Análise do potencial mutagênico dos esteroides anabólicos androgênicos (EAA) e da l-carnitina mediante o teste do micronúcleo em eritrócitos policromáticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araldi,Rodrigo Pinheiro
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Oliveira,Décio Gomes de, Silva,Douglas Fernandes da, Mendes,Thais Biude, Souza,Edislane Barreiros de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de medicina do esporte (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922013000600014
Resumo: INTRODUÇÃO: Os esteroides anabólicos androgênicos são usados por pessoas que desejam aumentar sua massa muscular para obter um melhor desempenho nos esportes ou melhorar a aparência física. Os EAA são derivados sintéticos da testosterona, capazes de promover a hipertrofia das fibras musculares, aumentando a síntese proteica intracelular. A L-carnitina é um suplemento alimentar empregado para aumentar a produção energética por meio da oxidação de ácidos graxos. Embora haja trabalhos mostrando as propriedades fisiológicas dessas drogas, há poucos estudos sobre o potencial mutagênico das mesmas. OBJETIVOS: Este trabalho avaliou a clastogenicidade e genotoxicidade do decanoato de nandrolona, decanoato de testosterona e da L-carnitina, em diferentes tratamentos, através do teste do micronúcleo em eritrócitos policromáticos de ratos Wistar. MÉTODOS: Os animais foram submetidos a diferentes concentrações e associações de EAA. O controle positivo recebeu ciclofosfamida 50 mg/kg através de injeção intraperitoneal e o controle negativo, 1 ml de soro fisiológico por gavagem. Os ratos foram sacrificados após 36 horas da última aplicação, tendo seus fêmures removidos e a medula óssea extraída. O material foi homogeneizado e centrifugado. O botão de células foi pipetado e transferido para as lâminas, que foram coradas com Giemsa. Foram contados 1.000 eritrócitos policromáticos por animal, observando a frequência de micronúcleos. RESULTADOS: Foi realizado o teste de Kruskal-Wallis, com nível de significância de 5%, que demostrou que o decanoato de nandrolona - três doses de 0,2 mg/kg e 0,6 mg/kg, oito doses de 7,5 mg/kg, L-carnitina - sete doses de 0,4 ml/250g e 1,5 ml/250g, decanoato de testosterona - 28 doses de 0,075 mg/kg, decanoato de nandrolona - oito doses de 7,5 mg/kg associado a L-carnitina 1 ml e decanoato de nandrolona - oito doses de 7,5 mg/kg associado à decanoato de testosterona - oito doses de 7,5 mg/kg apresentaram potencial mutagênico. CONCLUSÃO: Os tratamentos revelaram-se clastogênicos, não sendo indicado como recurso ergogênico.
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