Análise da curvatura corneana após exérese de pterígio: o impacto do procedimento cirúrgico de forma objetiva em nossa prática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rohrbacher,Ignatz
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Boso,Pedro Felipe Mylla, Almeida,Fernanda Brixius de, Garcia,Ernani Luiz
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Oftalmologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802018000200065
Resumo: Resumo Introdução: O pterígio é uma proliferação de tecido fibrovascular centrípeta, que avança da conjuntiva bulbar em direção ao centro da córnea. A excisão do pterígio pode causar melhora na acuidade visual. A excisão cirúrgica tem como objetivo atingir uma superfície ocular topograficamente regular. A melhora da acuidade visual decorre da alteração do poder refrativo corneano, que é aferido na topografia como alteração do astigmatismo topográfico. O objetivo do estudo foi avaliar a variação do astigmatismo topográfico final após a cirurgia de exérese de pterígio. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo de acompanhamento de pacientes após cirurgia de exérese de pterígio com a realização de topografias corneanas antes e 1 mês após a cirurgia. A população foi do tipo não-probabilística de voluntários, com n de 74 olhos. A amostragem foi por conveniência, sendo oferecida a participação aos pacientes do ambulatório geral de oftalmologia que foram submetidos ao procedimento de exérese de pterígio entre julho e dezembro de 2015. Resultados: Foram realizadas 74 cirurgias no período e 44 foram incluídas na analise estatística. Os valores médios do astigmatismo topográfico (CYL) mostraram redução estatisticamente significativa de 2,715D para 1,448D (p=0,0037). A alteração do meridiano mais curvo (Ks) não mostrou alteração significativa com variação de 45,60 D para 45,32 D (p=0,1050), enquanto o meridiano plano à 90º Ks (Kf) mostrou aumento significativo de 42,86 D para 43,87 D (p=0,0052). A analise isolada dos grupos mostrou que apenas o grupo com pterígios grau 3 sofreu alteração significativa do CYL de 7,12 D para 1,82 D (p=0,0002). Conclusão: A cirurgia resultou em uma redução significativa do astigmatismo topográfico apenas em pacientes com pterígio grau 3, isso em decorrência da redução do aplanamento provocado pelo pterígio.
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