Influência do CD 20 na refratariedade do linfoma de Hodgkin clássico ao tratamento inicial com o esquema ABVD, no Ceará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Giesta,Rogério Pinto
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Rocha Filho,Francisco Dário, Ferreira,Francisco Valdeci de Almeida, Quixadá,Acy Telles de Souza, Heukelbach,Jorg, Giesta,Marília de Andrade Guedes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442009000300010
Resumo: INTRODUÇÃO: A significância prognóstica do marcador imunológico CD 20 no linfoma de Hodgkin clássico (LHc) ainda é incerta, particularmente no que se refere à refratariedade ao tratamento inicial. OBJETIVOS: Avaliar a influência da positividade do marcador CD 20 na refratariedade do LHc ao tratamento poliquimioterápico inicial, com o esquema doxorubicina 25 mg/m², bleomicina 10 mg/m², vinblastina 6 mg/m² e dacarbazina 375 mg/m² (ABVD), no Ceará, Brasil. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo analítico incluindo 97 pacientes com diagnóstico de LHc firmado entre janeiro de 2000 e dezembro de 2004. A análise foi realizada avaliando variáveis demográficas, clínicas e laboratoriais. RESULTADOS: Foi evidenciada uma positividade do CD 20 em 38,1% dos pacientes. Na análise bivariada, CD 20 positivo (razão de chance [RC] = 4,02; intervalo de confiança [IC] = 1,09 - 8,54; p = 0,02), a presença de sintomas B (RC = 4,02; IC = 1,18-17,51; p = 0,01) e a elevação da desidrogenase lática (mediana não-refratários 248,5 [200,5 - 389,5]; mediana refratários 356 [208,5 - 545]; p = 0,03) apresentaram relação de pior prognóstico quanto à refratariedade. Na regressão logística, o CD 20 positivo (RC ajustada = 3,6; IC = 0,99 - 13,09; p = 0,05) e a presença de sintomas B (RC ajustada = 5,41; IC = 1,16 - 25,34; p = 0,03) continuaram apresentando pior prognóstico. DISCUSSÃO: Esses dados coincidem com a literatura, em que a positividade do marcador CD 20 está relacionada com pior resposta ao tratamento com ABVD. CONCLUSÃO: Os nossos dados indicam que o tratamento com ABVD não é completamente adequado para a abordagem terapêutica inicial deste subgrupo de pacientes e novas pesquisas precisam ser realizadas no sentido de aperfeiçoar o tratamento destes pacientes.
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