Avaliação da sequência rápida de intubação em pronto-socorro pediátrico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sukys,Graziela A.
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Schvartsman,Cláudio, Reis,Amélia G.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572011000400012
Resumo: OBJETIVOS: Descrever a experiência do pronto-socorro de um hospital pediátrico com a sequência rápida de intubação e detectar os fatores associados ao sucesso. MÉTODOS: Estudo prospectivo transversal observacional de julho de 2005 a dezembro de 2007, de coleta de dados das intubações traqueais realizadas no pronto-socorro do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Foi considerada intubação traqueal com sucesso aquela realizada na primeira tentativa. RESULTADOS: Foram realizadas 117 intubações traqueais, 80% sob sequência rápida de intubação; 79% eram portadores de doenças de base; a insuficiência respiratória aguda foi a causa da intubação traqueal em 40%; a taxa de sucesso foi de 39%; o residente de pediatria do segundo ano foi o responsável por 74% das intubações traqueais; foi realizada ventilação com pressão positiva em 74% dos procedimentos, sendo menor a sua utilização entre os pacientes que foram intubados com sucesso (p = 0,002). Midazolam foi o sedativo utilizado em 80% dos procedimentos, e rocurônio foi o bloqueador neuromuscular em 100%; complicações decorrentes da sequência rápida de intubação foram descritas em 80%, sendo a queda da saturação de oxigênio relatada em 47% e menor nos pacientes intubados com sucesso (p < 0,001); dificuldades relativas à intubação traqueal foram menos relatadas nos procedimentos com sucesso (p < 0,001). CONCLUSÃO: A sequência rápida de intubação foi o método de escolha nas intubações traqueais realizadas no pronto-socorro (80%) e demonstrou ser um método seguro e com baixa incidência de complicações graves, apesar de ter apresentado baixa taxa de sucesso (39%) neste estudo. O sucesso da intubação traqueal com sequência rápida de intubação parece estar diretamente relacionado ao preparo adequado do procedimento e experiência do profissional, podendo-se concluir que é necessário maior treinamento dos residentes e dos assistentes envolvidos no atendimento de emergência.
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