Suporte farmacológico a lactentes e crianças com choque séptico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Irazuzta,José
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Sullivan,Kevin J., Garcia,Pedro Celiny R., Piva,Jefferson Pedro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572007000300005
Resumo: OBJETIVOS: O choque séptico (CS) é uma causa freqüente de internação na unidade de tratamento intensivo pediátrica e requer reconhecimento e intervenção imediatos para que haja um desfecho favorável. Nosso objetivo é revisar a literatura relacionada ao diagnóstico e manejo do CS e apresentar um manejo seqüencial para seu tratamento. FONTES DOS DADOS: Revisão não-sistemática da literatura médica através de pesquisa na base de dados MEDLINE. Os artigos foram selecionados de acordo com sua relevância em termos do objetivo proposto e com base na opinião dos autores. SÍNTESE DOS DADOS: O desfecho da sepse e do CS depende do reconhecimento precoce e da implementação de tratamentos sensíveis ao tempo e guiados por objetivos. Esses tratamentos incluem reanimação agressiva com fluidos seguida de tratamento medicamentoso bem elaborado. Os objetivos da reanimação são a restauração da microcirculação e a melhora da perfusão tecidual. Os marcadores clínicos e laboratoriais são importantes para avaliar a adequação dos tratamentos. Respostas farmacocinéticas e farmacodinâmicas alteradas indicam que os agentes vasoativos devem ser ajustados a fim de atingirem o objetivo pré-estabelecido. Na reanimação inicial com soluções isotônicas (> 60 mL/kg), é possível usar infusão tanto de cristalóides (solução salina normal) como de colóides. Apesar da reanimação adequada com fluidos, se: (a) uma pressão de pulso com grande amplitude, pressão arterial baixa, ou pulso oscilante (débito cardíaco alto, baixa resistência vascular sistêmica - RVS) estiverem presentes, o uso de noradrenalina deve ser considerado; (b) reenchimento capilar prolongado, pulso fraco e filiforme, pressão arterial normal (baixo débito cardíaco, alta RVS), deve-se considerar o uso de dopamina, adrenalina ou dobutamina. O tratamento concomitante com dose de estresse de corticosteróides é indicado em populações selecionadas. CONCLUSÕES: A resposta hemodinâmica do CS é um processo variável que requer avaliação e ajustes terapêuticos freqüentes.
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