Alta prevalência de crianças portadoras de Streptococcus pneumoniae resistentes à penicilina em creches públicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Velasquez,Patrícia A. G.
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Parussolo,Leandro, Cardoso,Celso L., Tognim,Maria Cristina B., Garcia,Lourdes B.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572009000600008
Resumo: OBJETIVOS: Investigar a prevalência de Streptococcus pneumoniae (pneumococos) na nasofaringe de crianças sadias atendidas em creches municipais da cidade de Umuarama (PR). Avaliar a susceptibilidade aos antimicrobianos dos pneumococos isolados. MÉTODOS: Secreção da nasofaringe de 212 crianças foi coletada no período de abril a outubro de 2008. Após semeadura dos espécimes em ágar sangue e incubação a 37 °C por 24-48 horas, as colônias suspeitas de pertencerem a S. pneumoniae foram identificadas pela α-hemólise, sensibilidade à optoquina e bile solubilidade. A susceptibilidade à penicilina foi investigada pelos testes de disco-difusão e de diluição. A susceptibilidade aos demais antimicrobianos indicados no tratamento das infecções pneumocócicas foi realizada por disco-difusão RESULTADOS: A prevalência de pneumococos na nasofaringe foi de 43,4% (92/212), sendo maior em crianças com idade entre 2 e 5 anos (p = 0,0005). Não houve diferença significativa entre os sexos. Resistência intermediária e resistência plena à penicilina foram encontradas respectivamente em 34,8 (32/92) e 22,8% (21/92) dos isolados. Sessenta e sete amostras (72,8%) foram resistentes ao sulfametoxazol-trimetoprim, oito (8,7%) à eritromicina e seis (6,5%) à tetraciclina. Uma amostra apresentou resistência à clindamicina (1,1%), e outra ao cloranfenicol (1,1%). Todas as amostras foram sensíveis a levofloxacina, ofloxacina, rifampicina, telitromicina, linezolide e vancomicina. Nove amostras foram consideradas multirresistentes, por apresentarem resistência a três ou mais classes de antimicrobianos. CONCLUSÕES: O presente estudo registrou uma alta prevalência de crianças portadoras sadias de amostras de S. pneumoniae resistentes à penicilina que podem constituir importantes reservatórios desse patógeno na comunidade.
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