Avaliação epidemiológica e radiológica das fraturas diafisárias do fêmur: estudo de 200 casos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moraes,Frederico Barra de
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Silva,Luciano Lucindo da, Ferreira,Fábio Vieira, Ferro,Ademar Martins, Rocha,Valney Luís da, Teixeira,Kim-Ir-Sen Santos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ortopedia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162009000300004
Resumo: OBJETIVO: avaliar as características epidemiológicas e radiológicas dos casos de fratura diafisárias de fêmur, ocorridos de 1990 a 2005, tratados cirurgicamente no Hospital de Acidentados - Clínica Santa Isabel - de Goiânia, Goiás, com o propósito de contribuir para o melhor planejamento de medidas preventivas e terapêuticas a adotar em relação a essas fraturas. MÉTODOS: Foram avaliados retrospectivamente 200 prontuários e radiografias seriadas de pacientes com fraturas diafisárias do fêmur. Não foram incluídos os pacientes com menos de 10 anos de idade, pois o tratamento para esse grupo foi conservador. Foram descartados 25 prontuários por não fornecer todos os dados necessários ao estudo. Os pacientes foram analisados quanto ao sexo, idade, lado da fratura, exposição óssea, mecanismos de trauma, classificação das fraturas, traumas associados, tempo de consolidação e tipos de fixação cirúrgica. A análise estatística foi feita pelos testes do qui-quadrado, exato de Fisher" e t de Student, considerando significância quando p < 0,05. RESULTADOS: Foram significantes (p < 0,05): em 70% de homens, 80% de fraturas fechadas e 65% de mulheres com mais de 60 anos. As fraturas por quedas da própria altura foram mais freqüentes em mulheres, acima dos 60 anos, com traços mais estáveis e as por projéteis de arma de fogo em homens, dos 20 aos 60 anos, com traços mais instáveis. Os atropelamentos predominaram entre 10 e 19 anos. Os acidentes de trânsito mostraram todos os tipos de fratura, com maior associação com outros traumas, com pico dos 20 aos 30 anos. O tratamento com hastes de Küntsher resultou em tempo de consolidação médio maior quando comparado com o da osteossíntese por haste bloqueada ou placa. CONCLUSÃO: Encontrou-se uma característica bimodal de apresentação das fraturas diafisárias do fêmur, semelhante à da literatura, onde os mecanismos de alta energia (acidentes de trânsito, quedas de alturas e ferimentos por PAF) foram mais frequentes em adultos jovens, sexo masculino, gerando traços instáveis de fratura, com traumas associados mais graves. O outro grupo envolvido com baixa energia (queda de própria altura) foi mais frequente em idosos, no sexo feminino, apresentando traços de fratura menos instáveis e sem traumas associados.
id SBOT-2_67d3ac678298cc60ca8c20c34355b4b8
oai_identifier_str oai:scielo:S0102-36162009000300004
network_acronym_str SBOT-2
network_name_str Revista Brasileira de Ortopedia (Online)
repository_id_str
spelling Avaliação epidemiológica e radiológica das fraturas diafisárias do fêmur: estudo de 200 casosFraturas do fêmurDiáfisesEpidemiologiaEstudos retrospectivosEstudos de casosOBJETIVO: avaliar as características epidemiológicas e radiológicas dos casos de fratura diafisárias de fêmur, ocorridos de 1990 a 2005, tratados cirurgicamente no Hospital de Acidentados - Clínica Santa Isabel - de Goiânia, Goiás, com o propósito de contribuir para o melhor planejamento de medidas preventivas e terapêuticas a adotar em relação a essas fraturas. MÉTODOS: Foram avaliados retrospectivamente 200 prontuários e radiografias seriadas de pacientes com fraturas diafisárias do fêmur. Não foram incluídos os pacientes com menos de 10 anos de idade, pois o tratamento para esse grupo foi conservador. Foram descartados 25 prontuários por não fornecer todos os dados necessários ao estudo. Os pacientes foram analisados quanto ao sexo, idade, lado da fratura, exposição óssea, mecanismos de trauma, classificação das fraturas, traumas associados, tempo de consolidação e tipos de fixação cirúrgica. A análise estatística foi feita pelos testes do qui-quadrado, exato de Fisher" e t de Student, considerando significância quando p < 0,05. RESULTADOS: Foram significantes (p < 0,05): em 70% de homens, 80% de fraturas fechadas e 65% de mulheres com mais de 60 anos. As fraturas por quedas da própria altura foram mais freqüentes em mulheres, acima dos 60 anos, com traços mais estáveis e as por projéteis de arma de fogo em homens, dos 20 aos 60 anos, com traços mais instáveis. Os atropelamentos predominaram entre 10 e 19 anos. Os acidentes de trânsito mostraram todos os tipos de fratura, com maior associação com outros traumas, com pico dos 20 aos 30 anos. O tratamento com hastes de Küntsher resultou em tempo de consolidação médio maior quando comparado com o da osteossíntese por haste bloqueada ou placa. CONCLUSÃO: Encontrou-se uma característica bimodal de apresentação das fraturas diafisárias do fêmur, semelhante à da literatura, onde os mecanismos de alta energia (acidentes de trânsito, quedas de alturas e ferimentos por PAF) foram mais frequentes em adultos jovens, sexo masculino, gerando traços instáveis de fratura, com traumas associados mais graves. O outro grupo envolvido com baixa energia (queda de própria altura) foi mais frequente em idosos, no sexo feminino, apresentando traços de fratura menos instáveis e sem traumas associados.Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia2009-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162009000300004Revista Brasileira de Ortopedia v.44 n.3 2009reponame:Revista Brasileira de Ortopedia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)instacron:SBOT10.1590/S0102-36162009000300004info:eu-repo/semantics/openAccessMoraes,Frederico Barra deSilva,Luciano Lucindo daFerreira,Fábio VieiraFerro,Ademar MartinsRocha,Valney Luís daTeixeira,Kim-Ir-Sen Santospor2009-08-31T00:00:00Zoai:scielo:S0102-36162009000300004Revistahttp://www.rbo.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rbo@sbot.org.br1982-43780102-3616opendoar:2009-08-31T00:00Revista Brasileira de Ortopedia (Online) - Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)false
