Refluxo Vesicoureteral primário na infância: tratamento conservador versus intervenção cirúrgica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira,Camila Borges Bezerra
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Cancado,Maria Aparecida de Paula, Carvalhaes,Joao Tomas de Abreu
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Nefrologia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-28002014000100010
Resumo: Introdução: A associação entre refluxo vesicoureteral primário e infecções do trato urinário pode acarretar em dano renal permanente. Há, na literatura, a tendência de cura espontânea deste refluxo em crianças e marcante declínio na indicação do tratamento cirúrgico. Objetivo: Estudar a evolução dos refluxos vesicoureterais primários associados a quadros de infecções urinárias de repetição, em pacientes do serviço de Nefrologia Pediátrica da nossa instituição, avaliando os casos nos quais houve cura mediante tratamento conservador apenas, e aqueles nos quais foi necessária a intervenção cirúrgica. Métodos: Analisamos os prontuários dos pacientes com infecções urinárias de repetição associadas ao diagnóstico de refluxo vesicoureteral primário. Os dados coletados diziam respeito aos parâmetros: sexo, idade do diagnóstico da primeira infecção urinária, idade do diagnóstico de RVU, número de infecções urinárias, grau de refluxo, resultado da urocultura, função renal, cicatrizes renais, outras malformações do trato urinário e intervenção cirúrgica ou conservadora. A Análise estatística foi descritiva e realizada com o programa SPSS. Resultados: Dentro do subgrupo de pacientes com graus IV e V, notou-se 63,6% dos casos evoluindo para intervenção cirúrgica e 36,4%, para resolução por intervenção conservadora. Naqueles com graus I, II e III, 38,5% evoluíram para tratamento cirúrgico, contra 61,5%, para resolução por conduta conservadora. Dentre os pacientes com presença de refluxo vesicoureteral bilateralmente,72,7% tiveram evolução cirúrgica. Não se observou relação entre o grau de refluxo e a presença de cicatrizes renais. Conclusão: Pacientes com refluxo vesicoureteral de baixo grau e infecções urinárias de repetição tendem à resolução espontânea do refluxo, com boa evolução renal a longo prazo, de forma que a indicação cirúrgica fica reservada aos refluxos de alto grau ou com outras complicações clínicas.
id SBN-1_c2ffbf3e731d101bc21981d8029dfdf9
oai_identifier_str oai:scielo:S0101-28002014000100010
network_acronym_str SBN-1
network_name_str Jornal Brasileiro de Nefrologia
repository_id_str
spelling Refluxo Vesicoureteral primário na infância: tratamento conservador versus intervenção cirúrgicainfeccoes urinariaspediatriarefluxo vesicoureteral Introdução: A associação entre refluxo vesicoureteral primário e infecções do trato urinário pode acarretar em dano renal permanente. Há, na literatura, a tendência de cura espontânea deste refluxo em crianças e marcante declínio na indicação do tratamento cirúrgico. Objetivo: Estudar a evolução dos refluxos vesicoureterais primários associados a quadros de infecções urinárias de repetição, em pacientes do serviço de Nefrologia Pediátrica da nossa instituição, avaliando os casos nos quais houve cura mediante tratamento conservador apenas, e aqueles nos quais foi necessária a intervenção cirúrgica. Métodos: Analisamos os prontuários dos pacientes com infecções urinárias de repetição associadas ao diagnóstico de refluxo vesicoureteral primário. Os dados coletados diziam respeito aos parâmetros: sexo, idade do diagnóstico da primeira infecção urinária, idade do diagnóstico de RVU, número de infecções urinárias, grau de refluxo, resultado da urocultura, função renal, cicatrizes renais, outras malformações do trato urinário e intervenção cirúrgica ou conservadora. A Análise estatística foi descritiva e realizada com o programa SPSS. Resultados: Dentro do subgrupo de pacientes com graus IV e V, notou-se 63,6% dos casos evoluindo para intervenção cirúrgica e 36,4%, para resolução por intervenção conservadora. Naqueles com graus I, II e III, 38,5% evoluíram para tratamento cirúrgico, contra 61,5%, para resolução por conduta conservadora. Dentre os pacientes com presença de refluxo vesicoureteral bilateralmente,72,7% tiveram evolução cirúrgica. Não se observou relação entre o grau de refluxo e a presença de cicatrizes renais. Conclusão: Pacientes com refluxo vesicoureteral de baixo grau e infecções urinárias de repetição tendem à resolução espontânea do refluxo, com boa evolução renal a longo prazo, de forma que a indicação cirúrgica fica reservada aos refluxos de alto grau ou com outras complicações clínicas. Sociedade Brasileira de Nefrologia2014-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-28002014000100010Brazilian Journal of Nephrology v.36 n.1 2014reponame:Jornal Brasileiro de Nefrologiainstname:Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)instacron:SBN10.5935/0101-2800.20140004info:eu-repo/semantics/openAccessTeixeira,Camila Borges BezerraCancado,Maria Aparecida de PaulaCarvalhaes,Joao Tomas de Abreupor2014-03-25T00:00:00Zoai:scielo:S0101-28002014000100010Revistahttp://www.bjn.org.br/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||jbn@sbn.org.br2175-82390101-2800opendoar:2014-03-25T00:00Jornal Brasileiro de Nefrologia - Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)false
