Reflexões sobre a ceratite fúngica por meio dos achados de exames histopatológicos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Oftalmologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802013000200003 |
Resumo: | OBJETIVO: Estudo de botões corneanos por meio do exame histopatológico para verificar as alterações ocorridas nos tecidos corneanos numa infecção fúngica e tirar desses achados orientações para o diagnóstico e o tratamento. MÉTODOS: Trabalho retrospectivo, realizado num Banco de Olhos (BOO) entre janeiro de 2006 e junho de 2011, usando dados de prontuários a partir das informações enviadas pelos cirurgiões e sendo examinado material recebido de ceratoplastia penetrante com o exame de 38 peças de 35 pacientes, sendo processadas e feitas de uma a três colorações de acordo com as dificuldades diagnósticas. RESULTADOS: Os pacientes eram na maioria homens, 57% (n=35), a faixa etária acima de 60 anos a mais numerosa com 1/3 dos pacientes. Os casos de ceratite fúngica correspondiam à média de 6,4% (n=597) do material recebido no BOO e 1,65% (n=2310) dos transplantes ocorrido com o material fornecido nos últimos 5 anos. Pelas informações dos cirurgiões 39,5% (n=38) dos casos deviam-se a perfuração corneana. Usando as datas dos transplantes foi feita uma Tábua de Observação. Em 11 (n=38) casos, a córnea procedia de transplante anterior. As formas leveduriformes nos tecidos corneanos eram de 63% (n=38). Em 50% (n=38) dos casos o infiltrado inflamatório era pequeno ou inexistente. A camada de Descemet estava íntegra em 13% (n=38), enquanto eram encontrados fungos na superfície corneana de 45% (n=38) dos casos. CONCLUSÃO: A coleta do material poderá ser feita com sucesso mesmo depois de instalado o tratamento, entretanto, nas úlceras de córnea deve ser feito preferentemente a coleta de material com espátula para exame laboratorial e a microscopia confocal in vivo. A predominância das leveduras poderá ser devido a alterações morfológicas do fungo sofridas no tecido corneano. A penetração intraocular é facilitada por alterações da Camada de Descemet e pela própria capacidade do fungo de penetrar nos tecidos justificando o tratamento sistêmico desde o início. |
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Reflexões sobre a ceratite fúngica por meio dos achados de exames histopatológicosCeratite/diagnósticoCeratite/patologiaInfecções oculares fúngicas/diagnósticoOBJETIVO: Estudo de botões corneanos por meio do exame histopatológico para verificar as alterações ocorridas nos tecidos corneanos numa infecção fúngica e tirar desses achados orientações para o diagnóstico e o tratamento. MÉTODOS: Trabalho retrospectivo, realizado num Banco de Olhos (BOO) entre janeiro de 2006 e junho de 2011, usando dados de prontuários a partir das informações enviadas pelos cirurgiões e sendo examinado material recebido de ceratoplastia penetrante com o exame de 38 peças de 35 pacientes, sendo processadas e feitas de uma a três colorações de acordo com as dificuldades diagnósticas. RESULTADOS: Os pacientes eram na maioria homens, 57% (n=35), a faixa etária acima de 60 anos a mais numerosa com 1/3 dos pacientes. Os casos de ceratite fúngica correspondiam à média de 6,4% (n=597) do material recebido no BOO e 1,65% (n=2310) dos transplantes ocorrido com o material fornecido nos últimos 5 anos. Pelas informações dos cirurgiões 39,5% (n=38) dos casos deviam-se a perfuração corneana. Usando as datas dos transplantes foi feita uma Tábua de Observação. Em 11 (n=38) casos, a córnea procedia de transplante anterior. As formas leveduriformes nos tecidos corneanos eram de 63% (n=38). Em 50% (n=38) dos casos o infiltrado inflamatório era pequeno ou inexistente. A camada de Descemet estava íntegra em 13% (n=38), enquanto eram encontrados fungos na superfície corneana de 45% (n=38) dos casos. CONCLUSÃO: A coleta do material poderá ser feita com sucesso mesmo depois de instalado o tratamento, entretanto, nas úlceras de córnea deve ser feito preferentemente a coleta de material com espátula para exame laboratorial e a microscopia confocal in vivo. A predominância das leveduras poderá ser devido a alterações morfológicas do fungo sofridas no tecido corneano. A penetração intraocular é facilitada por alterações da Camada de Descemet e pela própria capacidade do fungo de penetrar nos tecidos justificando o tratamento sistêmico desde o início.Sociedade Brasileira de Oftalmologia2013-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802013000200003Revista Brasileira de Oftalmologia v.72 n.2 2013reponame:Revista Brasileira de Oftalmologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO)instacron:SBO10.1590/S0034-72802013000200003info:eu-repo/semantics/openAccessMonte,Fernando QueirozStadtherr,Niedja Marquespor2013-06-28T00:00:00Zoai:scielo:S0034-72802013000200003Revistahttps://rbo.emnuvens.com.br/rbo/indexhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsob@sboportal.org.br||rbo@sboportal.org.br1982-85510034-7280opendoar:2013-06-28T00:00Revista Brasileira de Oftalmologia (Online) - Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO)false |
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