Oclusão percutânea do forame oval patente com prótese PREMERE TM: resultados preliminares da primeira experiência no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Esteves,Vinícius
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Pedra,Carlos A., Braga,Sérgio L. N., Pedra,Simone, Pontes Jr.,Sérgio, Costa,Rodrigo, O'Connor,Roberto, Sedek,Alexandra, Esteves,Fernanda A., Arrieta,Raul, Cassar,Renata, Ramalho,Gustavo, Rodrigues,Gabriel A., Esteves,César A.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972010000100015
Resumo: INTRODUÇÃO: O forame oval patente ocorre em 27% a 30% da população e pode estar associado a eventos embólicos, dentre eles o acidente vascular cerebral criptogênico. A prótese PREMERE TM, especialmente desenvolvida para a correção do forame oval patente, apresenta baixo perfil, reduzida quantidade de metal e âncora no lado esquerdo, com reduzida superfície para minimizar o risco de formação de trombos. Avaliamos os resultados clínicos e ecocardiográficos imediatos e aos três e seis meses pósimplante do dispositivo. MÉTODO: Entre maio de 2008 e junho de 2009, a prótese foi implantada em 14 pacientes com forame oval patente e que apresentaram eventos embólicos cerebrais prévios, comprovados por tomografia computadorizada e/ou ressonância nuclear magnética de crânio. O diagnóstico ecocardiográfico de forame oval patente foi realizado quando microbolhas eram detectadas no átrio esquerdo, dentro de três ciclos cardíacos após a opacificação do átrio direito. Foram excluídos os portadores de forame oval patente com aneurisma do septo interatrial > 2 cm, e os pacientes com fibrilação/flutter atrial ou com outras afecções que explicassem o acidente vascular cerebral criptogênico. RESULTADOS: Nove (64,3%) pacientes eram do sexo masculino e a média das idades foi de 47,2 ± 17,5 anos. Observou-se sucesso do implante em 100% dos casos. O ecocardiograma transesofágico logo após o procedimento evidenciou a presença de microbolhas no átrio esquerdo, com a manobra de Valsalva, em 50% dos casos. Todos os pacientes receberam alta hospitalar no dia seguinte, em uso de ácido acetilsalicílico 200 mg/dia e clopidogrel 75 mg/dia, e retornaram com três meses para acompanhamento clínico e ecocardiográfico. O ecocardiograma transesofágico aos três meses eviden ciou discreto fluxo residual em apenas 3 (21,4%) pacientes. Esses pacientes apresentaram forame oval patente totalmente ocluído no ecocardiograma transesofágico realizado aos seis meses. Nenhum dos pacientes apresentou eventos cardiovasculares durante o período de observação. CONCLUSÃO: A prótese PREMERE TM demonstrou ser um dispositivo seguro e eficaz na oclusão do forame oval patente. A taxa de oclusão nesta experiência inicial foi elevada para um período de observação de seis meses.
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