Influência do volume de alongamento estático dos músculos isquiotibiais nas variavéis isocinéticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Grego Neto,Anselmo
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Manffra,Elisangela Ferretti
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de medicina do esporte (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922009000200004
Resumo: A realização de alongamento muscular antes de treinamentos e competições está enraizada na cultura dos profissionais que trabalham com prescrição de exercício. Acredita-se no alongamento como forma de aprimoramento do desempenho e prevenção de lesões. No entanto, muitos estudos têm mostrado que o alongamento pode produzir efeitos deletérios na capacidade de produção de força muscular. Algumas questões relevantes nesse contexto relacionam-se com o volume de alongamento necessário para produzir déficits de força e com os mecanismos fisiológicos responsáveis pelos mesmos. A proposta deste estudo foi investigar as alterações no desempenho isocinético do grupo muscular dos isquiotibiais mediante dois protocolos de alongamento estático com diferentes volumes. Trinta e seis voluntários adultos do sexo masculino foram distribuídos em três grupos: E1, E2 e C. Todos os participantes realizaram um aquecimento sistêmico e depois foram submetidos a avaliações da amplitude de movimento ativa (ADM) de flexão do quadril e isocinética. Aos participantes dos grupos E1 e E2 foram aplicados protocolos de alongamento estático com volumes de 180s (4 x 45s) e 360s (8 x 45s), respectivamente, e estes foram novamente avaliados. Os participantes do grupo C foram submetidos à segunda avaliação, após permanecer em repouso pelo tempo de 270s. As variáveis avaliadas foram a ADM, o pico de torque (PT), o trabalho máximo (TM) e o trabalho total (TT). Observou-se que ambos os protocolos promoveram aumento da ADM, mas as variáveis PT e TM sofreram déficits somente no grupo E2. A variável TT, no entanto, manteve-se inalterada nos grupos E1 e E2. Os resultados sugerem, portanto, que as alterações na rigidez muscular, que causaram ganhos na ADM, não seriam as únicas responsáveis pelos déficits de força. Além disso, conclui-se que a capacidade máxima de produção de força é dependente do volume de alongamento, mas a produção de trabalho ao longo de algumas repetições não é.
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