Stents farmacológicos no mundo real: impacto de sua disponibilidade no perfil de pacientes tratados por meio de intervenção coronária percutânea em um hospital público
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000100008 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Pacientes submetidos a intervenção percutânea em hospitais públicos brasileiros não têm acesso aos stents farmacológicos. No início de 2006, participamos de um registro multicêntrico internacional que disponibilizava o uso rotineiro dessas próteses, no cenário do mundo real. Neste artigo, procuramos identificar os perfis clínico, angiográfico e do procedimento de pacientes consecutivamente tratados em períodos subseqüentes de dois meses, de acordo com a disponibilidade desses modelos, visando à identificação de eventuais alterações nesses perfis. MÉTODO: Estudo observacional de uma série de 471 pacientes, divididos em dois grupos: A, 229 casos dilatados na vigência da disponibilidade de stents farmacológicos; e B, 242 pacientes subseqüentes tratados da forma usual. Não houve critérios de inclusão/exclusão. RESULTADOS: Stents farmacológicos foram mais implantados no grupo A (44% vs. 2%; p < 0,0001). No que se refere às características de base, observou-se predomínio significante de diabéticos dependentes de insulina em A (8% vs. 3%; p = 0,02), o mesmo ocorrendo com lesões-alvo tipos B2 ou C (73% vs. 57%; p < 0,0001), lesões situadas em bifurcações (15% vs. 9%; p = 0,02) e intervenções multiarteriais (15% vs. 6%; p = 0,003). A angiografia quantitativa identificou os casos de A como portadores de estenoses situadas em vasos de menor calibre (2,4 mm vs. 2,6 mm; p = 0,0004), também exibindo lesões mais longas (14,9 mm vs. 12,7 mm; p = 0,0008). CONCLUSÕES: A disponibilidade dos stents farmacológicos gerou alterações no perfil dos casos tratados, que passou a abordar situações mais predispostas à reestenose, como os diabéticos dependentes de insulina, os multiarteriais com lesões de alta complexidade e os portadores de lesões mais longas em vasos de fino calibre. |
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Stents farmacológicos no mundo real: impacto de sua disponibilidade no perfil de pacientes tratados por meio de intervenção coronária percutânea em um hospital públicoCoronariopatiaContenedoresAngioplastia transluminal percutânea coronáriaINTRODUÇÃO: Pacientes submetidos a intervenção percutânea em hospitais públicos brasileiros não têm acesso aos stents farmacológicos. No início de 2006, participamos de um registro multicêntrico internacional que disponibilizava o uso rotineiro dessas próteses, no cenário do mundo real. Neste artigo, procuramos identificar os perfis clínico, angiográfico e do procedimento de pacientes consecutivamente tratados em períodos subseqüentes de dois meses, de acordo com a disponibilidade desses modelos, visando à identificação de eventuais alterações nesses perfis. MÉTODO: Estudo observacional de uma série de 471 pacientes, divididos em dois grupos: A, 229 casos dilatados na vigência da disponibilidade de stents farmacológicos; e B, 242 pacientes subseqüentes tratados da forma usual. Não houve critérios de inclusão/exclusão. RESULTADOS: Stents farmacológicos foram mais implantados no grupo A (44% vs. 2%; p < 0,0001). No que se refere às características de base, observou-se predomínio significante de diabéticos dependentes de insulina em A (8% vs. 3%; p = 0,02), o mesmo ocorrendo com lesões-alvo tipos B2 ou C (73% vs. 57%; p < 0,0001), lesões situadas em bifurcações (15% vs. 9%; p = 0,02) e intervenções multiarteriais (15% vs. 6%; p = 0,003). A angiografia quantitativa identificou os casos de A como portadores de estenoses situadas em vasos de menor calibre (2,4 mm vs. 2,6 mm; p = 0,0004), também exibindo lesões mais longas (14,9 mm vs. 12,7 mm; p = 0,0008). CONCLUSÕES: A disponibilidade dos stents farmacológicos gerou alterações no perfil dos casos tratados, que passou a abordar situações mais predispostas à reestenose, como os diabéticos dependentes de insulina, os multiarteriais com lesões de alta complexidade e os portadores de lesões mais longas em vasos de fino calibre.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2008-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000100008Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.16 n.1 2008reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972008000100008info:eu-repo/semantics/openAccessTanajura,Luiz FernandoFeres,FaustoAbizaid,Alexandre C.Mattos,Luiz Alberto P.Siqueira,Dimytri A.Centemero,Marinella P.Chaves,Áurea J.Abizaid,Andréa S.Sousa,Amanda Guerra M. R.Sousa,J. Eduardo M. R.por2012-08-15T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972008000100008Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2012-08-15T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false |
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