Impacto de stents farmacológicos em pacientes com doença arterial coronária estável submetidos a intervenção coronária percutânea na prática diária do mundo real

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tavares,Sergio
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Sousa,Amanda G. M. R., Costa,Ricardo A., Moreira,Adriana, Costa Jr.,J. Ribamar, Maldonado,Galo, Cano,Manoel, Romano,Edson, Egito,Enilton T. do, Feres,Fausto, Pavanello,Ricardo, Magnoni,Daniel, Jardim,Cesar, Abizaid,Alexandre, Sousa,J. Eduardo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972010000400007
Resumo: INTRODUÇÃO: Estudos recentes incluindo pacientes portadores de doença coronária estável sugerem ausência de benefício clínico da estratégia inicial de intervenção coronária percutânea com stents não-farmacológicos associada a terapia medicamentosa otimizada vs. terapia medicamentosa otimizada isolada. No entanto, o tratamento ideal para pacientes com doença coronária estável no mundo real permanece controverso. Reportamos o impacto dos stents farmacológicos (SF) em pacientes portadores de doença coronária estável tratados na prática clínica diária. MÉTODO: Entre maio de 2002 e novembro de 2009, 1.814 pacientes portadores de doença coronária estável (angina estável ou isquemia silenciosa) foram prospectivamente incluídos no Registro DESIRE, e o seguimento clínico de até 8 anos (média de 3,9 ± 2 anos) foi realizado em 98% desses pacientes. RESULTADOS: A média das idades era de 64,2 ± 10,8 anos, 28% tinham diabetes melito, 21% tinham infarto do miocárdio prévio e 51,7%, revascularização prévia. A artéria descendente anterior foi o vaso-alvo mais tratado (42%), e, considerando-se o total de lesões (n = 2.701), 66,3% delas eram de elevada complexidade (tipos B2/C). Ao final do procedimento, o sucesso angiográfico foi de 99%. No seguimento clínico tardio, as taxas cumulativas de eventos adversos foram: morte cardíaca, 3,4%; infarto do miocárdio, 5,5%; revascularização da lesão-alvo (RLA), 4,8%; e trombose de stent, 0,8%. CONCLUSÃO: A utilização de SF na doença coronária estável esteve associada a excelente evolução clínica tardia, incluindo taxa cumulativa de RLA < 5%, e segurança sustentada. Comparados a dados históricos, tais achados demonstram grande benefício dos SF nessa população, sugerindo que a intervenção coronária percutânea com SF pode ser uma alternativa inicial segura e eficaz no tratamento de pacientes com doença coronária estável.
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