Avaliação etiológica da hipertirotropinemia em crianças com síndrome de Down

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias,Vera M. A.
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Nunes,Júlio C. R., Araújo,Sabrina S., Goulart,Eugênio M. A.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572005000100015
Resumo: OBJETIVO: Analisar a prevalência de hipertirotropinemia e estudar sua possível etiologia em crianças com síndrome de Down atendidas na Policlínica Municipal Antônio Cândido, em Belo Horizonte. MÉTODOS: Foram utilizados os dados dos prontuários de todas as crianças com síndrome de Down atendidas na policlínica para o cálculo da prevalência da alteração do hormônio estimulante da tireóide (TSH). As crianças que tiveram TSH elevado (maior que 5 µUI/ml) em pelo menos um exame foram convocadas para novas dosagens de TSH, T4livre, T4total e auto-anticorpo antiperoxidase (ATPO), realização de ultra-som da tireóide, tireograma com iodo-131 e teste de descarga do perclorato. As alterações encontradas nos exames das crianças que permaneceram com TSH elevado foram comparadas com as das que normalizaram os valores de TSH. RESULTADOS: Foram encontradas, em 169 crianças com síndrome de Down, 86 (50,8%) masculinas, idade entre 1-6 anos (mediana de 4 anos), 67 (39,6%) com TSH aumentado, as quais foram convocadas para novas avaliações, comparecendo 46. Nesses pacientes, o TSH se normalizou em 31 (67,4%); em 11 (23,9%) permaneceu entre 5-10µUI/ml; em três (6,5%) ficou acima de 10 µUI/mL; e em uma (2,2%) constatou-se hipertireoidismo. Os diagnósticos realizados nos pacientes com propedêutica completa (n = 34) foram: bócio (14,7%), hipoplasia (8,8%), tireoidite de Hashimoto (5,9%), defeito na organogênese de iodo (2,9%). Não se evidenciou relação entre as amplitudes dos valores de TSH e a persistência da hipertirotropinemia. Crianças com ATPO positivo estavam associadas a TSH elevado (p = 0,02). CONCLUSÕES: Na síndrome de Down, são freqüentes valores de TSH discretamente elevados e instáveis, sendo suas etiologias variáveis. A presença de ATPO mostrou-se importante no seguimento dessas crianças pelo risco potencial de evolução para doença tireoidiana manifesta.
id SBPE-1_157cc6352ca5b0b279f478531d4cfb94
oai_identifier_str oai:scielo:S0021-75572005000100015
network_acronym_str SBPE-1
network_name_str Jornal de Pediatria (Online)
repository_id_str
spelling Avaliação etiológica da hipertirotropinemia em crianças com síndrome de DownSíndrome de Downhipertirotropinemiadoença tireoidiana auto-imunetirotropinahipertireoidismoOBJETIVO: Analisar a prevalência de hipertirotropinemia e estudar sua possível etiologia em crianças com síndrome de Down atendidas na Policlínica Municipal Antônio Cândido, em Belo Horizonte. MÉTODOS: Foram utilizados os dados dos prontuários de todas as crianças com síndrome de Down atendidas na policlínica para o cálculo da prevalência da alteração do hormônio estimulante da tireóide (TSH). As crianças que tiveram TSH elevado (maior que 5 µUI/ml) em pelo menos um exame foram convocadas para novas dosagens de TSH, T4livre, T4total e auto-anticorpo antiperoxidase (ATPO), realização de ultra-som da tireóide, tireograma com iodo-131 e teste de descarga do perclorato. As alterações encontradas nos exames das crianças que permaneceram com TSH elevado foram comparadas com as das que normalizaram os valores de TSH. RESULTADOS: Foram encontradas, em 169 crianças com síndrome de Down, 86 (50,8%) masculinas, idade entre 1-6 anos (mediana de 4 anos), 67 (39,6%) com TSH aumentado, as quais foram convocadas para novas avaliações, comparecendo 46. Nesses pacientes, o TSH se normalizou em 31 (67,4%); em 11 (23,9%) permaneceu entre 5-10µUI/ml; em três (6,5%) ficou acima de 10 µUI/mL; e em uma (2,2%) constatou-se hipertireoidismo. Os diagnósticos realizados nos pacientes com propedêutica completa (n = 34) foram: bócio (14,7%), hipoplasia (8,8%), tireoidite de Hashimoto (5,9%), defeito na organogênese de iodo (2,9%). Não se evidenciou relação entre as amplitudes dos valores de TSH e a persistência da hipertirotropinemia. Crianças com ATPO positivo estavam associadas a TSH elevado (p = 0,02). CONCLUSÕES: Na síndrome de Down, são freqüentes valores de TSH discretamente elevados e instáveis, sendo suas etiologias variáveis. A presença de ATPO mostrou-se importante no seguimento dessas crianças pelo risco potencial de evolução para doença tireoidiana manifesta.Sociedade Brasileira de Pediatria2005-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572005000100015Jornal de Pediatria v.81 n.1 2005reponame:Jornal de Pediatria (Online)instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)instacron:SBPE10.1590/S0021-75572005000100015info:eu-repo/semantics/openAccessDias,Vera M. A.Nunes,Júlio C. R.Araújo,Sabrina S.Goulart,Eugênio M. A.por2005-06-23T00:00:00Zoai:scielo:S0021-75572005000100015Revistahttp://www.jped.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||jped@jped.com.br1678-47820021-7557opendoar:2005-06-23T00:00Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)false
dc.title.none.fl_str_mv Avaliação etiológica da hipertirotropinemia em crianças com síndrome de Down
title Avaliação etiológica da hipertirotropinemia em crianças com síndrome de Down
spellingShingle Avaliação etiológica da hipertirotropinemia em crianças com síndrome de Down
Dias,Vera M. A.
