Colonização e resistência antimicrobiana de Streptococcus pneumoniae isolado em nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira,Lêda Lúcia M.
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Carvalho,Eduardo S., Berezin,Eitan N., Brandileone,Maria Cristina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572001000300014
Resumo: OBJETIVO: avaliar a prevalência e os fatores de risco para a colonização nasofaríngea e determinar o padrão de suscetibilidade à penicilina de cepas isoladas da nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda. METODOLOGIA: No período de 16/6/97 a 20/5/98 foram coletados 400 Swabs da nasofaringe de crianças com idade entre três meses e cinco anos que apresentavam quadro clínico de rinofaringite aguda. A identificação do S. pneumoniae foi realizada através do teste de optoquina e solubilidade em bile. Todas as cepas foram triadas através do disco de oxacilina 1mg, sendo avaliada, posteriormente, a concentração inibitória mínima para penicilina pelo método do E-teste. RESULTADOS: A prevalência da colonização nasofaríngea pelo S. pneumoniae foi de 35%. A análise dos fatores de risco associados à colonização nasofaríngea indicou que as crianças que eram institucionalizadas e que tinham irmãos menores de cinco anos apresentaram uma taxa maior de colonização. A prevalência de cepas não suscetíveis à penicilina foi de 16%. Todas as cepas apresentaram resistência intermediária (0,1mcg/ ml £ CIM £ 1,0 mcg/ ml ). Das 19 cepas com resistência à penicilina, 7 tinham resistência intermediária (37%), e duas (11%) resistência elevada ao cotrimoxazol. Não foi observada resistência à ceftriaxona, amoxicilina, claritromicina ou cloranfenicol. CONCLUSÕES: Concluímos que a prevalência da colonização nasofaríngea pelo pneumococo, em crianças menores de cinco anos com quadro de rinofaringite aguda, foi de 34,8%; as que eram institucionalizadas e tinham irmãos menores apresentaram uma maior taxa de colonização. A resistência à penicilina ocorreu em 15,6% dos isolados, não sendo detectada nenhuma cepa com resistência elevada. A taxa de resistência bacteriana encontrada foi bastante próxima à encontrada em estudo de infecções invasivas. Este fato sugere que os isolados de pneumococo da nasofaringe de crianças com infecção respiratória alta podem ser usados na vigilância da resistência antimicrobiana numa determinada comunidade.
id SBPE-1_a845e5464526fc98bd6da28076fa3165
oai_identifier_str oai:scielo:S0021-75572001000300014
network_acronym_str SBPE-1
network_name_str Jornal de Pediatria (Online)
repository_id_str
spelling Colonização e resistência antimicrobiana de Streptococcus pneumoniae isolado em nasofaringe de crianças com rinofaringite agudapneumococoinfecções pneumocócicasresistência bacterianarinofaringiteOBJETIVO: avaliar a prevalência e os fatores de risco para a colonização nasofaríngea e determinar o padrão de suscetibilidade à penicilina de cepas isoladas da nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda. METODOLOGIA: No período de 16/6/97 a 20/5/98 foram coletados 400 Swabs da nasofaringe de crianças com idade entre três meses e cinco anos que apresentavam quadro clínico de rinofaringite aguda. A identificação do S. pneumoniae foi realizada através do teste de optoquina e solubilidade em bile. Todas as cepas foram triadas através do disco de oxacilina 1mg, sendo avaliada, posteriormente, a concentração inibitória mínima para penicilina pelo método do E-teste. RESULTADOS: A prevalência da colonização nasofaríngea pelo S. pneumoniae foi de 35%. A análise dos fatores de risco associados à colonização nasofaríngea indicou que as crianças que eram institucionalizadas e que tinham irmãos menores de cinco anos apresentaram uma taxa maior de colonização. A prevalência de cepas não suscetíveis à penicilina foi de 16%. Todas as cepas apresentaram resistência intermediária (0,1mcg/ ml £ CIM £ 1,0 mcg/ ml ). Das 19 cepas com resistência à penicilina, 7 tinham resistência intermediária (37%), e duas (11%) resistência elevada ao cotrimoxazol. Não foi observada resistência à ceftriaxona, amoxicilina, claritromicina ou cloranfenicol. CONCLUSÕES: Concluímos que a prevalência da colonização nasofaríngea pelo pneumococo, em crianças menores de cinco anos com quadro de rinofaringite aguda, foi de 34,8%; as que eram institucionalizadas e tinham irmãos menores apresentaram uma maior taxa de colonização. A resistência à penicilina ocorreu em 15,6% dos isolados, não sendo detectada nenhuma cepa com resistência elevada. A taxa de resistência bacteriana encontrada foi bastante próxima à encontrada em estudo de infecções invasivas. Este fato sugere que os isolados de pneumococo da nasofaringe de crianças com infecção respiratória alta podem ser usados na vigilância da resistência antimicrobiana numa determinada comunidade.Sociedade Brasileira de Pediatria2001-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572001000300014Jornal de Pediatria v.77 n.3 2001reponame:Jornal de Pediatria (Online)instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)instacron:SBPE10.1590/S0021-75572001000300014info:eu-repo/semantics/openAccessFerreira,Lêda Lúcia M.Carvalho,Eduardo S.Berezin,Eitan N.Brandileone,Maria Cristinapor2008-08-27T00:00:00Zoai:scielo:S0021-75572001000300014Revistahttp://www.jped.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||jped@jped.com.br1678-47820021-7557opendoar:2008-08-27T00:00Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)false
dc.title.none.fl_str_mv Colonização e resistência antimicrobiana de Streptococcus pneumoniae isolado em nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda
title Colonização e resistência antimicrobiana de Streptococcus pneumoniae isolado em nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda
spellingShingle Colonização e resistência antimicrobiana de Streptococcus pneumoniae isolado em nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda
Ferreira,Lêda Lúcia M.
