Supraglotoplastia endoscópica em crianças com laringomalacia grave com e sem doença neurológica associada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fraga,José C.
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Schopf,Luciano, Volker,Vanessa, Canani,Simone
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572001000500014
Resumo: OBJETIVOS: descrever as indicações e resultados da supraglotoplastia endoscópica em crianças com e sem lesão neurológica que apresentavam laringomalacia grave. MÉTODOS: estudo retrospectivo de 8 crianças com laringomalacia grave submetidas à supraglotoplastia endoscópica com material de microcirurgia. Quatro crianças tinham paralisia cerebral (todas masculinas, idade média 6 anos) e 4 eram crianças sem doença neurológica (3 femininas, idade média de 11,5 meses). As indicações da cirurgia foram dificuldade respiratória em repouso e/ou esforço, dificuldade de deglutição, deficiência de crescimento e baixa saturação transcutânea de oxigênio. Estudo polissonográfico realizado nas últimas duas crianças mostrou dessaturação na oximetria, apnéia e hipoventilação durante o sono. As crianças receberam corticóide e antibiótico no pré-operatório. RESULTADOS: todas as crianças sem doença neurológica apresentaram melhora significativa do estridor e da obstrução ventilatória. Das crianças com paralisia cerebral, uma necessitou traqueostomia logo após a cirurgia por edema e tecido de granulação supraglótico. As outras três apresentaram melhora clínica inicial, mas pioraram progressivamente, apesar da realização de outros procedimentos: uma necessitou nova supraglotoplastia após 6 meses; outra necessitou traqueostomia após 7 meses. Aquelas sem traqueostomia persistem com obstrução ventilatória grave. Não foi observada complicação do procedimento cirúrgico. CONCLUSÕES: 1) a supraglotoplastia é bem tolerada e sem complicações na criança; 2) a supraglotoplastia, neste estudo, mostrou-se eficaz no tratamento da laringomalacia grave em crianças sem paralisia cerebral; entretanto, a supraglotoplastia não melhorou a obstrução ventilatória de crianças com paralisia cerebral e laringomalacia grave.
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