Evolução funcional da reparação do menisco por implante absorvível

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lino Júnior,Waldo
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ortopedia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162009000200005
Resumo: OBJETIVO: Avaliar a evolução funcional dos joelhos submetidos à reparação da ruptura longitudinal do menisco com o implante absorvível flecha (arrow). MÉTODOS: Entre junho de 1997 e fevereiro de 2001, 23 pacientes com idade média de 26 anos foram avaliados. O seguimento médio foi de quatro meses (45-96). Realizaram-se 19 reparações mediais e quatro laterais. Os pacientes foram avaliados no pré e no pós-operatório quanto à função, de acordo com a escala de Lysholm e, no pós-operatório, pelo IKDC. RESULTADOS: Para melhor compreensão, os 23 indivíduos tratados foram divididos em três grupos. Vinte e um apresentaram lesão do ligamento cruzado anterior e 11 foram submetidos à reconstrução ligamentar (grupo I), com resultados considerados satisfatórios. Dez dos 21 pacientes com lesão do LCA não foram submetidos à reconstrução ligamentar (grupo II), dos quais cinco evoluíram satisfatoriamente, sem necessidade de reconstrução ligamentar, cinco, com queixa de instabilidade e foram submetidos à reconstrução ligamentar. Quatro desses pacientes apresentaram o menisco íntegro e uma ruptura do menisco medial. Dois apresentaram LCA intacto (grupo III), um evoluiu satisfatoriamente e outro apresentou ruptura do menisco lateral. De acordo com a escala de Lysholm, a média pré-operatória foi de 57,53 e a média pós-operatória, de 86,95, representando melhora estatisticamente significativa (Wilcoxon p < 0,01). Foi utilizada a ANOVA não paramétrica para dados ordinais com medidas repetidas para avaliar as medidas no pré e pós-operatório, considerando os grupos I e II. Avaliou-se a estabilização do joelho e não se detectou diferença estatisticamente significativa entre os grupos I e II (p = 0,648). Mesmo supondo que houvesse diferença entre os dois grupos, ambos tiveram o mesmo comportamento. Na avaliação pós-operatória pelo IKDC, quatro pacientes foram classificados como A; 13, como B; e 6, como C. Dos seis pacientes com resultados C, apenas dois apresentaram ruptura do menisco. CONCLUSÃO: Dos 23 pacientes, apenas dois apresentaram falha da cicatrização dos meniscos reparados. De acordo com a escala de Lysholm, houve melhora significativa dos pacientes tratados. A reparação do LCA não influenciou os resultados.
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