Oclusão percutânea dos defeitos do septo atrial utilizando mais de uma prótese
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000100015 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O fechamento percutâneo das comunicações interatriais (CIAs) é uma alternativa à cirurgia, aceita em todo o mundo. O uso de mais de uma prótese tem sido descrito, mas ainda há poucos estudos sobre o assunto, especialmente no que diz respeito ao seguimento a longo prazo. Neste trabalho, apresentamos nossa experiência com o uso de mais de uma prótese para o fechamento dos defeitos atriais múltiplos, e discutimos as diferentes condições em que isso se faz necessário. MÉTODO: Este é um estudo retrospectivo, em que foram analisados todos os casos submetidos a fechamento percutâneo de CIAs, no período de abril de 1999 a dezembro de 2007. Do total de casos, selecionamos aqueles portadores de defeitos múltiplos, concentrando nosso relato nos que necessitaram de mais de uma prótese para sua oclusão. Incluímos, também, dois casos de pacientes com shunt residual após o implante prévio de uma primeira prótese e que necessitaram de um segundo dispositivo. Os casos foram todos selecionados por meio de ecocardiogramas transesofágicos (ETE). RESULTADOS: No período mencionado, 211 pacientes foram submetidos a fechamento percutâneo de CIAs. Em 12 (5,6%) desses pacientes foi preciso utilizar duas próteses para oclusão de seus defeitos, como se segue: oito pacientes tinham dois orifícios; dois tinham três orifícios; e dois tinham quatro orifícios. A média das idades foi de 27,5 ± 14,6 anos. Dois casos apresentaram acidentes isquêmicos cerebrais prévios. Foram utilizadas 24 próteses, sendo 23 Amplatzer para CIAs e uma Amplatzer para forame oval (FOP). O implante foi possível em todos os casos. O diâmetro dos orifícios menores era de 10,5 ± 4,0 mm e dos maiores, de 20,6 ± 5,5 mm. O diâmetro central das próteses de CIA variou de 5 mm a 34 mm (16,8 ± 7,6 mm). Não houve complicações graves ou óbitos. Shunt residual imediato estava presente em dois (16,6%) pacientes. Foram acrescentados à casuística mais dois casos de shunt residual significativo, fechados, com sucesso, com uma segunda prótese Amplatzer para CIA. CONCLUSÕES: Apesar de tecnicamente mais complexo, o fechamento das CIAs com duas próteses é possível, seguro e eficaz. Até o presente momento, o uso de duas próteses metálicas não parece ser danoso ao septo atrial ou a estruturas vizinhas. Apesar disso, mais estudos são necessários para definir a segurança desse procedimento, especialmente em crianças. |
id |
SBHCI-1_8df051e7d6401293b41cb73670a2dce8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S2179-83972008000100015 |
network_acronym_str |
SBHCI-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Oclusão percutânea dos defeitos do septo atrial utilizando mais de uma próteseDefeitos do septo interatrialCateterismo cardíacoPróteses e implantesINTRODUÇÃO: O fechamento percutâneo das comunicações interatriais (CIAs) é uma alternativa à cirurgia, aceita em todo o mundo. O uso de mais de uma prótese tem sido descrito, mas ainda há poucos estudos sobre o assunto, especialmente no que diz respeito ao seguimento a longo prazo. Neste trabalho, apresentamos nossa experiência com o uso de mais de uma prótese para o fechamento dos defeitos atriais múltiplos, e discutimos as diferentes condições em que isso se faz necessário. MÉTODO: Este é um estudo retrospectivo, em que foram analisados todos os casos submetidos a fechamento percutâneo de CIAs, no período de abril de 1999 a dezembro de 2007. Do total de casos, selecionamos aqueles portadores de defeitos múltiplos, concentrando nosso relato nos que necessitaram de mais de uma prótese para sua oclusão. Incluímos, também, dois casos de pacientes com shunt residual após o implante prévio de uma primeira prótese e que necessitaram de um segundo dispositivo. Os casos foram todos selecionados por meio de ecocardiogramas transesofágicos (ETE). RESULTADOS: No período mencionado, 211 pacientes foram submetidos a fechamento percutâneo de CIAs. Em 12 (5,6%) desses pacientes foi preciso utilizar duas próteses para oclusão de seus defeitos, como se segue: oito pacientes tinham dois orifícios; dois tinham três orifícios; e dois tinham quatro orifícios. A média das idades foi de 27,5 ± 14,6 anos. Dois casos apresentaram acidentes isquêmicos cerebrais prévios. Foram utilizadas 24 próteses, sendo 23 Amplatzer para CIAs e uma Amplatzer para forame oval (FOP). O implante foi possível em todos os casos. O diâmetro dos orifícios menores era de 10,5 ± 4,0 mm e dos maiores, de 20,6 ± 5,5 mm. O diâmetro central das próteses de CIA variou de 5 mm a 34 mm (16,8 ± 7,6 mm). Não houve complicações graves ou óbitos. Shunt residual imediato estava presente em dois (16,6%) pacientes. Foram acrescentados à casuística mais dois casos de shunt residual significativo, fechados, com sucesso, com uma segunda prótese Amplatzer para CIA. CONCLUSÕES: Apesar de tecnicamente mais complexo, o fechamento das CIAs com duas próteses é possível, seguro e eficaz. Até o presente momento, o uso de duas próteses metálicas não parece ser danoso ao septo atrial ou a estruturas vizinhas. Apesar disso, mais estudos são necessários para definir a segurança desse procedimento, especialmente em crianças.