Efeitos da estimulação elétrica neuromuscular durante a imobilização nas propriedades mecânicas do músculo esquelético

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matheus,João Paulo Chieregato
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Gomide,Liana Barbaresco, Oliveira,Juliana Goulart Prata de, Volpon,José Batista, Shimano,Antônio Carlos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de medicina do esporte (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922007000100013
Resumo: A estimulação elétrica neuromuscular (EENM) é um importante recurso utilizado em medicina esportiva para acelerar processos de recuperação. O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos da EENM durante a imobilização do músculo gastrocnêmio, em posições de alongamento (LP) e encurtamento (SP). Para tanto, 60 ratas fêmeas jovens Wistar foram distribuídas em seis grupos e acompanhadas durante sete dias: controle (C), eletroestimuladas (EE), imobilizadas em encurtamento (ISP), imobilizadas em alongamento (ILP), imobilizadas em encurtamento e eletroestimuladas (ISP + EE) e imobilizadas em alongamento e eletroestimuladas (ILP + EE). Para a imobilização, o membro posterior direito foi envolvido por uma malha tubular e ataduras de algodão juntamente à atadura gessada. A EENM foi utilizada com freqüência de 50Hz, 10 minutos por dia, totalizando 20 contrações em cada sessão. Após sete dias os animais foram submetidos a eutanásia e os músculos gastrocnêmios retirados para a realização do ensaio mecânico de tração em uma máquina universal de ensaios (EMIC®). A partir dos gráficos carga versus alongamento, foram calculadas as seguintes propriedades mecânicas: alongamento no limite de proporcionalidade (ALP), carga no limite de proporcionalidade (CLP) e rigidez. As imobilizações SP e LP promoveram reduções significativas (p < 0,05) nas propriedades de ALP e CLP, sendo mais acentuada no grupo ISP. Quando utilizada a EENM, houve acréscimo significativo (p < 0,05) dessas propriedades somente no grupo ISP. Já em relação à rigidez, foi observada redução significativa (p < 0,05) somente do grupo C para o grupo ISP. Quando utilizada a EENM, a rigidez do grupo ILP + EE foi significativamente (p < 0,05) maior e mais próxima do grupo C que a do grupo ISP + EE. Neste modelo experimental, a imobilização dos músculos em alongamento atrasou o processo de atrofia, e a estimulação elétrica, realizada durante a imobilização, contribuiu para a manutenção das propriedades mecânicas durante o período de imobilismo, principalmente no grupo ILP + EE.
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