Imunoglobulinas séricas em crianças com exposição perinatal ao vírus da imunodeficiência humana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Marcos T. N. da
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Centeville,Maraisa, Tani,Sergio M., Toro,Adyleia A. D. C., Rossi,Claudio, Vilela,Maria Marluce dos S.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572001000300012
Resumo: OBJETIVO: a hipergamaglobulinemia é uma manifestação precoce da infecção perinatal por HIV. O objetivo foi analisar as diferenças nos níveis séricos de imunoglobulinas entre crianças infectadas e sororreversoras, e sua associação com a evolução clínica. MÉTODOS: Em um estudo prospectivo histórico, avaliaram-se 107 crianças infectadas e 90 sororreversoras. Compararam-se: IgA, IgG e IgM entre infectados e sororreversores nos primeiros 18 meses de vida; IgA, IgG e IgM como marcadores indiretos de infecção; IgA, IgG e IgM nos 5 primeiros anos em infectados, de acordo com a evolução clínica. Utilizou-se o teste de Mann-Whitney para a comparação entre grupos. Na avaliação de marcadores indiretos, analisaram-se Sensibilidade, Especificidade, Valores Preditivos Positivo e Negativo, e índice J. RESULTADOS: Infectados, em relação a sororreversores, apresentaram níveis significativamente superiores de IgM, do 1o ao 5o trimestre; IgA e IgG, do 2o ao 6o trimestre (P < 0,05). Os níveis de IgA > 90 mg/dl no 2o trimestre e IgG > 1.700 mg/dl ou 1.200 mg/dl no 2o e 3o trimestres associaram-se à infecção por HIV com índices J de 0,97, 0,92 e 0,93, respectivamente. Crianças infectadas nas categorias B e C, comparadas àquelas nas categorias N e A, apresentaram níveis superiores de IgM, do 2o ao 4o ano e IgA, do 3o ao 5o ano (P £.0,05). CONCLUSÕES: A evolução temporal dos níveis de IgA, IgG e IgM demonstra um estímulo intenso e precoce à síntese de imunoglobulinas em infectados. Indicadores clínico-epidemiológicos demonstram que tais níveis podem ser marcadores indiretos de infecção. Níveis superiores de IgM e IgA do 2o ao 5o ano em crianças infectadas com maior gravidade sugerem disfunção na regulação imune secundária ao estímulo antigênico persistente.
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