Resultados hospitalares da intervenção coronária percutânea primária no infarto agudo do miocárdio em pacientes com mais de 80 anos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972010000100006 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O aumento da expectativa de vida da população e o risco de sangramento com o uso de trombolíticos têm permitido que pacientes cada vez mais idosos com infarto agudo do miocárdio sejam tratados pela intervenção coronária percutânea (ICP) primária. Analisamos os resultados hospitalares da ICP primária em pacientes com idade > 80 anos. MÉTODO: No período de janeiro de 2002 a outubro de 2008, foram realizadas 4.788 ICPs, sendo 428 ICPs primárias. Destas, 34 foram em pacientes com idade > 80 anos e 394 em pacientes < 80 anos. RESULTADOS: O sexo feminino (47,1% vs. 27,7%; P = 0,017), a classe funcional Killip IV (11,8% vs. 4,1%; P = 0,002) e o fluxo coronário TIMI 2/3 pré-ICP (60% vs. 44,4%; P = 0,032) foram mais frequentes nos idosos. Tabagismo (44,9% vs. 8%; P < 0,001) e uso de inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (32,5% vs. 11,7%; P = 0,04) prevaleceram no grupo < 80 anos. Não ocorreram diferenças significativas quanto ao tempo portabalão (117,4 ± 125,7 minutos vs. 179,3 ± 169,8 minutos; P = 0,095), à taxa de utilização de stents (91,2% vs. 98,2%; P = 0,78), e ao uso de stents farmacológicos (0 vs. 2,8%; P = 0,067) ou de dispositivos de aspiração de trombos (11,7% vs. 12,2; P = 0,65). Não houve diferença quanto à taxa de sucesso angiográfico (97,1% vs. 96,5%; P > 0,99), porém o grupo > 80 anos apresentou mortalidade hospitalar mais elevada (11,8% vs. 2,3%; P = 0,014). Reinfarto, acidente vascular cerebral, complicações vasculares maiores e insuficiência renal aguda foram semelhantes entre os grupos. CONCLUSÃO: A ICP apresenta, em geral, altas taxas de sucesso angiográfico e baixo índice de complicações, reforçando seu papel como método preferencial de reperfusão na fase aguda do infarto do miocárdio. Os pacientes muitos idosos, com mais de 80 anos, apresentam maior mortalidade, possivelmente reflexo da maior comorbidade desse grupo. |
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Resultados hospitalares da intervenção coronária percutânea primária no infarto agudo do miocárdio em pacientes com mais de 80 anosAngioplastia transluminal percutânea coronáriaIdoso de 80 anos ou maisInfarto do miocárdioINTRODUÇÃO: O aumento da expectativa de vida da população e o risco de sangramento com o uso de trombolíticos têm permitido que pacientes cada vez mais idosos com infarto agudo do miocárdio sejam tratados pela intervenção coronária percutânea (ICP) primária. Analisamos os resultados hospitalares da ICP primária em pacientes com idade > 80 anos. MÉTODO: No período de janeiro de 2002 a outubro de 2008, foram realizadas 4.788 ICPs, sendo 428 ICPs primárias. Destas, 34 foram em pacientes com idade > 80 anos e 394 em pacientes < 80 anos. RESULTADOS: O sexo feminino (47,1% vs. 27,7%; P = 0,017), a classe funcional Killip IV (11,8% vs. 4,1%; P = 0,002) e o fluxo coronário TIMI 2/3 pré-ICP (60% vs. 44,4%; P = 0,032) foram mais frequentes nos idosos. Tabagismo (44,9% vs. 8%; P < 0,001) e uso de inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (32,5% vs. 11,7%; P = 0,04) prevaleceram no grupo < 80 anos. Não ocorreram diferenças significativas quanto ao tempo portabalão (117,4 ± 125,7 minutos vs. 179,3 ± 169,8 minutos; P = 0,095), à taxa de utilização de stents (91,2% vs. 98,2%; P = 0,78), e ao uso de stents farmacológicos (0 vs. 2,8%; P = 0,067) ou de dispositivos de aspiração de trombos (11,7% vs. 12,2; P = 0,65). Não houve diferença quanto à taxa de sucesso angiográfico (97,1% vs. 96,5%; P > 0,99), porém o grupo > 80 anos apresentou mortalidade hospitalar mais elevada (11,8% vs. 2,3%; P = 0,014). Reinfarto, acidente vascular cerebral, complicações vasculares maiores e insuficiência renal aguda foram semelhantes entre os grupos. CONCLUSÃO: A ICP apresenta, em geral, altas taxas de sucesso angiográfico e baixo índice de complicações, reforçando seu papel como método preferencial de reperfusão na fase aguda do infarto do miocárdio. Os pacientes muitos idosos, com mais de 80 anos, apresentam maior mortalidade, possivelmente reflexo da maior comorbidade desse grupo.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2010-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972010000100006Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.18 n.1 2010reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972010000100006info:eu-repo/semantics/openAccessThomas Júnior,Nelson RicardoCantarelli,Marcelo J. C.Castello Junior,Helio J.Gioppato,SilvioGonçalves,RosalyGuimarães,João Batista F.Silva,Patricia Teixeira daNoronha,Higo CunhaOliveira,Leonardo Cao C.Ribeiro,Evandro K. P.por2012-08-07T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972010000100006Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2012-08-07T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false |
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