Identificação de Listeria monocytogenes em placentas humanas e espécimes de aborto pela técnica de imunoistoquímica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schwab,Jussara Pires
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Edelweiss,Maria Isabel Albano
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442003000200004
Resumo: A listeriose é causada por um microrganismo que se encontra amplamente disseminado na natureza e tem sido isolado do solo, de fezes humanas e de animais e pode, eventualmente, contaminar os alimentos. A Listeria monocytogenes é patogênica para o homem e tornou-se o principal patógeno nas doenças transmitidas pelos alimentos. Tendo-se em vista que a incidência de listeriose humana não é bem conhecida e as placentites possuem aspecto morfológico inespecífico e não são, muitas vezes, investigadas para este fator etiológico, surgiu a motivação para desenvolver a técnica de imunoistoquímica para o diagnóstico de Listeria monocytogenes em placentas ou produtos de aborto, utilizando um anticorpo policlonal anti-Listeria (Biodesign®). Um projeto-piloto foi realizado a partir do material encontrado em dez placentas provenientes de abortos ou partos prematuros ocorridos no ano de 2000 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). As lâminas foram analisadas através do exame microscópico convencional (HE) e de imunoistoquímica (IHQ). Os resultados deste projeto revelaram a presença de Listeria monocytogenes em cinco dos dez (50%) casos estudados. Todos os casos apresentaram alterações sugestivas de processo inflamatório agudo supurativo. Frente a estes achados torna-se importante considerar a infecção por Listeria monocytogenes detectável por IHQ como um elemento no diagnóstico da patogenia do aborto ou das infecções perinatais, podendo este achado contribuir para o tratamento dos recém-nascidos ou das parturientes. As características microscópicas de listeriose na placenta, embora não-patognomônicas, permitem ao patologista um diagnóstico presuntivo, e a confirmação pode ser realizada pelo método de imunoistoquímica.
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