. Não foram observadas diferenças na ocorrência de complicações angiográficas periprocedimento (3,9% vs. 4,8%; P &gt; 0,99). As taxas de ECAM hospitalar não diferiram entre os grupos, embora os pacientes submetidos ao implante direto tenham apresentado metade dos eventos (2,6% vs. 5,7%; P = 0,47). Ao final de 1 ano, os ECAM foram semelhantes entre os grupos (6,5% vs. 5,7%; P &gt; 0,99 ). CONCLUSÕES: Nesta série de pacientes com SCASST, o implante direto de stent não esteve associado a melhores resultados angiográficos ou clínicos. Contudo, a complexidade da lesão permanece como fator determinante na escolha da estratégia de pré-dilatação na prática diária.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-12-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972013000400007
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972013000400007
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S2179-83972013000400007
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.21 n.4 2013
reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
instacron:SBHCI
instname_str Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
instacron_str SBHCI
institution SBHCI
reponame_str Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
collection Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
repository.mail.fl_str_mv ||sbhci@sbhci.org.br
_version_ 1752122253219201024