dc.title.none.fl_str_mv Avaliação epidemiológica e radiológica das fraturas diafisárias do fêmur: estudo de 200 casos
title Avaliação epidemiológica e radiológica das fraturas diafisárias do fêmur: estudo de 200 casos
spellingShingle Avaliação epidemiológica e radiológica das fraturas diafisárias do fêmur: estudo de 200 casos
Moraes,Frederico Barra de
Fraturas do fêmur
Diáfises
Epidemiologia
Estudos retrospectivos
Estudos de casos
title_short Avaliação epidemiológica e radiológica das fraturas diafisárias do fêmur: estudo de 200 casos
title_full Avaliação epidemiológica e radiológica das fraturas diafisárias do fêmur: estudo de 200 casos
title_fullStr Avaliação epidemiológica e radiológica das fraturas diafisárias do fêmur: estudo de 200 casos
title_full_unstemmed Avaliação epidemiológica e radiológica das fraturas diafisárias do fêmur: estudo de 200 casos
title_sort Avaliação epidemiológica e radiológica das fraturas diafisárias do fêmur: estudo de 200 casos
author Moraes,Frederico Barra de
author_facet Moraes,Frederico Barra de
Silva,Luciano Lucindo da
Ferreira,Fábio Vieira
Ferro,Ademar Martins
Rocha,Valney Luís da
Teixeira,Kim-Ir-Sen Santos
author_role author
author2 Silva,Luciano Lucindo da
Ferreira,Fábio Vieira
Ferro,Ademar Martins
Rocha,Valney Luís da
Teixeira,Kim-Ir-Sen Santos
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Moraes,Frederico Barra de
Silva,Luciano Lucindo da
Ferreira,Fábio Vieira
Ferro,Ademar Martins
Rocha,Valney Luís da
Teixeira,Kim-Ir-Sen Santos
dc.subject.por.fl_str_mv Fraturas do fêmur
Diáfises
Epidemiologia
Estudos retrospectivos
Estudos de casos
topic Fraturas do fêmur
Diáfises
Epidemiologia
Estudos retrospectivos
Estudos de casos
description OBJETIVO: avaliar as características epidemiológicas e radiológicas dos casos de fratura diafisárias de fêmur, ocorridos de 1990 a 2005, tratados cirurgicamente no Hospital de Acidentados - Clínica Santa Isabel - de Goiânia, Goiás, com o propósito de contribuir para o melhor planejamento de medidas preventivas e terapêuticas a adotar em relação a essas fraturas. MÉTODOS: Foram avaliados retrospectivamente 200 prontuários e radiografias seriadas de pacientes com fraturas diafisárias do fêmur. Não foram incluídos os pacientes com menos de 10 anos de idade, pois o tratamento para esse grupo foi conservador. Foram descartados 25 prontuários por não fornecer todos os dados necessários ao estudo. Os pacientes foram analisados quanto ao sexo, idade, lado da fratura, exposição óssea, mecanismos de trauma, classificação das fraturas, traumas associados, tempo de consolidação e tipos de fixação cirúrgica. A análise estatística foi feita pelos testes do qui-quadrado, exato de Fisher" e t de Student, considerando significância quando p < 0,05. RESULTADOS: Foram significantes (p < 0,05): em 70% de homens, 80% de fraturas fechadas e 65% de mulheres com mais de 60 anos. As fraturas por quedas da própria altura foram mais freqüentes em mulheres, acima dos 60 anos, com traços mais estáveis e as por projéteis de arma de fogo em homens, dos 20 aos 60 anos, com traços mais instáveis. Os atropelamentos predominaram entre 10 e 19 anos. Os acidentes de trânsito mostraram todos os tipos de fratura, com maior associação com outros traumas, com pico dos 20 aos 30 anos. O tratamento com hastes de Küntsher resultou em tempo de consolidação médio maior quando comparado com o da osteossíntese por haste bloqueada ou placa. CONCLUSÃO: Encontrou-se uma característica bimodal de apresentação das fraturas diafisárias do fêmur, semelhante à da literatura, onde os mecanismos de alta energia (acidentes de trânsito, quedas de alturas e ferimentos por PAF) foram mais frequentes em adultos jovens, sexo masculino, gerando traços instáveis de fratura, com traumas associados mais graves. O outro grupo envolvido com baixa energia (queda de própria altura) foi mais frequente em idosos, no sexo feminino, apresentando traços de fratura menos instáveis e sem traumas associados.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162009000300004
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162009000300004
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0102-36162009000300004
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Ortopedia v.44 n.3 2009
reponame:Revista Brasileira de Ortopedia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)
instacron:SBOT
instname_str Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)
instacron_str SBOT
institution SBOT
reponame_str Revista Brasileira de Ortopedia (Online)
collection Revista Brasileira de Ortopedia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Ortopedia (Online) - Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)
repository.mail.fl_str_mv ||rbo@sbot.org.br
_version_ 1752122356650737664