Estudo comparativo de métodos para a predição do consumo máximo de oxigênio e limiar anaeróbio em atletas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mahseredjian,Fabio
Data de Publicação: 1999
Outros Autores: Barros Neto,Turíbio Leite de, Tebexreni,Antonio Sérgio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de medicina do esporte (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86921999000500002
Resumo: A aplicação de uma bateria de testes de avaliação da aptidão física em laboratório envolve uma série de equipamentos sofisticados, principalmente quando o objetivo é a determinação da potência aeróbia (consumo máximo de oxigênio e limiar anaeróbio). Os equipamentos para obtenção desses índices são de alto custo financeiro e requerem profissionais com bom conhecimento, técnico e científico, para seu manuseio, além da impossibilidade de sua utilização para aplicar testes em grande escala. A análise da distância percorrida para determinado tempo ou, ainda, o tempo gasto para percorrer uma metragem prefixada, têm sido muito utilizados com o objetivo de estimar, ou refletir, a aptidão aeróbia, tanto em crianças como em adultos. A proposta deste estudo foi a de analisar a correlação entre os valores de consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) obtidos num teste de campo, no caso o teste de Cooper (TC), com os determinados através de método direto, em laboratório, além da tentativa de validar este teste de campo e outro, denominado teste de 4.000 metros, na predição do limiar anaeróbio (LA). Foram avaliados 63 jogadores de futebol de campo, com idade variando entre 15 e 20 anos; todos os atletas foram submetidos a três testes, sendo o primeiro realizado em laboratório e os dois subseqüentes em pista de atletismo, no prazo máximo de sete dias. No primeiro teste, realizado em esteira rolante, determinou-se o VO2 máx e o limiar anaeróbio ventilatório (LAV), com o uso de um sistema metabólico computadorizado; nos testes subseqüentes, realizados em campo, seguiu-se, respectivamente, o protocolo preconizado por Cooper (TC) e uma corrida de 4.000 metros, em que se determinou o tempo gasto para o percurso determinado. Foi calculado o coeficiente de correlação linear de Pearson (r) e obtiveram-se como resultados: • A velocidade do LA mostrou correlação direta significante (r = 0,60 para p < 0,05) com a velocidade média no TC; • A velocidade do LA mostrou correlação direta significante (r = 0,74 para p < 0,05) com a velocidade média no T 4.000; • O VO2 máx determinado pelo método direto não mostrou correlação significante com o VO2 máx determinado através do TC (r = 0,23 para p < 0,05). Os resultados sugerem a imprecisão do teste de Cooper na predição do VO2 máx para essa população e a possibilidade da utilização de testes de campo, por exemplo, os realizados no presente estudo, para a predição do limiar anaeróbio. O teste de 4.000 metros apresentou maior precisão do que o teste de Cooper no intuito de predizer a velocidade do limiar anaeróbio.
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