Níveis de interleucina-6 e fator de necrose tumoral-alfa no liquor de recém-nascidos a termo com encefalopatia hipóxico-isquêmica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira,Rita de Cássia
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Procianoy,Renato S.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572003000400006
Resumo: OBJETIVO: avaliar os níveis liquóricos de IL-6 e TNF-alfa em recém-nascidos a termo com encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI), comparando-os com os de recém-nascidos controles. METODOLOGIA: estudo caso-controle realizado no período de julho de 1999 a outubro de 2001, incluindo dois grupos de recém-nascidos a termo: controle, com 20 recém-nascidos sem sepse e/ou meningite e com escore de Apgar > 9 no primeiro e quinto minutos de vida; e casos, com 15 recém-nascidos asfixiados, caracterizados pelo escore de Apgar < 4 e < 6 no primeiro e quinto minutos de vida, respectivamente, pH umbilical < 7,20 e/ou lactato arterial umbilical > 3,0 mmol/l e necessidade de ventilação com pressão positiva pelo menos durante 2 minutos após o nascimento. Foram coletadas amostras de liquor nas primeiras 48 horas de vida, para determinação dos níveis de IL-6 e TNF-alfa pelo método de enzimoimunoensaio. RESULTADOS: os grupos não diferiram quanto ao peso de nascimento, idade gestacional, classificação quanto ao peso e idade gestacional, tipo de parto e tempo médio de obtenção do liquor; seus exames foram obtidos em média com 17 horas de vida. Nos recém-nascidos asfixiados, as medianas dos níveis liquóricos foram: 157,5 pg/ml para IL-6 e 14,7 pg/ml para TNF-alfa, significativamente mais elevadas que nos controles (IL-6: 4,1 pg/ml e TNF-alfa: 0,16 pg/ml). CONCLUSÕES: recém-nascidos a termo com EHI apresentaram níveis liquóricos de IL-6 e TNF-alfa mais elevados que controles, possivelmente devido à produção local cerebral dessas citocinas, especialmente o TNF-alfa. Estes achados estimulam estudos futuros, utilizando bloqueadores cerebrais das ações dessas citocinas como estratégia de neuroproteção.
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