Efeito do treinamento físico específico nas respostas cardiorrespiratórias e metabólicas em repouso e no exercício máximo em jogadores de futebol profissional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de medicina do esporte (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86921997000400003 |
Resumo: | O objetivo deste estudo foi analisar as alterações provocadas pelo treinamento físico específico (TFE) nas respostas cardiorrespiratórias e metabólicas de 16 jogadores de futebol profissional, com média de idade de 24,2 ± 3,6 anos. Todos os atletas foram avaliados antes e depois de quinze semanas de um programa de TFE, durante período competitivo. Os futebolistas foram submetidos a teste máximo em esteira rolante, utilizando-se o protocolo de Ellestad20. A resposta de freqüência cardíaca (FC) foi registrada por meio de um eletrocardiógrafo de 3 derivações simultâneas e a pressão arterial (PA), por meio de método auscultatório. A ventilação pulmonar (V E), o consumo de oxigênio (VO2), a produção de dióxido de carbono (VCO2) e a razão de troca respiratória (RER) foram calculados a partir de valores medidos por um sistema espirométrico computadorizado (Beckman) e a capacidade anaeróbia máxima, por meio da concentração sanguínea de ácido lático, utilizando-se analisador automático. O TFE não modificou significativamente a FC máxima (192 ± 8 vs. 186 ± 6bpm) e a PA sistólica máxima (196 ± 10 vs. 198 ± 8mmHg). A resposta ventilatória máxima foi significativamente aumentada (129 ± 19 vs. 140 ± 16L.min_1 [p< 0.05]), enquanto a capacidade aeróbia máxima não foi significativamente modificada (50,0 ± 6,0 vs. 53,0 ± 5,0ml.kg._1min_1) por esse treinamento. Ao contrário, a capacidade anaeróbia máxima aumentou significativamente (8,3 ± 0,2 vs. 9,8 ± 2,4mmol.L_1 [p< 0,05]). Concluiu-se: 1) o TFE não modificou as respostas de FC e PA no repouso e no exercício máximo; 2) a maior V E no exercício máximo associada a elevada concentração sanguínea de ácido lático demonstraram que o TFE utilizado nesse estudo foi caracterizado por exercícios predominantemente intensos; e 3) o TFE não representou estímulo adequado para aumentar a capacidade aeróbia máxima dos futebolistas. |
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Efeito do treinamento físico específico nas respostas cardiorrespiratórias e metabólicas em repouso e no exercício máximo em jogadores de futebol profissionalTreinamento físicoCapacidade aeróbiaCapacidade anaeróbiaFreqüência cardíacaPressão arterialJogador de futebol profissionalMedicina esportivaO objetivo deste estudo foi analisar as alterações provocadas pelo treinamento físico específico (TFE) nas respostas cardiorrespiratórias e metabólicas de 16 jogadores de futebol profissional, com média de idade de 24,2 ± 3,6 anos. Todos os atletas foram avaliados antes e depois de quinze semanas de um programa de TFE, durante período competitivo. Os futebolistas foram submetidos a teste máximo em esteira rolante, utilizando-se o protocolo de Ellestad20. A resposta de freqüência cardíaca (FC) foi registrada por meio de um eletrocardiógrafo de 3 derivações simultâneas e a pressão arterial (PA), por meio de método auscultatório. A ventilação pulmonar (V E), o consumo de oxigênio (VO2), a produção de dióxido de carbono (VCO2) e a razão de troca respiratória (RER) foram calculados a partir de valores medidos por um sistema espirométrico computadorizado (Beckman) e a capacidade anaeróbia máxima, por meio da concentração sanguínea de ácido lático, utilizando-se analisador automático. O TFE não modificou significativamente a FC máxima (192 ± 8 vs. 186 ± 6bpm) e a PA sistólica máxima (196 ± 10 vs. 198 ± 8mmHg). A resposta ventilatória máxima foi significativamente aumentada (129 ± 19 vs. 140 ± 16L.min_1 [p< 0.05]), enquanto a capacidade aeróbia máxima não foi significativamente modificada (50,0 ± 6,0 vs. 53,0 ± 5,0ml.kg._1min_1) por esse treinamento. Ao contrário, a capacidade anaeróbia máxima aumentou significativamente (8,3 ± 0,2 vs. 9,8 ± 2,4mmol.L_1 [p< 0,05]). Concluiu-se: 1) o TFE não modificou as respostas de FC e PA no repouso e no exercício máximo; 2) a maior V E no exercício máximo associada a elevada concentração sanguínea de ácido lático demonstraram que o TFE utilizado nesse estudo foi caracterizado por exercícios predominantemente intensos; e 3) o TFE não representou estímulo adequado para aumentar a capacidade aeróbia máxima dos futebolistas.Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte1997-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86921997000400003Revista Brasileira de Medicina do Esporte v.3 n.4 1997reponame:Revista brasileira de medicina do esporte (Online)instname:Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE)instacron:SBMEE10.1590/S1517-86921997000400003info:eu-repo/semantics/openAccessSilva,Paulo Roberto SantosRomano,AngelaYazbek Jr.,PauloBattistella,Linamara Rizzopor2011-09-01T00:00:00Zoai:scielo:S1517-86921997000400003Revistahttp://www.scielo.br/rbmeONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista@medicinadoesporte.org.br1806-99401517-8692opendoar:2011-09-01T00:00Revista brasileira de medicina do esporte (Online) - Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE)false |
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O objetivo deste estudo foi analisar as alterações provocadas pelo treinamento físico específico (TFE) nas respostas cardiorrespiratórias e metabólicas de 16 jogadores de futebol profissional, com média de idade de 24,2 ± 3,6 anos. Todos os atletas foram avaliados antes e depois de quinze semanas de um programa de TFE, durante período competitivo. Os futebolistas foram submetidos a teste máximo em esteira rolante, utilizando-se o protocolo de Ellestad20. A resposta de freqüência cardíaca (FC) foi registrada por meio de um eletrocardiógrafo de 3 derivações simultâneas e a pressão arterial (PA), por meio de método auscultatório. A ventilação pulmonar (V E), o consumo de oxigênio (VO2), a produção de dióxido de carbono (VCO2) e a razão de troca respiratória (RER) foram calculados a partir de valores medidos por um sistema espirométrico computadorizado (Beckman) e a capacidade anaeróbia máxima, por meio da concentração sanguínea de ácido lático, utilizando-se analisador automático. O TFE não modificou significativamente a FC máxima (192 ± 8 vs. 186 ± 6bpm) e a PA sistólica máxima (196 ± 10 vs. 198 ± 8mmHg). A resposta ventilatória máxima foi significativamente aumentada (129 ± 19 vs. 140 ± 16L.min_1 [p< 0.05]), enquanto a capacidade aeróbia máxima não foi significativamente modificada (50,0 ± 6,0 vs. 53,0 ± 5,0ml.kg._1min_1) por esse treinamento. Ao contrário, a capacidade anaeróbia máxima aumentou significativamente (8,3 ± 0,2 vs. 9,8 ± 2,4mmol.L_1 [p< 0,05]). Concluiu-se: 1) o TFE não modificou as respostas de FC e PA no repouso e no exercício máximo; 2) a maior V E no exercício máximo associada a elevada concentração sanguínea de ácido lático demonstraram que o TFE utilizado nesse estudo foi caracterizado por exercícios predominantemente intensos; e 3) o TFE não representou estímulo adequado para aumentar a capacidade aeróbia máxima dos futebolistas. |
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