pneumococo
infecções pneumocócicas
resistência bacteriana
rinofaringite
title_short Colonização e resistência antimicrobiana de Streptococcus pneumoniae isolado em nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda
title_full Colonização e resistência antimicrobiana de Streptococcus pneumoniae isolado em nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda
title_fullStr Colonização e resistência antimicrobiana de Streptococcus pneumoniae isolado em nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda
title_full_unstemmed Colonização e resistência antimicrobiana de Streptococcus pneumoniae isolado em nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda
title_sort Colonização e resistência antimicrobiana de Streptococcus pneumoniae isolado em nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda
author Ferreira,Lêda Lúcia M.
author_facet Ferreira,Lêda Lúcia M.
Carvalho,Eduardo S.
Berezin,Eitan N.
Brandileone,Maria Cristina
author_role author
author2 Carvalho,Eduardo S.
Berezin,Eitan N.
Brandileone,Maria Cristina
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ferreira,Lêda Lúcia M.
Carvalho,Eduardo S.
Berezin,Eitan N.
Brandileone,Maria Cristina
dc.subject.por.fl_str_mv pneumococo
infecções pneumocócicas
resistência bacteriana
rinofaringite
topic pneumococo
infecções pneumocócicas
resistência bacteriana
rinofaringite
description OBJETIVO: avaliar a prevalência e os fatores de risco para a colonização nasofaríngea e determinar o padrão de suscetibilidade à penicilina de cepas isoladas da nasofaringe de crianças com rinofaringite aguda. METODOLOGIA: No período de 16/6/97 a 20/5/98 foram coletados 400 Swabs da nasofaringe de crianças com idade entre três meses e cinco anos que apresentavam quadro clínico de rinofaringite aguda. A identificação do S. pneumoniae foi realizada através do teste de optoquina e solubilidade em bile. Todas as cepas foram triadas através do disco de oxacilina 1mg, sendo avaliada, posteriormente, a concentração inibitória mínima para penicilina pelo método do E-teste. RESULTADOS: A prevalência da colonização nasofaríngea pelo S. pneumoniae foi de 35%. A análise dos fatores de risco associados à colonização nasofaríngea indicou que as crianças que eram institucionalizadas e que tinham irmãos menores de cinco anos apresentaram uma taxa maior de colonização. A prevalência de cepas não suscetíveis à penicilina foi de 16%. Todas as cepas apresentaram resistência intermediária (0,1mcg/ ml £ CIM £ 1,0 mcg/ ml ). Das 19 cepas com resistência à penicilina, 7 tinham resistência intermediária (37%), e duas (11%) resistência elevada ao cotrimoxazol. Não foi observada resistência à ceftriaxona, amoxicilina, claritromicina ou cloranfenicol. CONCLUSÕES: Concluímos que a prevalência da colonização nasofaríngea pelo pneumococo, em crianças menores de cinco anos com quadro de rinofaringite aguda, foi de 34,8%; as que eram institucionalizadas e tinham irmãos menores apresentaram uma maior taxa de colonização. A resistência à penicilina ocorreu em 15,6% dos isolados, não sendo detectada nenhuma cepa com resistência elevada. A taxa de resistência bacteriana encontrada foi bastante próxima à encontrada em estudo de infecções invasivas. Este fato sugere que os isolados de pneumococo da nasofaringe de crianças com infecção respiratória alta podem ser usados na vigilância da resistência antimicrobiana numa determinada comunidade.
publishDate 2001
dc.date.none.fl_str_mv 2001-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572001000300014
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572001000300014
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0021-75572001000300014
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv Jornal de Pediatria v.77 n.3 2001
reponame:Jornal de Pediatria (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
instacron:SBPE
instname_str Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
instacron_str SBPE
institution SBPE
reponame_str Jornal de Pediatria (Online)
collection Jornal de Pediatria (Online)
repository.name.fl_str_mv Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
repository.mail.fl_str_mv ||jped@jped.com.br
_version_ 1752122314160340992