Estudo morfológico dos fibroadenomas da mama: uma análise comparativa entre grupos etários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Calado,Sandra Simon
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Lima,Maria do Carmo Carvalho de Abreu e
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442004000600009
Resumo: INTRODUÇÃO: O aumento do interesse pelas variações histológicas do fibroadenoma deve-se às dificuldades diagnósticas em pequenas biópsias, bem como ao discreto aumento de risco para carcinoma do fibroadenoma complexo. OBJETIVOS: Determinar e comparar a distribuição das alterações epiteliais e estromais intratumorais em mulheres jovens e mais velhas. MÉTODO: Revisão da macro e da microscopia de 316 casos de fibroadenomas diagnosticados no Departamento de Patologia do Hospital de Câncer de Pernambuco no período de 1997 a 2000 (163 mulheres com 15 a 39 anos e 153 com 40 a 79). RESULTADOS Prevaleceram nas jovens padrão pericanalicular, epitélio normotrófico, adenose comum, metaplasia apócrina, hiperplasia típica, estroma normo e hipercelular. Nas mais velhas predominaram padrão intracanalicular, atrofia epitelial, calcificação intraductal, hialinização, calcificação estromal. No grupo jovem houve associação do padrão intracanalicular com o estroma mixóide. As maiores lesões foram encontradas entre as mais jovens e nas com padrão pericanalicular. Todas essas diferenças foram estatisticamente significantes. Não houve desigualdade na incidência de fibroadenomas complexos, nem relação deste tipo de tumor com hiperplasia epitelial. DISCUSSÃO: Os dados mostram que elementos morfológicos indicativos de atividade do tumor são mais freqüentes na faixa etária mais baixa e os involutivos, na mais avançada. CONCLUSÃO: Confirma-se a ocorrência de um continuum de alterações regressivas nos fibroadenomas, acarretando diminuição do diâmetro, atrofia epitelial, estroma hialinizado e calcificado. Sugere-se progressão do padrão pericanalicular para o intracanalicular ao longo do tempo, e um maior potencial de crescimento daqueles com estroma mixóide, que já crescem em padrão intracanalicular mesmo nas mais jovens.
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