Analgesia para a sutura artroscópica do manguito rotador: estudo comparativo entre o bloqueio interescalênico do plexo braquial e o bloqueio da bursa subacromial contínuo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida,Alexandre
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Roveda,Gilberto, Valin,Márcio Rangel, Valin,Maria Cristina Sommer, Almeida,Nayvaldo Couto de, Agostini,Ana Paula
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ortopedia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162007001000002
Resumo: OBJETIVO: Comparar o nível de dor pós-operatória de pacientes submetidos à sutura artroscópica da lesão do manguito rotador (MR) que receberam protocolos diferentes de analgesia pós-operatória. Demonstrar a relação entre dor e o sexo do paciente, a dimensão da lesão suturada e a utilização da capsulotomia interna. Verificar a prevalência dos efeitos colaterais. MÉTODO: Foram analisados três grupos de pacientes operados entre 1º de junho de 2004 e 31 de maio de 2007. O grupo I foi composto pelos pacientes que receberam bloqueio interescalênico com ropivacaína a 0,75%. No grupo II, o mesmo bloqueio foi acrescido de 150µg de clonidina. No grupo III foi administrado um bolus de 30ml de ropivacaína a 0,75% para infiltração dos portais artroscópicos e diretamente no espaço subacromial, seguido de infusão contínua de ropivacaína a 0,2% em bomba de infusão. Os pacientes foram submetidos à medição da escala analógica visual (EAV) com 24 horas após o procedimento. As variáveis estudadas foram: EAV, sexo, tamanho da lesão, necessidade de capsulotomia interna e prevalência dos efeitos colaterais. O estudo avaliou 196 pacientes, dos quais foram excluídos 51, totalizando n = 145 pacientes. O total de pacientes no grupo I foi de 65; no grupo II, de 19; e no grupo III, de 61. RESULTADOS: O índice da EAV médio encontrado no grupo I foi de 3,88 ± 1,737 (3); no grupo II, de 3,8 ± 1,6 (3); e no grupo III, de 1,95 ± 1,6 (2). Houve diferença significativa ao comparar os grupos I e III (p < 0,001) e ao comparar os grupos II e III (p < 0,001), sugerindo menor dor nos pacientes do grupo III. Não houve diferença para a percepção da dor entre os sexos (p = 0,700) e entre os diferentes tamanhos de lesão do MR (p = 0,546). Houve diferença na percepção da dor entre os pacientes submetidos ou não à capsulotomia interna (p = 0,038). Houve redução na prevalência das náuseas e/ou vômitos (p = 0,089) e do prurido (p = 0,092) no grupo III, quando comparado com os grupos I e II. CONCLUSÕES: O protocolo de analgesia pós-operatória com infusão contínua de ropivacaína demonstrou ser superior aos protocolos que utilizam morfina após o término do efeito do bloqueio interescalênico. Não houve distinção na percepção da dor entre os sexos e diferentes tamanhos de lesões suturadas. Houve distinção na percepção da dor entre os pacientes que realizaram ou não a capsulotomia interna. O índice de efeitos colaterais foi semelhante entre os protocolos de analgesia.
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