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2008-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000100015Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.16 n.1 2008reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972008000100015info:eu-repo/semantics/openAccessChamié,FranciscoChamié,DanielRamos,SérgioTress,João CarlosVicter,Rosaurapor2012-08-15T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972008000100015Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2012-08-15T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Oclusão percutânea dos defeitos do septo atrial utilizando mais de uma prótese |
title |
Oclusão percutânea dos defeitos do septo atrial utilizando mais de uma prótese |
spellingShingle |
Oclusão percutânea dos defeitos do septo atrial utilizando mais de uma prótese Chamié,Francisco Defeitos do septo interatrial Cateterismo cardíaco Próteses e implantes |
title_short |
Oclusão percutânea dos defeitos do septo atrial utilizando mais de uma prótese |
title_full |
Oclusão percutânea dos defeitos do septo atrial utilizando mais de uma prótese |
title_fullStr |
Oclusão percutânea dos defeitos do septo atrial utilizando mais de uma prótese |
title_full_unstemmed |
Oclusão percutânea dos defeitos do septo atrial utilizando mais de uma prótese |
title_sort |
Oclusão percutânea dos defeitos do septo atrial utilizando mais de uma prótese |
author |
Chamié,Francisco |
author_facet |
Chamié,Francisco Chamié,Daniel Ramos,Sérgio Tress,João Carlos Victer,Rosaura |
author_role |
author |
author2 |
Chamié,Daniel Ramos,Sérgio Tress,João Carlos Victer,Rosaura |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Chamié,Francisco Chamié,Daniel Ramos,Sérgio Tress,João Carlos Victer,Rosaura |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Defeitos do septo interatrial Cateterismo cardíaco Próteses e implantes |
topic |
Defeitos do septo interatrial Cateterismo cardíaco Próteses e implantes |
description |
INTRODUÇÃO: O fechamento percutâneo das comunicações interatriais (CIAs) é uma alternativa à cirurgia, aceita em todo o mundo. O uso de mais de uma prótese tem sido descrito, mas ainda há poucos estudos sobre o assunto, especialmente no que diz respeito ao seguimento a longo prazo. Neste trabalho, apresentamos nossa experiência com o uso de mais de uma prótese para o fechamento dos defeitos atriais múltiplos, e discutimos as diferentes condições em que isso se faz necessário. MÉTODO: Este é um estudo retrospectivo, em que foram analisados todos os casos submetidos a fechamento percutâneo de CIAs, no período de abril de 1999 a dezembro de 2007. Do total de casos, selecionamos aqueles portadores de defeitos múltiplos, concentrando nosso relato nos que necessitaram de mais de uma prótese para sua oclusão. Incluímos, também, dois casos de pacientes com shunt residual após o implante prévio de uma primeira prótese e que necessitaram de um segundo dispositivo. Os casos foram todos selecionados por meio de ecocardiogramas transesofágicos (ETE). RESULTADOS: No período mencionado, 211 pacientes foram submetidos a fechamento percutâneo de CIAs. Em 12 (5,6%) desses pacientes foi preciso utilizar duas próteses para oclusão de seus defeitos, como se segue: oito pacientes tinham dois orifícios; dois tinham três orifícios; e dois tinham quatro orifícios. A média das idades foi de 27,5 ± 14,6 anos. Dois casos apresentaram acidentes isquêmicos cerebrais prévios. Foram utilizadas 24 próteses, sendo 23 Amplatzer para CIAs e uma Amplatzer para forame oval (FOP). O implante foi possível em todos os casos. O diâmetro dos orifícios menores era de 10,5 ± 4,0 mm e dos maiores, de 20,6 ± 5,5 mm. O diâmetro central das próteses de CIA variou de 5 mm a 34 mm (16,8 ± 7,6 mm). Não houve complicações graves ou óbitos. Shunt residual imediato estava presente em dois (16,6%) pacientes. Foram acrescentados à casuística mais dois casos de shunt residual significativo, fechados, com sucesso, com uma segunda prótese Amplatzer para CIA. CONCLUSÕES: Apesar de tecnicamente mais complexo, o fechamento das CIAs com duas próteses é possível, seguro e eficaz. Até o presente momento, o uso de duas próteses metálicas não parece ser danoso ao septo atrial ou a estruturas vizinhas. Apesar disso, mais estudos são necessários para definir a segurança desse procedimento, especialmente em crianças. |
publishDate |
2008 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2008-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000100015 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000100015 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S2179-83972008000100015 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.16 n.1 2008 reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) instacron:SBHCI |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) |
instacron_str |
SBHCI |
institution |
SBHCI |
reponame_str |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) |
repository.mail.fl_str_mv |
||sbhci@sbhci.org.br |
_version_ |
1752122251389435904 |