Síndrome de Down
hipertirotropinemia
doença tireoidiana auto-imune
tirotropina
hipertireoidismo
title_short Avaliação etiológica da hipertirotropinemia em crianças com síndrome de Down
title_full Avaliação etiológica da hipertirotropinemia em crianças com síndrome de Down
title_fullStr Avaliação etiológica da hipertirotropinemia em crianças com síndrome de Down
title_full_unstemmed Avaliação etiológica da hipertirotropinemia em crianças com síndrome de Down
title_sort Avaliação etiológica da hipertirotropinemia em crianças com síndrome de Down
author Dias,Vera M. A.
author_facet Dias,Vera M. A.
Nunes,Júlio C. R.
Araújo,Sabrina S.
Goulart,Eugênio M. A.
author_role author
author2 Nunes,Júlio C. R.
Araújo,Sabrina S.
Goulart,Eugênio M. A.
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Dias,Vera M. A.
Nunes,Júlio C. R.
Araújo,Sabrina S.
Goulart,Eugênio M. A.
dc.subject.por.fl_str_mv Síndrome de Down
hipertirotropinemia
doença tireoidiana auto-imune
tirotropina
hipertireoidismo
topic Síndrome de Down
hipertirotropinemia
doença tireoidiana auto-imune
tirotropina
hipertireoidismo
description OBJETIVO: Analisar a prevalência de hipertirotropinemia e estudar sua possível etiologia em crianças com síndrome de Down atendidas na Policlínica Municipal Antônio Cândido, em Belo Horizonte. MÉTODOS: Foram utilizados os dados dos prontuários de todas as crianças com síndrome de Down atendidas na policlínica para o cálculo da prevalência da alteração do hormônio estimulante da tireóide (TSH). As crianças que tiveram TSH elevado (maior que 5 µUI/ml) em pelo menos um exame foram convocadas para novas dosagens de TSH, T4livre, T4total e auto-anticorpo antiperoxidase (ATPO), realização de ultra-som da tireóide, tireograma com iodo-131 e teste de descarga do perclorato. As alterações encontradas nos exames das crianças que permaneceram com TSH elevado foram comparadas com as das que normalizaram os valores de TSH. RESULTADOS: Foram encontradas, em 169 crianças com síndrome de Down, 86 (50,8%) masculinas, idade entre 1-6 anos (mediana de 4 anos), 67 (39,6%) com TSH aumentado, as quais foram convocadas para novas avaliações, comparecendo 46. Nesses pacientes, o TSH se normalizou em 31 (67,4%); em 11 (23,9%) permaneceu entre 5-10µUI/ml; em três (6,5%) ficou acima de 10 µUI/mL; e em uma (2,2%) constatou-se hipertireoidismo. Os diagnósticos realizados nos pacientes com propedêutica completa (n = 34) foram: bócio (14,7%), hipoplasia (8,8%), tireoidite de Hashimoto (5,9%), defeito na organogênese de iodo (2,9%). Não se evidenciou relação entre as amplitudes dos valores de TSH e a persistência da hipertirotropinemia. Crianças com ATPO positivo estavam associadas a TSH elevado (p = 0,02). CONCLUSÕES: Na síndrome de Down, são freqüentes valores de TSH discretamente elevados e instáveis, sendo suas etiologias variáveis. A presença de ATPO mostrou-se importante no seguimento dessas crianças pelo risco potencial de evolução para doença tireoidiana manifesta.
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005-02-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572005000100015
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572005000100015
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0021-75572005000100015
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv Jornal de Pediatria v.81 n.1 2005
reponame:Jornal de Pediatria (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
instacron:SBPE
instname_str Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
instacron_str SBPE
institution SBPE
reponame_str Jornal de Pediatria (Online)
collection Jornal de Pediatria (Online)
repository.name.fl_str_mv Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
repository.mail.fl_str_mv ||jped@jped.com.br
_version_ 1752122315870568448