Aptidão cardiorrespiratória e associações com fatores de risco cardiovascular em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues,Anabel N.
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Perez,Anselmo José, Carletti,Luciana, Bissoli,Nazaré S., Abreu,Gláucia R.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572007000600006
Resumo: OBJETIVO: O consumo máximo de oxigênio tem sido sugerido como medida preferível em relação a questionários de atividade física para expressar a aptidão cardiorrespiratória, por sua maior objetividade e menor possibilidade de erros. Estudos indicam que essa medida se correlaciona melhor com as doenças cardiovasculares. Este trabalho propõe-se a associar fatores de risco cardiovasculares em adolescentes ao nível de aptidão cardiorrespiratória. MÉTODOS: Foram selecionados 380 escolares, 177 meninos e 203 meninas (10 a 14 anos), que foram divididos em dois grupos de acordo com a aptidão cardiorrespiratória. Realizou-se avaliação antropométrica, medidas hemodinâmicas (pressão arterial e freqüência cardíaca), teste cardiopulmonar e perfil bioquímico (triglicerídeos, colesterol total e frações). RESULTADOS: Nos meninos, observou-se diferença significativa entre grupo "fraco" e "não fraco" para as médias de freqüência cardíaca basal, consumo máximo de oxigênio, índice de massa corporal e triglicerídeos. Nas meninas, as diferenças significativas foram nas médias de freqüência cardíaca basal, consumo máximo de oxigênio e índice de massa corporal. Em ambos os sexos, o grupo classificado como "fraco" apresentou maior número significativo de indivíduos com excesso de peso em relação ao grupo "não fraco" (x² = 25,242; p = 0,000; x² = 12,683; p = 0,000, para meninos e meninas, respectivamente). Associação significativa entre aptidão cardiorrespiratória e triglicerídeos (x² = 3,944; p = 0,047) observou-se apenas para o sexo masculino. CONCLUSÕES: A aptidão cardiorrespiratória mais baixa parece ter influência negativa sobre os fatores de risco cardiovasculares em adolescentes, especialmente em relação ao excesso de peso em ambos os gêneros e ao perfil bioquímico no sexo masculino, evidenciando para a necessidade de intervenções preventivas precoces.
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