Acupuntura para dor em doenças neuromusculares – Síndrome Wei

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abe, Gislaine Cristina
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Ramos, Paulo Eduardo, Fontes, Sissy Veloso, Hallinan, Márcia Lurdes de Cácia Pradella, Padilla, Ivelise, Mello, Celso Antonio de Souza, Yonamine, Bruna Terumi Sato, Oliveira, Acary Souza Bulle
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (Online)
Texto Completo: https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/561
Resumo: A síndrome pós poliomielite afeta indivíduos com história de poliomielite cerca de 30 anos após o acometimento inicial. Trata-se de piora da fraqueza muscular, fadiga, atrofia, alterações do sono, intolerância ao frio, dor, ganho de peso, dentre outros sintomas. Existe uma piora funcional progressiva importante, correspondente à síndrome de déficit de energia do Rim, que se desenvolve a partir do quadro inicial de síndrome Wei. Não há tratamento específico descrito até o momento. Objetivo: analisar os efeitos da acupuntura para alívio da dor nesses pacientes. Método: estudo cruzado, randomizado, cego com 25 pacientes com diagnóstico confirmado de SPP, acompanhados no ambulatório de medicina tradicional chinesa, do Setor de Investigação de Doenças Neuromusculares da Unifesp. Utilização de 2 métodos: grupo 1 - pontos locais; e grupo 2 - pontos sistêmicos. Avaliação através da escala EVA-dor, questionário de McGill em 3 momentos (inicial - T1, cruzamento - T2, final - T3). Também foram comparados com exame de pulso e língua inicial e final. Resultados: (T2 omitido nesse resumo) houve melhora no critério clínico de dor (dor intensa para dor moderada), em EVA, considerando os valores para grupo local (T1= 6,2+/-2,1; T3 =4,1+/-2,5) e sistêmico (T1=6,3+/-2,7; T3=4,3+/-3,1). No questionário de McGill, na avaliação por segmento, houve melhora estatisticamente significativa em “afetivo” no grupo de pontos locais (T1= 5,3 +/-2,3; T3= 2,8 +/- 2,7). Houve modificação do padrão de pulso, que mostrou uma particularidade: diminuição ou aprofundamento (ou ausência da percepção do pulso) na posição mais proximal do pulso radial. A língua também mostrou modificação, com a normalização de vários itens do exame. Conclusão: a técnica local adotada parece ter um resultado melhor comparado à técnica sistêmica padronizada no tratamento para dor nos pacientes com síndrome pós poliomielite. Os parâmetros do pulso e da língua, mostrando normalização, podem ser um indício de restauração da homeostase, que talvez justifique a sensação de melhora vivenciada pelos pacientes.
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