Impacto da obesidade nos resultados hospitalares da intervenção coronária percutânea: resultados do registro do hospital Bandeirantes
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000400011 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Pacientes obesos podem apresentar melhor evolução pós-intervenção coronária percutânea (ICP) quando comparados àqueles com índice de massa corporal (IMC) normal, o chamado "paradoxo da obesidade". Este estudo teve por objetivo verificar se esse paradoxo ocorre em nosso meio. MÉTODOS: Incluímos neste estudo 4.957 pacientes submetidos consecutivamente a ICP. Os pacientes foram classificados em não-obesos (IMC < 30 kg/m²) e obesos (IMC > 30 kg/m²). Eventos cardíacos e cerebrovasculares adversos maiores (ECCAM) foram registrados na alta hospitalar. RESULTADOS: O grupo de obesos apresentou-se três anos mais jovem, com maior prevalência de fatores de risco para doença arterial coronária, à exceção do tabagismo. A apresentação clínica foi semelhante, prevalecendo os quadros clínicos estáveis. Predominaram os pacientes com acometimento uniarterial, as características de complexidade das lesões não diferiram entre os grupos, à exceção de lesões calcificadas, e a disfunção ventricular esquerda foi menos frequente no grupo de obesos. O diâmetro e a extensão dos stents utilizados foram semelhantes entre os grupos. A taxa de sucesso do procedimento foi alta e similar para obesos e não-obesos. Na alta hospitalar, a incidência de ECCAM (2,5% vs. 2,7%; P = 0,76), óbito hospitalar (1% vs. 1,1%; P = 0,88), acidente vascular cerebral (0,1% vs. 0,1%; P = 0,79), infarto agudo do miocárdio (1,6% vs. 1,8%; P = 0,74) e revascularização miocárdica de emergência (0 vs. 0,1%; P = 0,35) não mostrou diferenças entre os grupos. Idade, diabetes, hipertensão e lesões tipo B2/C foram as variáveis que melhor explicaram a presença de ECCAM. CONCLUSÕES: Em pacientes portadores de doença arterial coronária e submetidos a ICP, o IMC > 30 kg/m² não influenciou o risco de eventos clínicos hospitalares relacionados ao procedimento. |
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