Evolução tardia de pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com stents farmacológicos na prática diária do mundo real: subanálise do Registro DESIRE (Drug-Eluting Stent In the REal World)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa,Ricardo A.
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Sousa,Amanda G. M. R., Costa Jr.,J. Ribamar, Moreira,Adriana, Maldonado,Galo, Cano,Manuel N., Feres,Fausto, Jardim,César, Liguori,Ieda M., Barbosa,Marco A., Romano,Edson R., Sousa,J. Eduardo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000300005
Resumo: INTRODUÇÃO: Estudos prévios comparando stents farmacológicos (SFs) e stents não-farmacológicos sugerem eficácia e segurança dos SFs no tratamento de pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM). No entanto, a evolução tardia de pacientes com IAM tratados com SFs na prática diária permanece desconhecida. Este estudo teve como objetivo investigar o seguimento tardio de pacientes com IAM recente tratados com SFs na prática diária do mundo real. MÉTODOS: Entre maio de 2002 e junho de 2009, 3.018 pacientes não-selecionados com indicação de intervenção percutânea eletiva ou de emergência foram consecutivamente tratados com SFs em uma instituição clínica. O seguimento tardio de até sete anos foi realizado em 98%, com mediana de 3,4 anos. Os pacientes foram divididos em dois grupos: pacientes com IAM recente (< 30 dias) e pacientes sem IAM recente. RESULTADOS: Os pacientes com IAM recente tinham menos comorbidades e mais doença multiarterial (68,1% vs. 60,7%; P < 0,001), lesões com trombo (13,6% vs. 1,3%; P < 0,001), fluxo TIMI 0/1 (8,3% vs. 1,1%; P < 0,001) e disfunção moderada/grave do ventrículo esquerdo (23,2% vs. 10,9%; P < 0,001), comparativamente aos pacientes sem IAM recente. O grupo IAM recente recebeu 1,6 ± 0,8 stent/ paciente e mais inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (19,6% vs. 2%; P < 0,001), mas o sucesso angiográfico foi similar nos dois grupos (&gt; 99%). No seguimento tardio, a incidência de óbito cardíaco (6,4% vs. 2,7%; P < 0,001) e de trombose de stent (3,6% vs. 1,3%; P < 0,001) foi significativamente maior no grupo IAM recente. O IAM recente permaneceu como preditor independente de trombose de stent na análise multivariada (RR 2,96, IC 95% 1,62-5,41; P < 0,001). CONCLUSÕES: Pacientes com IAM < 30 dias tratados com SFs apresentaram pior prognóstico quando comparados aos pacientes sem IAM recente, incluindo aumento significativo do óbito cardíaco até sete anos de acompanhamento, e ocorrência 2,5 vezes maior das taxas de trombose de stent.
id SBHCI-1_f7d3a40ae067191427072ff3864fcdb0
oai_identifier_str oai:scielo:S2179-83972011000300005
network_acronym_str SBHCI-1
network_name_str Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
repository_id_str
spelling Evolução tardia de pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com stents farmacológicos na prática diária do mundo real: subanálise do Registro DESIRE (Drug-Eluting Stent In the REal World)StentsStents farmacológicosInfarto do miocárdioAngioplastiaINTRODUÇÃO: Estudos prévios comparando stents farmacológicos (SFs) e stents não-farmacológicos sugerem eficácia e segurança dos SFs no tratamento de pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM). No entanto, a evolução tardia de pacientes com IAM tratados com SFs na prática diária permanece desconhecida. Este estudo teve como objetivo investigar o seguimento tardio de pacientes com IAM recente tratados com SFs na prática diária do mundo real. MÉTODOS: Entre maio de 2002 e junho de 2009, 3.018 pacientes não-selecionados com indicação de intervenção percutânea eletiva ou de emergência foram consecutivamente tratados com SFs em uma instituição clínica. O seguimento tardio de até sete anos foi realizado em 98%, com mediana de 3,4 anos. Os pacientes foram divididos em dois grupos: pacientes com IAM recente (< 30 dias) e pacientes sem IAM recente. RESULTADOS: Os pacientes com IAM recente tinham menos comorbidades e mais doença multiarterial (68,1% vs. 60,7%; P < 0,001), lesões com trombo (13,6% vs. 1,3%; P < 0,001), fluxo TIMI 0/1 (8,3% vs. 1,1%; P < 0,001) e disfunção moderada/grave do ventrículo esquerdo (23,2% vs. 10,9%; P < 0,001), comparativamente aos pacientes sem IAM recente. O grupo IAM recente recebeu 1,6 ± 0,8 stent/ paciente e mais inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (19,6% vs. 2%; P < 0,001), mas o sucesso angiográfico foi similar nos dois grupos (&gt; 99%). No seguimento tardio, a incidência de óbito cardíaco (6,4% vs. 2,7%; P < 0,001) e de trombose de stent (3,6% vs. 1,3%; P < 0,001) foi significativamente maior no grupo IAM recente. O IAM recente permaneceu como preditor independente de trombose de stent na análise multivariada (RR 2,96, IC 95% 1,62-5,41; P < 0,001). CONCLUSÕES: Pacientes com IAM < 30 dias tratados com SFs apresentaram pior prognóstico quando comparados aos pacientes sem IAM recente, incluindo aumento significativo do óbito cardíaco até sete anos de acompanhamento, e ocorrência 2,5 vezes maior das taxas de trombose de stent.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2011-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000300005Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.19 n.3 2011reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972011000300005info:eu-repo/semantics/openAccessCosta,Ricardo A.Sousa,Amanda G. M. R.Costa Jr.,J. RibamarMoreira,AdrianaMaldonado,GaloCano,Manuel N.Feres,FaustoJardim,CésarLiguori,Ieda M.Barbosa,Marco A.Romano,Edson R.Sousa,J. Eduardopor2012-08-02T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972011000300005Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2012-08-02T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false
dc.title.none.fl_str_mv Evolução tardia de pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com stents farmacológicos na prática diária do mundo real: subanálise do Registro DESIRE (Drug-Eluting Stent In the REal World)
title Evolução tardia de pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com stents farmacológicos na prática diária do mundo real: subanálise do Registro DESIRE (Drug-Eluting Stent In the REal World)
spellingShingle Evolução tardia de pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com stents farmacológicos na prática diária do mundo real: subanálise do Registro DESIRE (Drug-Eluting Stent In the REal World)
Costa,Ricardo A.
