Cirurgia não-cardíaca e terapia antiplaquetária em pacientes tratados com stents coronários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira,Denise Machado de
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Lasevitch,Ricardo, Gomes,Vitor, Berleze,Diovane, Carmori,Paulo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972010000300018
Resumo: O crescente aumento da incidência de doenças cardiovasculares e do uso de stents convencionais ou farmacológicos tornou frequente a terapia antiplaquetária dupla. Esses pacientes em geral são submetidos a cirurgias não-cardíacas, tornando-se necessário manejo adequado dos antiplaquetários no período perioperatório. A estratégia de suspensão sistemática dos antiplaquetários antes da cirurgia acarreta aumento da morbidade e da mortalidade por eventos trombóticos, especialmente em pacientes com alto risco de trombose intrastent. Dados demonstram que não há aumento significativo das complicações hemorrágicas em cirurgias de baixo a moderado riscos para sangramento, realizadas em uso da terapia antiplaquetária dupla. A avaliação adequada do risco para eventos trombóticos e para sangramento cirúrgico permite identificar o manejo mais adequado do paciente. Procedimentos com risco de sangramento pequeno ou moderado devem ser realizados sob terapia antiplaquetária, enquanto nos de alto risco os antiplaquetários devem ser suspensos. Alternativamente, deve-se considerar postergar a cirurgia até que a terapia antiplaquetária possa ser descontinuada com segurança. De modo geral, em pacientes que serão submetidos a cirurgia não-cardíaca, a suspensão da terapia antiplaquetária implica riscos cardiovasculares maiores que as complicações por sangramento. Assim, recomenda-se a manutenção dos antiplaquetários, exceto em casos de cirurgia realizada em compartimentos fechados ou quando o risco de sangramento for inaceitável. Propomos um algoritmo para o manejo da terapia antiplaquetária no período perioperatório, considerando os riscos de eventos trombóticos e de sangramento.
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