dc.title.none.fl_str_mv Refluxo Vesicoureteral primário na infância: tratamento conservador versus intervenção cirúrgica
title Refluxo Vesicoureteral primário na infância: tratamento conservador versus intervenção cirúrgica
spellingShingle Refluxo Vesicoureteral primário na infância: tratamento conservador versus intervenção cirúrgica
Teixeira,Camila Borges Bezerra
infeccoes urinarias
pediatria
refluxo vesicoureteral
title_short Refluxo Vesicoureteral primário na infância: tratamento conservador versus intervenção cirúrgica
title_full Refluxo Vesicoureteral primário na infância: tratamento conservador versus intervenção cirúrgica
title_fullStr Refluxo Vesicoureteral primário na infância: tratamento conservador versus intervenção cirúrgica
title_full_unstemmed Refluxo Vesicoureteral primário na infância: tratamento conservador versus intervenção cirúrgica
title_sort Refluxo Vesicoureteral primário na infância: tratamento conservador versus intervenção cirúrgica
author Teixeira,Camila Borges Bezerra
author_facet Teixeira,Camila Borges Bezerra
Cancado,Maria Aparecida de Paula
Carvalhaes,Joao Tomas de Abreu
author_role author
author2 Cancado,Maria Aparecida de Paula
Carvalhaes,Joao Tomas de Abreu
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Teixeira,Camila Borges Bezerra
Cancado,Maria Aparecida de Paula
Carvalhaes,Joao Tomas de Abreu
dc.subject.por.fl_str_mv infeccoes urinarias
pediatria
refluxo vesicoureteral
topic infeccoes urinarias
pediatria
refluxo vesicoureteral
description Introdução: A associação entre refluxo vesicoureteral primário e infecções do trato urinário pode acarretar em dano renal permanente. Há, na literatura, a tendência de cura espontânea deste refluxo em crianças e marcante declínio na indicação do tratamento cirúrgico. Objetivo: Estudar a evolução dos refluxos vesicoureterais primários associados a quadros de infecções urinárias de repetição, em pacientes do serviço de Nefrologia Pediátrica da nossa instituição, avaliando os casos nos quais houve cura mediante tratamento conservador apenas, e aqueles nos quais foi necessária a intervenção cirúrgica. Métodos: Analisamos os prontuários dos pacientes com infecções urinárias de repetição associadas ao diagnóstico de refluxo vesicoureteral primário. Os dados coletados diziam respeito aos parâmetros: sexo, idade do diagnóstico da primeira infecção urinária, idade do diagnóstico de RVU, número de infecções urinárias, grau de refluxo, resultado da urocultura, função renal, cicatrizes renais, outras malformações do trato urinário e intervenção cirúrgica ou conservadora. A Análise estatística foi descritiva e realizada com o programa SPSS. Resultados: Dentro do subgrupo de pacientes com graus IV e V, notou-se 63,6% dos casos evoluindo para intervenção cirúrgica e 36,4%, para resolução por intervenção conservadora. Naqueles com graus I, II e III, 38,5% evoluíram para tratamento cirúrgico, contra 61,5%, para resolução por conduta conservadora. Dentre os pacientes com presença de refluxo vesicoureteral bilateralmente,72,7% tiveram evolução cirúrgica. Não se observou relação entre o grau de refluxo e a presença de cicatrizes renais. Conclusão: Pacientes com refluxo vesicoureteral de baixo grau e infecções urinárias de repetição tendem à resolução espontânea do refluxo, com boa evolução renal a longo prazo, de forma que a indicação cirúrgica fica reservada aos refluxos de alto grau ou com outras complicações clínicas.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-03-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-28002014000100010
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-28002014000100010
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.5935/0101-2800.20140004
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Nefrologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Nefrologia
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Nephrology v.36 n.1 2014
reponame:Jornal Brasileiro de Nefrologia
instname:Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)
instacron:SBN
instname_str Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)
instacron_str SBN
institution SBN
reponame_str Jornal Brasileiro de Nefrologia
collection Jornal Brasileiro de Nefrologia
repository.name.fl_str_mv Jornal Brasileiro de Nefrologia - Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)
repository.mail.fl_str_mv ||jbn@sbn.org.br
_version_ 1752122063366127616