Stents
Stents farmacológicos
Infarto do miocárdio
Angioplastia
title_short Evolução tardia de pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com stents farmacológicos na prática diária do mundo real: subanálise do Registro DESIRE (Drug-Eluting Stent In the REal World)
title_full Evolução tardia de pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com stents farmacológicos na prática diária do mundo real: subanálise do Registro DESIRE (Drug-Eluting Stent In the REal World)
title_fullStr Evolução tardia de pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com stents farmacológicos na prática diária do mundo real: subanálise do Registro DESIRE (Drug-Eluting Stent In the REal World)
title_full_unstemmed Evolução tardia de pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com stents farmacológicos na prática diária do mundo real: subanálise do Registro DESIRE (Drug-Eluting Stent In the REal World)
title_sort Evolução tardia de pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com stents farmacológicos na prática diária do mundo real: subanálise do Registro DESIRE (Drug-Eluting Stent In the REal World)
author Costa,Ricardo A.
author_facet Costa,Ricardo A.
Sousa,Amanda G. M. R.
Costa Jr.,J. Ribamar
Moreira,Adriana
Maldonado,Galo
Cano,Manuel N.
Feres,Fausto
Jardim,César
Liguori,Ieda M.
Barbosa,Marco A.
Romano,Edson R.
Sousa,J. Eduardo
author_role author
author2 Sousa,Amanda G. M. R.
Costa Jr.,J. Ribamar
Moreira,Adriana
Maldonado,Galo
Cano,Manuel N.
Feres,Fausto
Jardim,César
Liguori,Ieda M.
Barbosa,Marco A.
Romano,Edson R.
Sousa,J. Eduardo
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Costa,Ricardo A.
Sousa,Amanda G. M. R.
Costa Jr.,J. Ribamar
Moreira,Adriana
Maldonado,Galo
Cano,Manuel N.
Feres,Fausto
Jardim,César
Liguori,Ieda M.
Barbosa,Marco A.
Romano,Edson R.
Sousa,J. Eduardo
dc.subject.por.fl_str_mv Stents
Stents farmacológicos
Infarto do miocárdio
Angioplastia
topic Stents
Stents farmacológicos
Infarto do miocárdio
Angioplastia
description INTRODUÇÃO: Estudos prévios comparando stents farmacológicos (SFs) e stents não-farmacológicos sugerem eficácia e segurança dos SFs no tratamento de pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM). No entanto, a evolução tardia de pacientes com IAM tratados com SFs na prática diária permanece desconhecida. Este estudo teve como objetivo investigar o seguimento tardio de pacientes com IAM recente tratados com SFs na prática diária do mundo real. MÉTODOS: Entre maio de 2002 e junho de 2009, 3.018 pacientes não-selecionados com indicação de intervenção percutânea eletiva ou de emergência foram consecutivamente tratados com SFs em uma instituição clínica. O seguimento tardio de até sete anos foi realizado em 98%, com mediana de 3,4 anos. Os pacientes foram divididos em dois grupos: pacientes com IAM recente (< 30 dias) e pacientes sem IAM recente. RESULTADOS: Os pacientes com IAM recente tinham menos comorbidades e mais doença multiarterial (68,1% vs. 60,7%; P < 0,001), lesões com trombo (13,6% vs. 1,3%; P < 0,001), fluxo TIMI 0/1 (8,3% vs. 1,1%; P < 0,001) e disfunção moderada/grave do ventrículo esquerdo (23,2% vs. 10,9%; P < 0,001), comparativamente aos pacientes sem IAM recente. O grupo IAM recente recebeu 1,6 ± 0,8 stent/ paciente e mais inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (19,6% vs. 2%; P < 0,001), mas o sucesso angiográfico foi similar nos dois grupos (&gt; 99%). No seguimento tardio, a incidência de óbito cardíaco (6,4% vs. 2,7%; P < 0,001) e de trombose de stent (3,6% vs. 1,3%; P < 0,001) foi significativamente maior no grupo IAM recente. O IAM recente permaneceu como preditor independente de trombose de stent na análise multivariada (RR 2,96, IC 95% 1,62-5,41; P < 0,001). CONCLUSÕES: Pacientes com IAM < 30 dias tratados com SFs apresentaram pior prognóstico quando comparados aos pacientes sem IAM recente, incluindo aumento significativo do óbito cardíaco até sete anos de acompanhamento, e ocorrência 2,5 vezes maior das taxas de trombose de stent.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-09-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000300005
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000300005
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S2179-83972011000300005
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.19 n.3 2011
reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
instacron:SBHCI
instname_str Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
instacron_str SBHCI
institution SBHCI
reponame_str Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
collection Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
repository.mail.fl_str_mv ||sbhci@sbhci.org.br
_version_ 1752122252389777409