Implantação do programa de controle da Tuberculose na Unidade Básica de Saúde HCPA/Santa Cecília

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ben, Ângela Jornada
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Pustai, Odalci José, Neumann, Cristina Rolim, Oliveira, Francisco Jorge Arsego Quadros de, Dalcin, Paulo de Tarso Roth, Molina, Carla
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (Online)
Texto Completo: https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/146
Resumo: Introdução: a regionalização do controle da tuberculose (TB) é uma das metas da Vigilância (CGVS) buscando reduzir os casos de abandono do tratamento e aumentar a taxa de diagnóstico. A análise dos resultados prévios das áreas a serem regionalizadas é importante para manter e ampliar a qualidade do controle da tuberculose, além de ser uma das etapas iniciais do planejamento da atenção à saúde. Objetivo: a regionalização do atendimento à TB na área da UBS HCPA visa: (1) descentralizar a estratégia de diagnóstico e tratamento da TB; (2) implantar um sistema coordenado de atenção com foco na atenção primária; (3) georreferenciar os pacientes para otimizar a vigilância local; (4) contribuir para o treinamento dos médicos residentes em medicina de família HCPA na área de gestão dos programas da atenção primária; e (5) contribuir na redução das taxas de abandono ao tratamento. Materiais e Métodos: Fase 1 - realizou-se a estimativa do número de casos, georreferenciamento dos casos notificados e a análise da coorte utilizando os dados históricos da região de abrangência da UBS HCPA no período de janeiro de 2004 até julho de 2008, data da implantação do serviço regionalizado buscando os indicadores de atenção deste período. Fase 2 – Foram criados fluxogramas de rastreamento, diagnóstico e tratamento e foi iniciado o atendimento sob supervisão. Resultados: a incidência média de TB nessa região é de aproximadamente 0,5/100.000hab/ano. Foram realizados mapas georeferenciados dos casos. Foram notificados 88 pacientes entre 1/2004 a 7/2008, sendo 55,7% da forma pulmonar (idade 39,6 ±16,8 anos), 37,5% extra-pulmonar (idade 48,2 ±17,5 anos) e o restante, formas mistas. Quanto ao local de diagnóstico: 1% na atenção primária, 89% na atenção secundária e os demais na atenção terciária.  Nos casos de TB pulmonar, a baciloscopia foi positiva em 57,1% e não realizada em 18% dos casos. Com relação ao tratamento as taxas foram 75,1%, para cura e 8,5% de abandono. Os dados do início da implantação (3 meses) mostram a pesquisa de 25 sintomáticos respiratórios por mês, o diagnóstico de um caso novo e a busca ativa de 100% dos faltosos. Conclusões: os resultados prévios da área mostram taxas de sucesso e de abandono abaixo das metas estabelecidas. A taxa de diagnóstico na atenção primária é baixa. Em função disso a descentralização deve ser acompanhada por um aumento do rastreamento dos sintomáticos respiratórios e busca ativa dos contatos, visando aumentar o diagnóstico e o desenvolvimento de tratamento supervisionado (ADOT) buscando reduzir o abandono.
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