Estudo do comportamento da PIO de 24 horas e frequência de glaucoma em pacientes com síndrome da apnéia obstrutiva do sono

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Maria Rosa Bet de Moraes
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Weber,Silke Anna Theresa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Oftalmologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802009000600004
Resumo: OBJETIVO: Determinar a frequência de glaucoma e avaliar o comportamento da pressão intraocular (PIO) de 24 horas em pacientes portadores da síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS). MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal em 11 pacientes consecutivos portadores de SAOS diagnosticados por polissonografia. Foram analisados dados demográficos: idade, sexo, raça/cor, peso, altura e doenças associadas. Os pacientes foram submetidos à avaliação oftalmológica completa que incluiu campo visual e também avaliação da pressão intraocular (PIO) de 24 horas com tonômetro de aplanação às 9h, 12h, 15h, 18h, 24h e 6h deitado e sentado. O critério para diagnóstico de glaucoma foi alteração de campo visual (CV) compatível com glaucoma e uma ou mais das seguintes alterações: relação escavação disco ³ 0,7, hemorragia, defeito em cunha, vaso em baioneta, sinal de Hoyt, assimetria > que 0,2 entre as escavações dos dois olhos. O ângulo devia ser aberto sem alterações. RESULTADOS: 9 (82%) de 11 pacientes apresentaram glaucoma ou suspeita de glaucoma, sendo 9% glaucoma de pressão normal e 73% suspeita de glaucoma por apresentarem alterações do nervo óptico ou hipertensão ocular. A média dos valores de PIO dos 11 pacientes apresentou-se mais elevada às 6 horas quando os pacientes estavam deitados. Ocorreram flutuações de PIO ³ 5 mmHg em 7 (64%) dos pacientes sendo que ocorreram flutuações de até 14 mmHg e picos de PIO de até 32 mmHg. CONCLUSÃO: A SAOS pode ser um fator de risco importante para o esenvolvimento de glaucoma principalmente de pressão normal. Pacientes com SAOS devem ser referidos para o oftalmologista e os oftalmologistas devem estar atentos para a associação de distúrbios do sono em pacientes com glaucoma de ângulo aberto.
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