Fraturas ipsilaterais de fêmur e pelve (quadril flutuante): análise prospectiva de 16 casos
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ortopedia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162007000900006 |
Resumo: | OBJETIVO: Analisar 16 casos de fraturas ipsilaterais de fêmur e pelve, descrevendo lesões associadas, tratamento, resultados e complicações. MÉTODOS: Foram estudados 16 pacientes (13 do sexo masculino e três do feminino, com idade média de 27,8 anos [variando de 19,1 a 35,6 anos]), apresentando fratura ipsilateral de fêmur e pelve ("quadril flutuante"). O mecanismo de lesão envolveu acidente em via pública em todos os pacientes: colisão auto-auto em 10, colisão auto-objeto estático em três e atropelamento em três. Todos os pacientes apresentaram lesões associadas. De acordo com a classificação de Liebergall et al, oito pacientes eram do tipo A, seis do tipo B e dois pacientes do tipo C. O momento da cirurgia foi determinado pelo status hemodinâmico do paciente e sua resposta às manobras de ressuscitação inicial e pelas condições de partes moles nos locais de lesão. As lesões foram fixadas definitivamente em média no 12º dia após o acidente (variando de nove a 19 dias). Os procedimentos foram realizados em único tempo operatório. O período médio de internação foi de 28 dias (variando de 16 a 120 dias). Nenhum paciente abandonou o tratamento e o seguimento médio foi de 26 meses (variando de 20 a 51 meses). Os resultados foram avaliados segundo os critérios de d'Aubigné e Postel modificados por Matta et al. RESULTADOS: Nenhum paciente evoluiu a óbito. Utilizando os critérios de d'Aubigné e Postel modificados, os resultados foram excelentes em três casos, bons em nove, regulares em três e ruim em um. Os resultados regulares deveram-se principalmente à existência de dor à deambulação, tornando-a limitada, mesmo com o uso de muletas. Um paciente apresentou resultado final ruim após ter sofrido fratura ipsilateral aberta de tíbia, aberta de fêmur e de rebordo posterior com luxação de quadril. CONSIDERAÇÕES FINAIS:Fraturas ipsilaterais de fêmur e pelve são lesões complexas e que requerem treinamento específico para seu manejo. Resultados satisfatórios podem ser esperados quando essas lesões são tratadas por profissionais familiarizados com a anatomia da região do anel pélvico. A existência de envolvimento do acetábulo piora o prognóstico do paciente. |
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Fraturas ipsilaterais de fêmur e pelve (quadril flutuante): análise prospectiva de 16 casosFraturas do fêmur/cirurgiaOssos pélvicos/lesõesAcetábuloLesões do quadrilOBJETIVO: Analisar 16 casos de fraturas ipsilaterais de fêmur e pelve, descrevendo lesões associadas, tratamento, resultados e complicações. MÉTODOS: Foram estudados 16 pacientes (13 do sexo masculino e três do feminino, com idade média de 27,8 anos [variando de 19,1 a 35,6 anos]), apresentando fratura ipsilateral de fêmur e pelve ("quadril flutuante"). O mecanismo de lesão envolveu acidente em via pública em todos os pacientes: colisão auto-auto em 10, colisão auto-objeto estático em três e atropelamento em três. Todos os pacientes apresentaram lesões associadas. De acordo com a classificação de Liebergall et al, oito pacientes eram do tipo A, seis do tipo B e dois pacientes do tipo C. O momento da cirurgia foi determinado pelo status hemodinâmico do paciente e sua resposta às manobras de ressuscitação inicial e pelas condições de partes moles nos locais de lesão. As lesões foram fixadas definitivamente em média no 12º dia após o acidente (variando de nove a 19 dias). Os procedimentos foram realizados em único tempo operatório. O período médio de internação foi de 28 dias (variando de 16 a 120 dias). Nenhum paciente abandonou o tratamento e o seguimento médio foi de 26 meses (variando de 20 a 51 meses). Os resultados foram avaliados segundo os critérios de d'Aubigné