Teste cardiopulmonar do exercício na prática clínica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza,Eva Cantalejo Munhoz Stadler de
Data de Publicação: 2000
Outros Autores: Bonat,Adriana Cristina, Radominski,Rosana Bento, Rodriguez-Añez,Ciro Romélio, Leite,Neiva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de medicina do esporte (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922000000600005
Resumo: O teste cardiopulmonar do exercício (CPX) apresenta-se como uma metodologia de grande utilidade diagnóstica e prognóstica. O presente estudo teve por objetivo demonstrar que os dados obtidos em laboratório fora do ambiente hospitalar comportam-se como os dados descritos na literatura, com aplicabilidade na prática clínica em nosso meio. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, através da análise retrospectiva dos casos. O CPX foi realizado em condições de laboratório controladas, com bocal e clipe nasal, protocolo de rampa em esteira rolante e eletrocardiograma de 13 canais. RESULTADOS: Entre os 261 testes, 53,3% eram em homens, idade média de 48,2 ± 14,3 anos; ativos (45,2%) ou sedentários (34,5%). A capacidade aeróbia máxima foi superior e com declínio significativo para cada década de aumento na faixa etária entre os homens, enquanto nas mulheres o declínio significativo ocorreu entre os 30 e 60 anos. As mulheres apresentaram maior distribuição (p = 0,0006) nas classes funcionais "em programa de treinamento ou bem treinadas e motivadas". O consumo de oxigênio pico (<img border=0 width=32 height=32 src="../../../../../img/revistas/rbme/v6n6/V-com-pontinho-menor.gif">O2) foi significativamente superior nos testes máximos, mas o <img border=0 width=32 height=32 src="../../../../../img/revistas/rbme/v6n6/V-com-pontinho-menor.gif">O2 do limiar anaeróbio (<img border=0 width=32 height=32 src="../../../../../img/revistas/rbme/v6n6/V-com-pontinho-menor.gif">O2LA) não apresentou diferenças significativas, quando o teste obtido foi máximo ou submáximo. A capacidade funcional, avaliada pelo <img border=0 width=32 height=32 src="../../../../../img/revistas/rbme/v6n6/V-com-pontinho-menor.gif">O2LA como porcentagem do <img border=0 width=32 height=32 src="../../../../../img/revistas/rbme/v6n6/V-com-pontinho-menor.gif">O2 máximo previsto, comparado à porcentagem do <img border=0 width=32 height=32 src="../../../../../img/revistas/rbme/v6n6/V-com-pontinho-menor.gif">O2 máximo atingido, classificou mais indivíduos com compromisso circulatório (p = 0,002) ou com menor aptidão física em comparação com pacientes ativos ou em programa de treinamento (p < 0,00001), exceto quando entre 50,0 e 59,0%, em que o critério empregado não influenciou a classificação funcional (p = 0,221). Não haver atingido 85,0% do <img border=0 width=32 height=32 src="../../../../../img/revistas/rbme/v6n6/V-com-pontinho-menor.gif">O2 máximo previsto foi a causa mais comum de anormalidade, mais freqüente e significativo entre as mulheres. CONCLUSÃO: Os dados obtidos são comparáveis aos descritos na literatura, sugerindo que o CPX é uma metodologia factível, que poderia ser empregada rotineiramente na prática clínica em nosso meio.
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