Estudo de mecanismos e fatores relacionados com o abuso sexual em crianças e adolescentes do sexo feminino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Drezett,Jefferson
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Caballero,Marcelo, Juliano,Yara, Prieto,Elizabeth T., Marques,José A., Fernandes,César E.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572001000500013
Resumo: OBJETIVO: estudar mecanismos e fatores relacionados com o abuso sexual, comparando suas freqüências entre vítimas crianças e adolescentes. MÉTODOS: estudo retrospectivo de 617 vítimas de abuso sexual atendidas entre julho de 1994 e agosto de 1999 pelo Centro de Referência da Saúde da Mulher; 71 crianças (idade < 10 anos) e 546 adolescentes (10 a 20 anos). As variáveis de estudo foram crime sexual; constrangimento; presunção de violência; tipificação do agressor; número de agressores; situação da vítima no momento do crime; e ocorrência de traumas físicos. Os dados foram informatizados em programa Epi Info 6 e os resultados analisados pelo teste de x². RESULTADOS: o estupro ocorreu em 90,8% das adolescentes e o atentado violento ao pudor em 46,5% das crianças. A violência presumida (VP) foi mais freqüente nas crianças (63,4%) e a grave ameaça nas adolescentes (63,2%). A inocencia consilli foi VP exclusiva entre crianças, atingindo 59,5% das adolescentes. Entre crianças, 84,5% foram abusadas por agressores identificáveis, geralmente do núcleo familiar, enquanto desconhecidos violentaram 72,3% das adolescentes. Nas crianças, o abuso ocorreu em 42,3% em suas residências e em 28,2% na do agressor. Adolescentes foram vitimadas durante atividades cotidianas (34,8%) e no percurso do trabalho ou escola (28,4%). A maioria das pacientes não apresentou traumas físicos genitais ou extragenitais. CONCLUSÕES: crianças foram submetidas, principalmente, ao atentado violento ao pudor, perpetrado por agressor conhecido, por meio de violência presumida e em ambientes privados. Nas adolescentes predominou o estupro por agressores desconhecidos, sob grave ameaça, em ambientes não domésticos.
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