e Postel modificados por Matta et al. RESULTADOS: Nenhum paciente evoluiu a óbito. Utilizando os critérios de d'Aubigné e Postel modificados, os resultados foram excelentes em três casos, bons em nove, regulares em três e ruim em um. Os resultados regulares deveram-se principalmente à existência de dor à deambulação, tornando-a limitada, mesmo com o uso de muletas. Um paciente apresentou resultado final ruim após ter sofrido fratura ipsilateral aberta de tíbia, aberta de fêmur e de rebordo posterior com luxação de quadril. CONSIDERAÇÕES FINAIS:Fraturas ipsilaterais de fêmur e pelve são lesões complexas e que requerem treinamento específico para seu manejo. Resultados satisfatórios podem ser esperados quando essas lesões são tratadas por profissionais familiarizados com a anatomia da região do anel pélvico. A existência de envolvimento do acetábulo piora o prognóstico do paciente.Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia2007-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162007000900006Revista Brasileira de Ortopedia v.42 n.9 2007reponame:Revista Brasileira de Ortopedia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)instacron:SBOT10.1590/S0102-36162007000900006info:eu-repo/semantics/openAccessGiordano,VincenzoAmaral,Ney Pecegueiro doRios,HenriqueFranklin,Carlos EduardoPallottino,Alexandrepor2007-11-06T00:00:00Zoai:scielo:S0102-36162007000900006Revistahttp://www.rbo.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rbo@sbot.org.br1982-43780102-3616opendoar:2007-11-06T00:00Revista Brasileira de Ortopedia (Online) - Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)false |
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OBJETIVO: Analisar 16 casos de fraturas ipsilaterais de fêmur e pelve, descrevendo lesões associadas, tratamento, resultados e complicações. MÉTODOS: Foram estudados 16 pacientes (13 do sexo masculino e três do feminino, com idade média de 27,8 anos [variando de 19,1 a 35,6 anos]), apresentando fratura ipsilateral de fêmur e pelve ("quadril flutuante"). O mecanismo de lesão envolveu acidente em via pública em todos os pacientes: colisão auto-auto em 10, colisão auto-objeto estático em três e atropelamento em três. Todos os pacientes apresentaram lesões associadas. De acordo com a classificação de Liebergall et al, oito pacientes eram do tipo A, seis do tipo B e dois pacientes do tipo C. O momento da cirurgia foi determinado pelo status hemodinâmico do paciente e sua resposta às manobras de ressuscitação inicial e pelas condições de partes moles nos locais de lesão. As lesões foram fixadas definitivamente em média no 12º dia após o acidente (variando de nove a 19 dias). Os procedimentos foram realizados em único tempo operatório. O período médio de internação foi de 28 dias (variando de 16 a 120 dias). Nenhum paciente abandonou o tratamento e o seguimento médio foi de 26 meses (variando de 20 a 51 meses). Os resultados foram avaliados segundo os critérios de d'Aubigné e Postel modificados por Matta et al. RESULTADOS: Nenhum paciente evoluiu a óbito. Utilizando os critérios de d'Aubigné e Postel modificados, os resultados foram excelentes em três casos, bons em nove, regulares em três e ruim em um. Os resultados regulares deveram-se principalmente à existência de dor à deambulação, tornando-a limitada, mesmo com o uso de muletas. Um paciente apresentou resultado final ruim após ter sofrido fratura ipsilateral aberta de tíbia, aberta de fêmur e de rebordo posterior com luxação de quadril. CONSIDERAÇÕES FINAIS:Fraturas ipsilaterais de fêmur e pelve são lesões complexas e que requerem treinamento específico para seu manejo. Resultados satisfatórios podem ser esperados quando essas lesões são tratadas por profissionais familiarizados com a anatomia da região do anel pélvico. A existência de envolvimento do acetábulo piora o prognóstico do paciente. |
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