As ações de sentar e levantar do solo são prejudicadas por excesso de peso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de medicina do esporte (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922000000600004 |
Resumo: | Inatividade física é comum em pessoas com sobrepeso. O objetivo do presente trabalho foi identificar o efeito agudo do incremento no peso corporal sobre o desempenho nas ações de sentar e levantar do solo e verificar como o mesmo sofria influência de algumas variáveis morfofuncionais. Preliminarmente (E1), 33 soldados, com idade de 20 ± 1,4 anos (média ± dp) e valores homogêneos de IMC (22 ± 1,0kg/m²) e %g (5,3 ± 2,3), foram divididos aleatoriamente em três grupos com 11 integrantes. O Teste de Sentar - Levantar (TSL) foi aplicado, em uma ordem quadrada latina, sem incremento artificial no peso (A0), e com 10% (A10) e 20% de incremento (A20), simulados através da utilização de coletes de areia localizados no tronco. No segundo estudo (E2), 24 jogadores de futebol púberes e pós-púberes (15,4 ± 1,1 anos), aleatoriamente divididos em quatro grupos de seis e com flexibilidade geral similar, medida através do Flexiteste, foram submetidos ao TSL, como em E1, mas também na condição de 30% de incremento no peso (A30). Entre os indivíduos cujo desempenho, em cada ação, se mantinha máximo com o aumento no peso e os demais, compararam-se as flexibilidades geral e específica por movimento em E1, e IMC, S 7 dobras cutâneas, %g, relações cintura-quadril, cintura-coxa e entre dobras cutâneas superiores e inferiores, somatotipo de Heath-Carter, potência de membros inferiores (salto vertical) e tempo em corrida de 50m, em E2. No sentar, o teste de Friedman não identificou diferenças significativas dentre as condições em E1 (p = 0,21) e em E2 (p = 0,07). Mas essas ocorreram, para o levantar, em ambos os estudos (p < 0,001 e p = 0,03). O teste de Tukey demonstrou que somente incrementos de 20% no peso eram suficientes para deteriorar o desempenho em E1 (p < 0,05), e de 30% em E2 (p < 0,05). Em E1, verificou-se que os indivíduos que mantinham desempenho máximo para o sentar eram mais flexíveis na adução de quadril (p < 0,001) e, para o levantar, na flexão do quadril (p = 0,02). Em E2, não houve diferença significativa nas variáveis. Provavelmente, os indivíduos com sobrepeso e obesos enfrentam maiores dificuldades nas atividades realizadas em oposição à força da gravidade, como o levantar. Esses achados e a influência da flexibilidade devem ser confirmados em estudos futuros com essa população. |
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As ações de sentar e levantar do solo são prejudicadas por excesso de pesoTeste de Sentar-LevantarSobrepesoObesidadeFlexibilidadeVariáveis morfofuncionaisAvaliação funcionalInatividade física é comum em pessoas com sobrepeso. O objetivo do presente trabalho foi identificar o efeito agudo do incremento no peso corporal sobre o desempenho nas ações de sentar e levantar do solo e verificar como o mesmo sofria influência de algumas variáveis morfofuncionais. Preliminarmente (E1), 33 soldados, com idade de 20 ± 1,4 anos (média ± dp) e valores homogêneos de IMC (22 ± 1,0kg/m²) e %g (5,3 ± 2,3), foram divididos aleatoriamente em três grupos com 11 integrantes. O Teste de Sentar - Levantar (TSL) foi aplicado, em uma ordem quadrada latina, sem incremento artificial no peso (A0), e com 10% (A10) e 20% de incremento (A20), simulados através da utilização de coletes de areia localizados no tronco. No segundo estudo (E2), 24 jogadores de futebol púberes e pós-púberes (15,4 ± 1,1 anos), aleatoriamente divididos em quatro grupos de seis e com flexibilidade geral similar, medida através do Flexiteste, foram submetidos ao TSL, como em E1, mas também na condição de 30% de incremento no peso (A30). Entre os indivíduos cujo desempenho, em cada ação, se mantinha máximo com o aumento no peso e os demais, compararam-se as flexibilidades geral e específica por movimento em E1, e IMC, S 7 dobras cutâneas, %g, relações cintura-quadril, cintura-coxa e entre dobras cutâneas superiores e inferiores, somatotipo de Heath-Carter, potência de membros inferiores (salto vertical) e tempo em corrida de 50m, em E2. No sentar, o teste de Friedman não identificou diferenças significativas dentre as condições em E1 (p = 0,21) e em E2 (p = 0,07). Mas essas ocorreram, para o levantar, em ambos os estudos (p < 0,001 e p = 0,03). O teste de Tukey demonstrou que somente incrementos de 20% no peso eram suficientes para deteriorar o desempenho em E1 (p < 0,05), e de 30% em E2 (p < 0,05). Em E1, verificou-se que os indivíduos que mantinham desempenho máximo para o sentar eram mais flexíveis na adução de quadril (p < 0,001) e, para o levantar, na flexão do quadril (p = 0,02). Em E2, não houve diferença significativa nas variáveis. Provavelmente, os indivíduos com sobrepeso e obesos enfrentam maiores dificuldades nas atividades realizadas em oposição à força da gravidade, como o levantar. Esses achados e a influência da flexibilidade devem ser confirmados em estudos futuros com essa população.Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte2000-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922000000600004Revista Brasileira de Medicina do Esporte v.6 n.6 2000reponame:Revista brasileira de medicina do esporte (Online)instname:Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE)instacron:SBMEE10.1590/S1517-86922000000600004info:eu-repo/semantics/openAccessLira,Vitor AgnewSilva,Elirez Bezerra daAraújo,Claudio Gil Soares depor2010-10-04T00:00:00Zoai:scielo:S1517-86922000000600004Revistahttp://www.scielo.br/rbmeONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista@medicinadoesporte.org.br1806-99401517-8692opendoar:2010-10-04T00:00Revista brasileira de medicina do esporte (Online) - Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE)false |
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