Eventos cardiorrespiratórios adversos após vacinação primária de recém-nascidos de muito baixo peso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Meinus,C.
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Schmalisch,G., Hartenstein,S., Proquitté,H., Roehr,C. C.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572012000200007
Resumo: OBJETIVO: Examinar a relação entre vacinação primária de recém-nascidos pré-termo e razões de prevalência de fatores associados a eventos cardiorrespiratórios indesejados, seguindo recomendações do Comitê Consultivo de Práticas de Imunização do Centers for Disease Control and Prevention para imunização de recém-nascidos pré-termo aos 2 meses de idade cronológica. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 2 anos de recém-nascidos de muito baixo peso que receberam vacinação primária. Foram registrados eventos cardiorrespiratórios maiores, como apneia, bradicardia, dessaturação de SpO2, e eventos menores, como instabilidade de temperatura, comportamento inapropriado e reações locais. Foi calculada a razão de prevalência com intervalo de confiança de 95% para fatores associados entre recém-nascidos com e sem eventos cardiorrespiratórios. RESULTADOS: Foram estudados 80 recém-nascidos (mediana de peso ao nascer [:intervalo]: de 970 g [:428-1.490]:), idade gestacional de 27,4 semanas (23,3-33). Ocorreram reações adversas em 35 (44%): eventos menores em 19 (24%) pacientes, eventos maiores em 28 (35%). Recém-nascidos com eventos maiores tiveram idade gestacional significativamente menor (p = 0,008) e incidência mais alta de displasia broncopulmonar (71% versus 48%; p < 0,05). Em recém-nascidos de muito baixo peso com eventos maiores, o número de casos de dessaturação de O2 antes da vacinação foi 3,40 (1,41-8,23) vezes maior, e o tratamento com metilxantina para síndrome de apneia e bradicardia foi 8,05 (2,50-25,89) vezes maior em comparação com recém-nascidos sem eventos maiores. CONCLUSÃO: Eventos cardiorrespiratórios maiores ocorreram em mais de 1/3 de todos os recém-nascidos de muito baixo peso após a vacinação. Os fatores associados foram baixa idade gestacional, displasia broncopulmonar, tratamento com metilxantina e dessaturação de O2 persistente antes da vacinação. A vacinação primária de recém-nascidos de muito baixo peso deve ser realizada sob monitoramento contínuo de parâmetros vitais.
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