Comparação entre a relação PCR/albumina e o índice prognóstico inflamatório nutricional (IPIN)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corrêa,Camila Renata
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Angeleli,Aparecida Yooko Outa, Camargo,Nádia dos Reis, Barbosa,Luciano, Burini,Roberto Carlos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442002000300004
Resumo: Objetivo: Simplificar o cálculo do índice prognóstico inflamatório nutricional (IPIN) empregando número menor de variáveis com conseqüente redução do custo da análise. Materiais e métodos: Foram estudados 54 pacientes e 12 indivíduos-controle com 48 ± 20 (média ± dp) anos de idade. As principais patologias dos pacientes eram: doença arterial periférica (22), pênfigo foliáceo (7), doença inflamatória intestinal (7), trauma (6) e pós-operatório de ortognatia (3). Foram obtidas amostras de sangue periférico, colhidas em jejum para dosagens de proteínas positivas (+) e negativas (-) de fase aguda (PFA) pelo método nefelométrico. Proteína C reativa (PCR), alfa-1-glicoproteína-ácida (alfa-1-GA), alfa-1-antitripsina (alfa-1-AT) e ceruloplasmina (CER) foram as PFA+ e albumina (Alb), transtiretina (TTR), transferrina (TF) e proteína ligadora do retinol (RBP) foram as representantes das PFA-. Esses valores foram analisados quanto à associação de correlação isolada ou associadamente na fórmula do índice prognóstico inflamatório e nutricional (IPIN = PCR + alfa-1-GA / Alb + TTR). De acordo com o índice prognóstico inflamatório e nutricional, os pacientes foram classificados em grupo-controle (G1); pacientes sem infecção/inflamação (IPIN < 1, G2) ou com risco de inflamação/infecção (IPIN > 1, G3). Em seguida os pacientes do G3 foram subdivididos em baixo risco (G3A, n = 16); médio risco ( G3B, n = 10); alto risco (G3C, n = 6) e com risco de morte (G3D, n = 11). Os resultados foram correlacionados entre si (teste de Spearman) ou submetidos às comparações entre grupos (teste de Kruskall-Wallis). Resultados: Houve relação significativa entre as variáveis PCR <FONT FACE=Symbol>´</FONT> alfa-1-GA (r = 0,49), Alb <FONT FACE=Symbol>´</FONT> TTR (r = 0,60), Alb <FONT FACE=Symbol>´</FONT> RBP (r = 0,58), Alb <FONT FACE=Symbol>´</FONT> TF (r = 0,39), TTR <FONT FACE=Symbol>´</FONT> RBP (r = 0,56) e TTR<FONT FACE=Symbol>´</FONT> TF (r = 0,43) e as melhores relações encontradas entre PFA+ e PFA- foram: PCR <FONT FACE=Symbol>´</FONT> Alb (r = - 0,71), PCR <FONT FACE=Symbol>´</FONT> TTR (r = - 0,54), PCR <FONT FACE=Symbol>´</FONT> TF (r = - 0,39) e alfa-1-GA <FONT FACE=Symbol>´</FONT> Alb (r = - 0,35). Os valores do IPIN mostraram a diferenciação G3 > (G1 = G2) e G3 > G3A. Entre todas as proteínas dosadas apenas PCR, Alb e TTR discriminaram os grupos: sendo G3 > (G1= G2) para PCR e G3< (G1= G2) para Alb e TTR. Apenas PCR, TTR e TF discriminaram a morbimortalidade com G3D > G3A (para PCR) e G3D < G3A (para TTR e TF). PCR/Alb e IPIN apresentaram concordância de valores para os riscos de complicações. Conclusão: Assim, conclui-se pela possibilidade de substituição do IPIN pela relação PCR/albumina, mais simples e de menor custo, mantendo-se o mesmo poder e sensibilidade para diagnóstico dos graus de risco de complicações.
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